sábado, 27 de novembro de 2010

Subsídio da Lição 9 da Escola Dominical (Cpad)

A ORAÇÃO E A VONTADE DE DEUS
Texto Áureo: Jo. 15.7 – Jo. 14.13-17; 15.7; I Jo. 5.14,15


Objetivo: Ensinar os alunos a orarem de acordo com a vontade boa, perfeita e agradável de Deus e aceitar a soberania de Deus em relação às respostas das orações.

INTRODUÇÃO
A Bíblia nos instrui a orar, mas não do jeito que queremos, pois, conforme destaca Tiago em sua Epístola, “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites” (Tg. 4.3). A fim de orar com sabedoria, estudaremos, na lição de hoje, sobre a oração de acordo com a vontade de Deus. Inicialmente, analisaremos a vontade de Deus na Bíblia, em seguida, refletiremos a respeito de oração que foram ou não respondidas pelo Senhor.

1. A VONTADE DE DEUS NA BÍBLIA
Em Rm. 12.1,2, Paulo admoesta aos cristãos de Roma a não se conformarem com o mundo, antes a experimentarem a boa, perfeita e agradável vontade de Deus. A vontade de Deus, na Bíblia, não é apenas um capricho, mas o interesse do Senhor no crescimento espiritual do crente. Por isso, Jesus ensinou a seus discípulos que Deus responderia a oração daqueles que guardassem e praticassem a Sua palavra (Jo. 15.7; I Jo. 3.22). A princípio, precisamos compreender a vontade geral de Deus, pois, de acordo com o Apóstolo, a vontade de Deus, desde a criação, foi enviar Seu Filho, Jesus Cristo, ao mundo a fim de trazer a humanidade perdida de volta a Ele (Ef. 1.4-5,9-11;2.15-16; 3.3-12). Portanto, em oração, devemos nos coadunar aos desígnios de Deus, nossa vontade, conforme revelou Jesus no Pai-Nosso, deva estar submissa à vontade de Deus (Mt. 6.10). Na verdade, Jesus é o crivo da vontade de Deus, pois Ele mesmo afirmou em Jo. 7.17 “Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo”. Precisamos também reconhecer que há uma propensão humana para fugir da vontade de Deus (Rm. 8.5-8). Por outro lado, depois de recebemos a Cristo, passamos a ter uma nova natureza, direcionada à vontade de Deus, e que sabe que Ele sempre deseja o que há de melhor para nós, ainda que essa seja contrária a nossa vontade.

2. QUANDO DEUS NÃO RESPONDE
Em Sua soberania, Deus pode dizer “não” as nossas orações. As razões podem ser: orações egoístas, que buscam não a vontade de Deus, mas interesses meramente pessoais (Tg. 4.3). Deus também não responde orações que visam apenas honrarias humanas, posições sociais (Mt. 20.17-28). O Senhor também não responde orações hipócritas, de pessoas fingidas, que não têm compromisso genuíno com o reino de Deus (Mt. 6.5,6). Mas nem sempre a resposta de Deus às orações é negativa, algumas vezes Ele apenas silencia, e nos induz a esperar pela resposta, por isso, o Salmista nos orienta a esperar com paciência no Senhor (Sl. 40.1). Quando não esperamos, e nos adiantamos, as conseqüências podem ser drásticas, tal como ocorreu com Abraão e Sara (Gn. 16.1,2). Mas nem sempre a resposta negativa de Deus é decorrente dos nossos erros, na verdade, serve como um corretivo, a fim de que não nos gloriemos em nós mesmos, mas no Senhor, por isso, como aconteceu com Paulo, é bem possível que precisemos nos conformar à graça de Deus, e saber que o Seu poder se aperfeiçoa na fraqueza (I Co. 12.7-9). Deus é soberano, Ele sabe o que faz, algumas vezes seu “não” é definitivo, tal como fez com Moisés (Dt. 3.26), mas a menos que a vontade de Deus esteja expressa na Bíblia, podemos, como nos ensinou o Senhor, continuar insistindo em oração (Lc. 11.5-10).

3. QUANDO DEUS RESPONDE
A resposta de Deus às orações, consoante ao que expusemos anteriormente, pode ser não ou espere, mas Deus também responde afirmativamente as orações dos crentes. Para tanto, é preciso que as nossas orações estejam em conformidade com a vontade dEle (I Jô. 5.14,15). Na Bíblia temos vários exemplos a esse respeito, destacamos, entre eles: a oração de Salomão (II Cr. 1.7-10), Elias (I Rs. 18.36-39) e Davi (Sl. 51.1-17). A maneira mais segura do cristão conhecer a vontade de Deus é meditando na Sua palavra. Se quisermos orar com sabedoria, devemos orar a partir dos propósitos de Deus revelados na Escritura. O cristão que não busca conhecer a Palavra de Deus está propenso a orar fora da Sua vontade. Sabemos inclusive que mesmo o “tudo” de Jo. 14.6 é relativo, e não absoluto. Devemos pedir, buscar, bater, orar sempre em nome de Jesus, mas Deus não será coagido pelos argumentos humanos, nem mesmo pela utilização indevida do nome de Seu Filho. A oração em nome de Jesus é aquela que tem a Sua autoridade, o Seu crivo, Sua assinatura. Se quisermos orar de fato em nome de Jesus, precisamos conhecer a vontade dEle, não apenas usar seu nome como um amuleto. Orar em nome de Jesus é mais do que colocar a expressão “em nome de Jesus” ao final da oração, é estar em consonância com seus interesses (Mt. 7.21; Mt. 21.31; Mc. 3.35).

CONCLUSÃO
O cristão deva orar sempre, nunca desistir, e sobretudo, acreditar que Deus responde as orações (Hb. 11.6). Por outro lado, deva buscar conhecer a vontade de Deus a fim de orar com sabedoria, sem fugir dos desígnios do Senhor (I Jo. 5.14,15). Devemos também estar preparados para ouvir o “não” de Deus e também a esperar quando a resposta demorar a chegar. Em tudo, estejamos debaixo da soberania de Deus, saibamos que nem sempre nossos pensamentos são iguais aos pensamentos dEle (Is. 55.8,9) e que Ele é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo que pedimos ou pensamos (Ef. 3.20,21).

BIBLIOGRAFIA
BRANDT, R. L; BICKET, Z. J. Teologia bíblica da oração. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
SOUZA, E. A. Guia básico da oração. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

Autor: Pb. José Roberto A. Barbosa
Fonte: http://www.subsidioebd.blogspot.com/

sábado, 20 de novembro de 2010

Subsídio da Lição 8 da Escola Dominical (Cpad)

A ORAÇÃO SACERDOTAL DE JESUS CRISTO
Texto Áureo: Lc. 6.12 – Jo. 17.1-4; 15.17; 20-22

Objetivo: Meditar na oração sacerdotal de Jesus, a fim de que, como Ele, possamos nos relacionar com o Pai e agrada-lo em todas as circunstâncias da vida.

INTRODUÇÃO
Após cear com seus discípulos, Jesus profere uma oração intercessória ao Pai. Ela é conhecida como sacerdotal porque através dela o Senhor pede em prol daqueles que já o seguiam e que viriam a segui-lo ao longo dos tempos. Nesta aula, dividiremos essa oração em três partes: a primeira, Jesus ora por Si mesmo; a segunda, pelos seus discípulos; e por fim, ora pela Sua igreja. Devemos ter em mente, ao longo da exposição, o interesse de Jesus: pela Sua glorificação (Jo. 17.1-5); seu grupo apostólico imediato (Jo. 17.6-19) e 3) o grande número de crentes que ainda haveria de aceitar a fé (Jo. 17.20-26).

1. JESUS ORA POR SI MESMO
Para descer a terra, Jesus esvaziou-se, assumindo a forma de homem (Fp. 2.5-11). Por isso, diante da crucificação iminente, pede ao pai que o glorifique, tal como antes que o mundo existisse. Ele desejava retornar ao trono do Pai, não somente para seu bem-estar, mas para atuar em prol da Sua igreja (Jo. 7.39). Jesus existia desde a eternidade, mesmo antes que o mundo fosse criado, e antes de se tornar carne e nascer de Maria, Ele já desfrutava da glória do Pai. Essa verdade deva servir de fundamento para fé do cristão, pois temos a certeza de que Ele possui todo o poder e é capaz de salvar os pecadores, pois Sua eternidade comprova Sua divindade (Jo. 1.14). Jesus não deixou de ser Deus ao tornar-se carne, pois nEle habitava corporalmente toda a divindade (Cl. 2.9). Ainda assim, Ele não deixou de se compadecer da condição humana. Mesmo reconhecendo os defeitos dos seus discípulos, Jesus não deixou de interceder por eles perante o Pai, mas não apenas por aqueles, mas por todos os que viriam a crer por intermédio do testemunho daqueles primeiros discípulos. A compaixão de Jesus, sua disposição para perdoar, deva servir de lição para todo cristão, Ele não se esqueceu nem mesmo de Pedro, após este O ter negado (Mc. 16.7). Muito antes lhe havia dito “eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça” (Lc. 22.32).

2. JESUS ORA PELOS SEUS DISCÍPULOS
Jesus ora especificamente pelos seus discípulos: “é por eles que eu rogo”, “por aqueles que deste”, e não pelos ímpios “não rogo pelo mundo”. A razão dessa singularidade é que eles “guardaram a tua palavra” (v. 6), “porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam” e “creram que me enviaste” (v. 8). O discipulado é conseqüência de uma experiência íntima com Cristo, e principalmente, da aceitação da Sua Palavra. Mas Jesus não quer que seus discípulos sejam retirados do mundo, pelo menos por enquanto. Diante das perseguições, é bem provável que esses quisessem retornar ao lar, à casa do Pai (Jo. 14.1). Seus discípulos precisariam permanecer no mundo, para que dEle dessem testemunho (At. 1.8). Ademais, para que pudessem amadurecer na fé, fazia-se necessário que enfrentassem aflições, ainda que tivessem, do Senhor, a promessa de que sairiam vencedores (Jo 16.33) e de que seriam livres do mal (Jo. 17.15; I Co. 5.9-11). O interesse primordial de Jesus não é pela prosperidade material dos seus discípulos, mas para que vivessem em santificação, que fossem santificados pela Palavra, que é a Verdade (Jo. 17.17). Mas Ele não queria que seus discípulos se encontrassem em divisão, antes que fossem um, como Ele e o Pai eram um. Os partidarismos eclesiásticos prejudicam a unidade da igreja (I Co. 3). Desde o princípio, a motivação central da igreja deveria ser a manutenção da unidade pelo vínculo da paz (Ef. 4.3), a fim de que essa possa chegar à unidade da fé (Ef. 4.13).

3. JESUS ORA PELA SUA IGREJA
Por fim, Jesus ora não apenas por aqueles discípulos, mas por todos os que viriam a crer por intermédio da mensagem deles (Jo. 17.20). Esse é o fundamento da fé da igreja cristã, a Palavra de Jesus, pregada pelos apóstolos, registrada na Escritura. Ainda que Jesus não tivesse orado pelo mundo, mas orou por aqueles que estavam no mundo, alvo do amor de Deus (Jo. 3.16). A vontade de Jesus é que onde ele se encontra, também estejam com Ele aqueles que O receberam, para que vejam a Sua glória. Essa parte da oração aponta para um futuro glorioso, esperança da igreja de Cristo. Não podemos ver ao Senhor agora, mas chegará o dia no qual O veremos como Ele é (I Jo. 3.2). Quando a trombeta soar, estaremos para sempre com o Senhor, os mortos ressuscitarão, os vivos serão transformados, essa é uma mensagem de conforto para a igreja (I Ts. 4.13-17). E, como disse o Salmista, “na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente” (Sl. 16.11). Pois a Igreja, aqueles que foram chamados para fora, a assembléia de Cristo, conheceu, não pela carne e pelo sangue, mas pela Palavra de Deus, que Ele fora enviado do Pai (Jo. 17.25). E essa é a justamente a vida eterna que “que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo. 17.3).

CONCLUSÃO
A oração sacerdotal de Jesus é categorizada, pelos teólogos, como “o santo dos santos das Escrituras”. Nessas palavras o Senhor revela sua íntima comunhão com o Pai, a quem nos ensinou a chamar de Aba (Papai). Através dessa oração podemos conferir o amoroso interesse de Jesus por aqueles que O seguem. Diante dessa intercessão graciosa, devemos não apenas ter confiança nas palavras de Cristo, que são fiéis e verdadeiras, mas também adorá-LO, tributando, a Ele, a glória que LHE é devida.

BIBLIOGRAFIA
BRANDT, R. L; BICKET, Z. J. Teologia bíblica da oração. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
PEARLMAN, M. João: o evangelho do Filho de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

Autor: Pb. José Roberto A. Barbosa
Fonte: http://www.subsidioebd.blogspot.com/


domingo, 7 de novembro de 2010

Subsídio da Lição 7 da Escola Dominical (Cpad)

A ORAÇÃO DA IGREJA E O TRABALHO DO ESPÍRITO SANTO
Texto Áureo: At. 2.42 – At. 1.12,14; 2.4,38,40,41; 4.32.


Objetivo: Motivar os alunos a fim de que esses percebam que a expansão contínua do evangelho de Cristo é um distintivo da igreja que não se descuida da oração.

INTRODUÇÃO
A Igreja, desde os seus primórdios, dependeu da direção do Espírito Santo. O Senhor Jesus orientou-a para que ficassem em Jerusalém, até que do alto fosse revestida do poder (Lc. 24.49 At. 1.5-8). Na aula de hoje, destacaremos a atuação do Espírito Santo em resposta às orações da igreja. Veremos, ao final da lição, que o crescimento sadio da igreja depende da palavra e do poder do Espírito Santo.

1. A ORAÇÃO NA IGREJA PRIMITIVA
Não podemos esquecer que a Igreja Primitiva foi estabelecida em uma reunião de oração, com duração de sete a dez dias (At. 1.13,14) e que essa sempre permaneceu em oração (At. 2.42), sendo esta, além da Palavra, o seu fundamento. Lucas registra, em At. 1.14, que “todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas”. Quando o Espírito Santo foi derramado sobre a igreja, “e todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At. 2.4), ela se encontrava em oração. Naquela ocasião, “veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados” (At. 2.2). Em resposta às orações da Igreja, muitos milagres aconteceram (At. 3.1-8; At. 28.8,9), revelando o poder do Espírito para intervir na história mediante a oração dos crentes. Essas manifestações consolidam o ensinamento de Jesus, de que “se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus” (Mt. 18.19). Diante das perseguições, a igreja não dependia do poder terreno, antes se voltava ao Senhor em oração, recebendo o poder do Espírito para testemunhar do evangelho de Cristo com ousadia (At. 4.24-31).

2. A ATUAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NA IGREJA
A missão fundamental da Igreja é o testemunho da morte e ressurreição de Cristo, para tanto, ela precisa do poder do Espírito Santo (At. 1.8). Após a perseguição em Jerusalém, o Espírito Santo conduziu Filipe à Samaria, onde pregou (At. 8.4). Na medida em que Filipe pregava o evangelho, a igreja orava pelo crescimento da igreja entre os samaritanos (At. 14-16). A atuação direta do Espírito Santo favoreceu a expansão do cristianismo. Saulo de Tarso perseguiu a Igreja Primitiva, mas esse teve uma visão, na estrada de Damasco (At. 9.1-10). Enquanto Ananias orava, o Senhor o enviou para interceder por Saulo (Paulo), e este, no mesmo momento, também estava orando (At. 9.11). O Espírito Santo guiava a igreja do primeiro século a fim de que o evangelho se expandisse. Cornélio, um homem de “bom testemunho de toda a nação dos judeus” (At. 10.22), recebeu a visita de Pedro (At. 10.5), o qual lhe ministrou a Palavra e recebeu o batismo no espírito Santo (At. 10.36-38). O Espírito Santo, em resposta à oração da igreja, guiava na separação e no envio de obreiros para a obra missionária (At. 13.2,3). A igreja não pode esquecer de orar ao Senhor e pedir que mande ceifeiros para a sua seara (Mt. 9.38) e esses devam ser enviados debaixo da oração e do jejum da igreja, com imposição de mãos (At. 13.3).

3. O ESPÍRITO E O CRESCIMENTO DA IGREJA
O crescimento da igreja depende da atuação do Espírito Santo e da ministração da Palavra de Deus. Muitas igrejas que atualmente são consideradas em crescimento, na verdade estão apenas “inchando”. Há templos superlotados, nos quais a Palavra de Deus não é pregada. O Espírito Santo não tem parte em tais ministérios, pois o Espírito e a Palavra trabalham conjuntamente. Na busca por aumentar sua audiência, alguns pregadores estão fazendo concessões em relação ao evangelho de Cristo. As mensagens que estão sendo pregadas em alguns púlpitos assemelham-se aos livros de auto-ajuda que são vendidos nas livrarias. Os obreiros dessas igrejas não são separados pela preparo na palavra, muito menos pela orientação do Espírito santo, mas pela capacidade de arrecadar recursos, pelo carisma perante os ouvintes, e, em alguns casos, pela aparência física. Essas igrejas dependem da propaganda comercial, dos horários pagos na televisão, o crescimento é apenas aparente. Os pastores, se assim podem ser chamados, investem maciçamente no marketing pessoal, tentam fazer conchavos eclasiásticos para se manterem no poder, apontam auxiliares despreparados, utilizam critérios interesseiros. Os crentes, por sua vez, não se dedicam à oração, vão para a igreja tão somente para massagearem o ego. As cantarolas - e shows - imperam de tal modo que não há espaço para a exposição da mensagem bíblica e muitos menos para a atuação do Espírito, são igrejas, como diria Emílio Conde, “sem brilho”.

CONCLUSÃO
A igreja do Senhor precisa retornar aos princípios e voltar à prática contínua da oração. Se quisermos ver a manifestação do Espírito Santo dantes, tanto na ministração da Palavra quanto na manifestação de milagres, precisamos deixar de confiar nos dotes meramente pessoais. Conta-se que Agostinho de Hipona, quando visitou a Igreja Romana, ouviu o seguinte comentário: “veja Agostinho, já não podemos dizer que não temos prata nem ouro”. O sábio pai da igreja retrucou: “também não podemos dizer ao coxo ‘levante e ande’”. Que o Senhor nos desperte para a oração e para dependemos mais do poder do Espírito Santo.

BIBLIOGRAFIA
BRANDT, R. L; BICKET, Z. J. Teologia bíblica da oração. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
PEARLMAN, M. Atos: e a igreja se fez missões. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

Autor: Pb. José Roberto A. Barbosa
Fonte: http://www.subsidioebd.blogspot.com/

sábado, 6 de novembro de 2010

Fatech aparece em notícia nacional como a 9º das 27 faculdades reconhecidas pelo MEC!!!

Gente, olha só que interessante, a Fatech apareceu em um site gospel de nível nacional!!! Confira abaixo o post:

Em seu famoso tratado Política, o filósofo e educador grego Aristóteles (384 - 322 a.C.) defende de forma aguerrida a participação do Estado na educação. Para ele, o governo é o “Educador supremo”. Nos séculos que se seguiram ao fundador do Liceu, quando o helenismo tornou-se o cânon de gostos, estéticas e pensamentos, esse conceito reinou soberano entre os povos ocidentais. Porém, pouco mais de trezentos anos após a morte do sábio, o Verbo fez-se carne e, como homem, repudiou qualquer interseção entre sua missão messiânica e o governo temporal ao afirmar que seu Reino não era deste mundo. Com isso, criou um abismo entre seus seguidores e a máquina estatal. Embora, ao longo dos dois mil anos seguintes, tenha havido muitas tentativas de envolver duas instâncias tão díspares – a Igreja e o Estado –, a maioria delas redundou em desastre. Não é de se estranhar, portanto, que hoje os estudantes brasileiros de teologia cristã estejam no meio de um fogo cruzado entre os acadêmicos que defendem o reconhecimento estatal de cursos da área e aqueles que entendem que a educação acerca das coisas de Deus deve ficar restrita ao âmbito missional, isenta da influência dos césares de plantão.

Desde que o Ministério da Educação (MEC), através do Conselho Federal de Educação, passou a reconhecer o caráter universitário do curso de teologia, em 1999, a possibilidade de ter a vocação premiada com um diploma carimbado pelo governo tem feito muitos estudantes suspirarem. O assunto foi tema da reportagem Excelência é a meta, publicada na última edição de CRISTIANISMO HOJE, a primeira desta série sobre o ensino teológico no país. O sentimento é mais que natural – afinal, grande parte dos alunos vislumbra, de posse do canudo, prosseguir estudos que venham a guindar sua carreira, dentro ou fora do ambiente eclesiástico. “Concluindo a graduação, tenho a intenção de fazer mestrado e doutorado, e o reconhecimento do MEC me facilitaria muito o processo”, planeja José Mirabeau, membro da Igreja Presbiteriana de Copacabana, no Rio de Janeiro. Ele está no 4º ano do curso de bacharel em teologia do Seminário Presbiteriano Reverendo Ashbel Green Simonton. Aspirante ao ministério pastoral, Mirabeau espera que o curso lhe ofereça a formação acadêmica necessária ao exercício da atividade, já que, em sua denominação, a graduação teológica é uma exigência para isso.

Por outro lado, em igrejas onde tal formação não é caminho obrigatório para o púlpito, a visão ainda parece ser mais missional. “O conhecimento teológico é fundamental, mas não será por meio do reconhecimento junto ao MEC que teremos verdadeiros ministros do Evangelho”, pondera a estudante Priscila de Carvalho Figueiredo, aluna do Instituto Bíblico da Assembleia de Deus na Ilha do Governador (Ibadig), também no Rio. “Ser pastor não é uma profissão, mas um chamado, uma vocação”. No seu caso, o estudo da teologia não visa a obtenção de diploma de terceiro grau, já que é farmacêutica. Mas sua fala toca num tema delicado, epicentro da preocupação de muitos envolvidos na questão: a motivação financeira. No entender de Priscila, é um erro classificar o pastorado como uma maneira de adquirir riquezas.

“X da questão” – Se, para boa parte dos estudantes, o reconhecimento do curso como de nível superior abre portas até então impensáveis para graduados em teologia – como a continuidade dos estudos nos níveis de mestrado e doutorado e a possibilidade de acesso a cargos públicos restritos a portadores de diplomas de terceiro grau –, o corpo docente vê a questão sob outra ótica. Para professores como Lourenço Stélio Rega, diretor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo, a oficialização da disciplina interfere até no perfil dos alunos. Segundo ele, antes dificilmente alguém procurava cursos teológicos com outro objetivo que não fosse atender a uma vocação: “Atribuo isso talvez à oficialização do curso, pois antes era comum aconselhar um jovem a fazer primeiro uma faculdade oficializada. Hoje, não há mais necessidade”. Rega diz que agora, mesmo entre os que se dizem vocacionados, a média de idade tem se alterado. “Temos mais alunos jovens”, aponta.

Fato é que quem se matricula hoje em um curso de teo­logia tem procurado qualidade e perspectivas. “O aluno quer tudo recheado com um diploma superior, reconhecido pelo MEC”, salienta o pastor presbiteriano Jorge Henrique Barro, diretor da Faculdade Teológica Sul Americana de Londrina (PR). “Ele já vislumbra uma especialização, e alguns voam alto, pensando em mestrado e doutorado. Já aprenderam que estudar em uma escola não reconhecida é a morte prematura de um sonho, pois não sendo portadores de um diploma superior, seu curso será livre e ele não irá adiante no processo contínuo de sua formação. Esse é um problema que as escolas não reconhecidas terão de resolver”, diagnostica.

“Precisamos da ingerência direta do MEC para alcançar a excelência?”, questiona, por sua vez, o pastor Neander Kraul, diretor do Seminário Teológico Betel, no Rio de Janeiro. Para ele, a oficialização da teologia ameaça o caráter essencialmente ministerial do pastorado. “Ao nivelarmos pura e simplesmente essa área de formação com as demais, passamos a admitir a teologia como campo profissional”, avalia o educador (ver debate em quadro). “O MEC não é empecilho para nenhuma instituição, a não ser para aquelas que levam a educação teológica com a barriga”, discorda Robinson Jacintho de Souza, gestor e coordenador acadêmico do seminário teológico Servo de Cristo. “Muitas instituições continuam como seminários e, mesmo oferecendo cursos livres, possuem e atendem ao rigor pedagógico-educacional”.

Mesmo assim, Jacintho defende que levar o ensino da teologia a sério, em termos profissionais, não significa perder de vista o que chama de razão da existência dos seminários teológicos: “Responder ao comissionamento de Cristo por meio da educação. Fruto disso, de uns poucos seminários e das faculdades teológicas reconhecidas, são os ministérios frutíferos de seus ex-alunos, que mostram que o ‘x’ da questão não está no MEC, mas em nós mesmos, como gestores desse processo”, conclui.

Sim e não

Entre os entusiastas da oficialização, o professor Jorge Henrique Barro, avaliador para cursos de teologia do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), destaca-se por defender que quem ganha com o processo são os seminários, seus alunos e as igrejas. Já uma das vozes críticas mais representativas é a do pastor e professor Neander Kraul, diretor do prestigiado Seminário Teológico Betel, no Rio. Neste debate, cada um deles expõe seus argumentos:

CRISTIANISMO HOJE – Qual sua opinião sobre o reconhecimento do curso de Teologia como de nível superior?

JORGE HENRIQUE BARRO – Esse processo traz muitos benefícios. A oficialização melhora as condições técnicas do curso, como o projeto pedagógico, o plano de desenvolvimento institucional, o nível do corpo docente, a biblioteca, o corpo técnico-administrativo e o próprio corpo discente. Uma escola que passa por esse teste certamente cresce e se desenvolve com mais consciência educacional. Passa a ser uma escola dirigida por gente mais preparada para inseri-la no contexto federativo de ensino.

NEANDER KRAUL – As evidências dão conta de que a Igreja praticamente nada ganhou com o reconhecimento, se o objetivo último dos seminários ao ofertar cursos de teologia for o de servir a Igreja. O curso de Teologia era tido como campo especificamente confessional, gozando de status diferenciado em relação às demais formações de nível superior. Ao nivelarmos pura e simplesmente essa área de formação com as demais, passamos a admitir a teologia como campo profissional e derrubamos nosso antigo discurso de que pastores não são profissionais. Além disso, todo conselho normatizador e fiscalizador de profissão representa os braços do Estado e da própria sociedade civil no controle de determinada ocupação.

Existe o risco de ingerência do MEC, ou seja, do Estado, sobre assuntos religiosos?

BARRO – As pessoas ligadas à educação teológica precisam ser mais coerentes. O que se percebe é que os comentários sobre uma suposta ingerência do MEC revelam, por um lado, muita ignorância no assunto, por parte de gente que nunca leu os pareceres e portarias relativas ao ensino da teologia. E, em segundo lugar, trata-se de uma justificativa barata para não entrar nesse processo junto ao MEC. O Parecer 241/1999 garante o estabelecimento de composição curricular livre, levando em consideração suas tradições religiosas. Então, quem disse que uma escola reconhecida pelo MEC não pode ter uma ênfase ministerial? Nenhuma escola precisa ter medo da ingerência sobre seus currículos ou sua vocação.

KRAUL – Cresce, visivelmente, a ingerência do Estado no âmbito religioso. É óbvio que progressivamente o controle sobre a Igreja se adensará. Numa perspectiva espiritual, é fácil observar que todos os prognósticos de que a fé e a religião se esvaziariam na virada do século foram derrubados. Convivemos hoje num mundo sensorial com alta tecnologia, muita espiritualidade e muito misticismo. Neste contexto, parece que a ação diabólica é legitimar a religião na sociedade como um conjunto de valores que simplesmente ajuda o homem a viver.

Qual o principal efeito desse processo de oficialização?

BARRO – Uma formação com mais qualidade. Ao reconhecer a área de teologia, o MEC a coloca no sistema nacional e federativo – a teologia sai da clandestinidade e passa a ser um curso com referência nacional.

KRAUL – A questão fundamental que levanto é de cunho ideológico, considerando nossa realidade histórica. Muitos argumentavam que a educação teológica brasileira precisava aprimorar-se. Concordo. O fulcro da questão, entretanto, é se precisamos da ingerência direta do MEC para alcançar esse objetivo.

Em busca da qualidade

Conheça algumas das escolas que já obtiveram o reconhecimento do MEC para seus cursos de teologia:

Escola Superior de Teologia – EST

Faculdade Batista de Minas Gerais – FBMG

Faculdade Batista do Rio de Janeiro – Fabat

Faculdade Batista Brasileira – FBB

Centro Universitário Metodista Bennett

Faculdade de Ciências, Educação e Teologia do Norte do Brasil – Faceten

Faculdade de Teologia de Boa Vista – Fatebov

Faculdade de Teologia de São Paulo da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil

Faculdade de Teologia e Ciências Humanas – Fatech

Faculdade de Teologia Evangélica em Curitiba – Fatev

Faculdade Evangélica de São Paulo

Faculdade Evangélica de Tecnologia, Ciências e Biotecnologia da CGADB – Faecad

Faculdade Evangélica de Teologia de Belo Horizonte – Fate BH

Faculdade Evangélica do Piauí – Faepi

Faculdade João Calvino – FJC

Faculdade Luterana de Teologia – FLT

Faculdade Metodista de Teologia e Ciências Humanas da Amazônia – Fateo

Faculdade Nazarena do Brasil – FNB

Faculdade Teológica Batista de São Paulo – FTBSP

Faculdade Teológica Batista do Paraná – FTBP

Faculdade Unida de Vitória

Faculdade Teológica Sul Americana – FTSA

Universidade Luterana do Brasil – Ulbra

Universidade Metodista de São Paulo - Umesp

Universidade Presbiteriana Mackenzie

Centro Universitário Adventista de São Paulo – Unasp

Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia – Salt


fonte: http://www.cristianismohoje.com.br/interna.php?id_conteudo=98&subcanal=31

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Subsídio da Lição 6 da Escola Dominical (Cpad)

A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO NA VIDA DO CRENTE
Texto Áureo: Hb. 4.16 – Fp. 4.4-9.

Objetivo: Destacar a importância da oração na vida do crente, a fim de desenvolver o relacionamento com Deus e a fé cristã, com confiança e disciplina.

INTRODUÇÃO
A oração é uma necessidade na vida de todo cristão, mas nem todos estão atentos a essa verdade. A natureza humana não é propensa à oração, isso em virtude do senso de auto-suficiência. Na aula de hoje destacaremos a importância da oração através da qual desenvolvemos nosso relacionamento com o Senhor. Inicialmente, abordaremos a prioridade da oração na agenda do cristão, em seguida, a importância desta no desenvolvimento do relacionamento com Deus, e ao final, a achegar-se com confiança diante do trono do Senhor.

1. PRIORIDADE NA AGENDA DO CRISTÃO
Vivemos em um mundo repleto de atividades, uma se sobrepõe à outra. O corre-corre da vida impossibilita o crente a buscar a Deus em oração. Mas não era assim no princípio, no Gênesis está revelado que o ser humano desfrutava de amizade com Deus. Depois da Queda, o sentimento de auto-suficiência passou a ter prioridade na conduta humana. A agitação da modernidade também favorece a ausência de oração. Nos dias atuais, dominados pela tecnologia, as pessoas estão deixando de orar. O fazer está se sobrepondo à oração. É evidente que precisamos agir, mas toda ação do crente pressupõe oração. Lutero costumava dizer que deveríamos trabalhar como se todo trabalho dependesse de nós e orar como se tudo dependesse de Deus. Nesse contexto do fazer, os cristãos estão deixando de separar momentos especiais para a oração: de madrugada, antes das refeições, ou antes de dormir (Sl. 63.1). A materialismo filosófico e o liberalismo teológico contribuíram para essa “apostasia na oração”, pois fomos instruídos, por esses pensamentos, a depender exclusivamente do poderio humano. Essa lógica leva à apostasia, e, na verdade, toda aposta se inicia pela falta de oração. A oração não pode ser um apêndice na vida cristã, ela precisa ter prioridade, a hora silenciosa para a oração e meditação na palavra deva ter primazia na agenda do cristão.

2. DESENVOLVENDO UM RELACIONAMENTO
A oração é o meio pelo qual desenvolvemos nosso relacionamento com Deus. Ela é uma disciplina cristã, por isso, precisa de treinamento contínuo, tal como a de um atleta (I Co. 9.25). É importante que o cristão tenha um tempo reservado para a oração, ainda que esse seja inicialmente de apenas 15 minutos diariamente, e deva ser persistente em tal prática. Esse é o momento de trocar as nossas forças pelas forças de Deus (Is. 40.31). O ideal é que o crente associe a oração à leitura da palavra (I Sm. 3.21), meditando em algum texto da Escritura, pedindo ao Senhor que se revele por meio dela. Esse é um período para digerir a Palavra de Deus, deixando que ela seja alimento (Jr. 15.16). Alguns cristãos adotam a prática de fazer anotações: data, passagem lida, aplicações e o motivo da oração. Outra opção é a utilização de um livro devocional diário, com textos bíblicos e meditações aplicativas, sem esquecer da oração. A relevância da oração não está naquilo que iremos receber da parte de Deus, mas no fato de estarmos na presença dEle. Jesus nos dá esse exemplo maior, pois Ele, enquanto homem, nos ensinou a depender do Pai e a buscar desenvolver nosso relacionamento com Ele (Mt. 1.35-39). O encontro de Jesus com os discípulos, no caminho de Emaús, revela a importância do relacionamento com Deus (Lc. 24.13-16). Na jornada cristã, precisamos da companhia de Cristo, Ele é Aquele que nos livra das inquietações do cotidiano (Hb. 4.16; Fp. 4.6,7)

3. ACHEGANDO-SE A DEUS COM CONFIANÇA
Jesus é o fundamento da oração cristã, na verdade, podemos nos achegar ao Pai com confiança porque Ele é o mediador, Seu sacrifício perfeito nos oportuniza o acesso a Deus em oração (Ex. 30.7-10), por meio da Sua graça (Hb. 4.14-16), e auxílio bem presente (Rm. 8.34; I Jo. 2.1-2). A confiança se concretiza através da sinceridade, por isso, devemos orar cientes de que Deus pode nos socorrer (Sl. 139.1; I Cr. 28.9), perdoar os pecados, contanto que quebrantemos nossos corações perante Ele (Sl. 51.10,17), que não sejamos hipócritas tal como o publicano (Lc. 18.13). Na oração também podemos apresentar nossas queixas perante o Senhor (Sl. 44.23-24). A esse respeito, disse um pensador judeu: “o judeu pode amar a Deus ou lutar com Ele, mas não pode ignorá-lo”. Não tenhamos receio de apresentar nossas angústias diante de Deus, esses também são modos de oração, experimentados por homens de Deus, tal como Abraão (Gn. 18.23-33) e Moisés (Ex. 32.12,14). Mas a oração é também uma oportunidade para a rendição, isto é, de acatarmos a vontade soberana de Deus para as nossas vidas. Alguns crentes não oram porque têm receio de se dobrarem à vontade de Deus (Jo. 4.34; Rm. 12.1-3). É por meio da oração que nos achegamos em gratidão por tudo que o Senhor nos tem feito (ou deixado de fazer). Deus sabe sempre o que é melhor para cada cristão, por isso, enquanto a resposta não vem, devemos confiar nEle (Sl. 100.4), agradecer pela Sua providência (Ef. 5.20) e reconhecer a Sua soberania (Sl. 113.1-3).

CONCLUSÃO
A oração é fundamental na vida de todo crente. Não apenas para recebermos as bênçãos de Deus. A importância central da oração repousa na oportunidade de desenvolvermos um relacionamento contínuo com nosso Pai Celestial. Enquanto oramos, independentemente do modo como Ele responde, devemos confiar em Suas promessas (Fp. 4.6,7), que é o antídoto contra toda ansiedade (Sl. 4.8) e a certeza da Sua presença diante das adversidades (Fp. 4.9).

BIBLIOGRAFIA
FOSTER, R. Oração: o refúgio da alma. São Paulo: Vida, 2008.
YANCEY, P. Oração: ela faz alguma diferença? São Paulo: Vida, 2006.

Autor: Pb. José Roberto A. Barbosa
Fonte: http://www.subsidioebd.blogspot.com/

Subsídio da Lição 5 da Escola Dominical (Cpad)

ORANDO COMO JESUS ENSINOU
Texto Áureo: Mt. 26.41 – Mt. 6.5-13.


Objetivo: Aprender a orar a partir do modelo do Senhor, atentando para seus ensinamentos, que fundamentam a oração cristã.

INTRODUÇÃO
Existem muitos modelos de oração, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. As publicações editoriais também investem em vários padrões de oração. Entre elas destacamos a Oração de Jabez, que resultou na publicação de um best seller. Mas nenhuma oração pode ser comparada àquela que Jesus ensinou. Ela deva ser orada e vivida por todo cristão. Por isso, na aula de hoje, meditaremos a respeito da oração do Senhor. Esse modelo é uma resposta de Jesus ao pedido dos discípulos: “ensina-nos a orar” (Lc. 11.1), pois eles não sabiam, assim como nós hoje, a orar como convém (Rm. 8.26).

1. ATITUDES NA ORAÇÃO
Em resposta ao pedido dos discípulos, Jesus passa, então, a ensinar-lhes a orar (Mt. 6.9; Lc. 11.2). As instruções do Senhor dizem respeito às atitudes: 1) com sinceridade (Mt. 6.1,5,6), não como os fariseus (Mt. 23.14; Lc. 18.10-14); 2) com confiança (Mt. Lc. 11.9-13; Mt. 21.22); 3) com persistência (Lc. 11.5-8), mas 4) com brevidade, sem apelar para vãs repetições (Mt. 6.7). Ainda que possamos orar no templo, enquanto casa de oração (Mt. 21.13; Mc. 11.17; Lc. 19.46; At. 3.1), não estamos restritos a um lugar específico, pois Deus é Espírito e importa que os adoradores que Ele mesmo busca façam-no em espírito e em verdade (Jo. 4.19-24). Um dos elementos fundamentais à oração é que essa seja feita com fé, pois aqueles que se achegam a Deus precisam acreditar que Ele é galardoador dos que O buscam (Hb. 11.6). As palavras de Jesus também devam permanecer em nós, pois, diz Ele em Jo. 15.7, “se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito”. É preciso fazer uma ressalva, que esse “tudo” é relativo, isto é, não podemos pedir mal, para esbanjar em deleites carnais (Tg. 4.2,3). E assim, quando as palavras de Jesus, verdadeiramente, estiverem em nós, oraremos segundo a Sua vontade, e Ele nos ouvirá (I Jo. 5.14; Jo. 15.7).

2. AO PAI QUE ESTÁ NO CÉU
A oração instrutiva de Jesus quebra um paradigma em relação à fé judaica porque chama Deus de “Paizinho” (Aba), ressaltando o relacionamento íntimo que podemos ter com Ele. Mas Deus não é apenas meu Pai, Ele é “nosso” Pai. Em Cristo fomos feitos filhos de Deus, de modo que hoje podemos, todos aqueles que crêem, se direcionar a Ele como Pai (Jo. 1.12). Esse Pai amoroso, revelado na Parábola do Filho Pródigo (Lc. 16), está acima dos homens, Ele é Deus acima de todos, por isso, está “nos céus” (Is. 66.1), é o Criador, não pode ser confundido com a criatura. Todos devem reconhecer que Ele é Santo, o nome dEle, na verdade, é Santo, e digno de louvor e adoração (II Sm. 22.5; Ez. 36.20). Ele é soberano, por isso, oramos para que venha o reino dEle, que Sua “vontade seja feita na terra como no céu”. Jesus veio para anunciar o Reino de Deus (ou dos céus) (Lc. 4.43), e esse já está no meio de nós (Mt. 22.1; Lc. 14.16), pois Cristo já reina entre os seus súditos (Mt. 13.44, 45, 46), mas ainda virá o dia no qual esse reino será pleno (Ap. 21.2-4), naquele dia, a vontade de Deus prevalecerá, na terra como já acontece no céu. Essa é a bendita esperança da igreja, e principalmente, de Israel, quando o trono de Deus será estabelecido na terra e Jesus será reconhecido como o Rei dos reis e Senhor dos senhores.

3. PARA QUE SUPRA AS NECESSIDADES
Enquanto vivemos debaixo dessa esperança, dependemos de Deus e rogamos que Ele nos dê o alimento diário, ainda que saibamos que o Pai sabe o que temos necessidade, antes mesmo que peçamos (Mt. 6.8), oramos, pois Ele se compraz em responder as orações. O cristão não deve pedir riqueza, muito menos pobreza (Pv. 30.8,9), mas tão somente o necessário, não para entesourar, ou para viver ansiosamente (Mt. 6.19-31), antes dependendo do Senhor, que nos dá o que precisamos (Mt. 6.32-34). Devemos lembrar do material, mas também do espiritual, pois somos pecadores. Durante a oração precisamos reconhecer diante de Deus os nossos pecados, e pedir que Ele nos perdoe, mas precisamos perdoar aqueles que nos ofenderam (Mt. 6.14,15; 11.25; 18.21,22, 35), muito mais do que sete vezes (Mt. 18.21,22). O pecado não deva ser uma prática comum na vida cristã, por isso, é preciso orar para que não caiamos em tentação, cientes que não somos tentados por Deus, e sim pela nossa concupiscência (Tg. 1.13-14) e que nenhuma tentação nos sobrevém de sorte que não a possamos suportar (I Co. 10.13; II Pe. 2.9). Além de orar para que não cedamos à tentação, devemos pedir também que o Senhor nos livre do mal, isto é, do Maligno (Jo. 17.15). Orar somente não é suficiente, faz-se necessário resisti-lo (Tg. 4.7), pois Satanás “anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (I Pe. 5.8). Estejamos, pois, firmes, fortalecidos com toda armadura de Deus (Ef. 6.14-18) para que não sejamos vencidos pelo príncipe das trevas (Ef. 6.10-12), nem por homens perversos e maus (II Ts. 3.1-2), e muito menos pelos cuidados deste mundo e pela sedução das riquezas (Mt. 13.22).

CONCLUSÃO
A oração que Jesus ensinou inicia e termina em adoração ao Pai, reconhecendo, ao final, que dEle é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre (Mt. 6.13). Que essa revelação seja observada nas orações dos cristãos, que nossas orações sejam menos centradas no homem, e mais em Deus. Ao invés de determinar que Deus faça o que queremos, devemos estar abertos a Sua soberana vontade, pois Ele, somente Ele, sabe o que realmente precisamos. A Ele seja a honra e a glória, pelos séculos dos séculos, amém.

BIBLIOGRAFIA
HANEGRAAFF, H. A oração de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.
KELLER, W. P. Orando diariamente o Pai Nosso. São Paulo: Vida, 2008.
Autor: Pb. José Roberto A. Barbosa
Fonte: http://www.subsidioebd.blogspot.com/

Subsídio da Lição 4 da Escola Dominical (Cpad)

A ORAÇÃO EM O NOVO TESTAMENTO
Texto Áureo: I Ts. 5.16,17 – Lc. 24.46,49,52,53; At. 1.4,5,12,14.


Objetivo: Destacar as características das orações no Novo Testamento, em especial nos Evangelhos, em Atos e nas Epístolas de Paulo.

INTRODUÇÃO
Anteriormente tivermos uma lição sobre a oração no Antigo Testamento. Na aula de hoje, abordaremos a oração no Novo Testamento. Destacaremos o papel da oração nos Evangelhos, conforme apresentado por Jesus; em Atos, nos primórdios da igreja; e nas Epístolas, com enfoque nas escritas por Paulo.

1. A ORAÇÃO NOS EVANGELHOS
Os evangelhos descrevem a vida e os ensinamentos de Jesus. O fato de Ele ter orado é uma premissa fundamental para que também oremos. Encontramos, nos relatos evangélicos: Mateus, Marcos, Lucas e João, vários episódios nos quais Jesus se encontrava em oração. Ele orou por ocasião do batismo nas águas (Lc. 3.21,22), antes de escolher seus discípulos (Lc. 6.12,13), pelas criancinhas que lhe cercavam (Mt. 19.13-15), em favor de Pedro (Lc. 22.32), diante do túmulo de Lázaro (Jo. 11.41,42), pelos cristãos de todos os tempos (Jo. 17), antes de ser crucificado, no Getsêmane (Mt. 26.39-44) e na cruz (Mc. 15.34; Mt. 27.46). Jesus deu várias instruções sobre a oração nos evangelhos: 1) que podíamos receber se pedíssemos (Jo. 15.7); 2) que deveríamos ter fé na oração (Mc. 11.22-24); 3) que deveríamos seguir seu modelo de oração (Lc. 11.1); 4) ter motivos apropriados (Mt. 6.5-8); 5) a pedir ao Senhor da seara que envie obreiros (Mt. 9.36-38); 6) a ser persistente na oração (Mt. 7.7,8); e 7) a orar e jejuar (Mt. 6.16-18).

2. A ORAÇÃO EM ATOS
Seguindo o exemplo do Mestre Jesus, a igreja primitiva aprendeu a depender de Deus através da oração (At. 1.13,14; 2.42). O derramamento do Espírito veio sobre a igreja justamente em um momento de oração (At. 2). Os primeiros irmãos mantinham a prática judaica rotineira da oração a Deus (At. 3.1). Quando a perseguição chegou, a igreja refugiou-se na oração (At. 4.24-31). A oração era uma prioridade para a igreja primitiva (At. 6.4). Diante das adversidades, e mesmo na hora da morte, os primeiros cristãos buscavam ao Senhor em oração (At. 7.54-60). Enquanto orava, Ananias recebeu a orientação de Deus para que procurasse Saulo, o perseguidor da igreja (At. 9.11). Cornélio, o homem piedoso, orava e suas orações foram ouvidas pelo Senhor, que enviou Pedro para que o conduzisse ao evangelho (At. 10.1-6). Pedro fora libertado da prisão porque a igreja orou por ele (At. 12.5). Os primeiros obreiros eram enviados por direção do Espírito, após a igreja jejuar e orar (At. 13.2,3). Os poderes satânicos eram enfrentados através da oração (At. 16.13-18). Em resposta à oração de Paulo e Silas, os alicerces do cárcere se moveram (At. 16.25-30). Muitas revelações foram dadas a Paulo em momentos de oração (At. 27.21-26), bem como curas de enfermidades (At. 28.8,9).

3. A ORAÇÃO NAS EPÍSTOLAS DE PAULO
As epístolas foram escritas no desenvolvimento histórico da igreja primitiva. Paulo, o missionário devotado à obra de Deus, trabalha e orava incansavelmente pela igreja. Ele intercedia por aqueles que abraçavam o evangelho de Cristo (Rm. 8.26,27), e instruía os irmãos à busca dos dons espirituais através da oração, com vistas à edificação da igreja (I Co. 14.13-17). O apóstolo dos gentios tinha consciência de uma batalha espiritual que estava se passando contra o reino das trevas, por isso ensinava a igreja a permanecer constantemente em oração (II Co. 10.3-5; Ef. 6.14-17). Ele também tinha consciência que nem sempre as orações dos cristãos são respondidas da maneira que desejam, há momentos em que Deus diz “não, a minha graça de ti basta” (II Co. 12.7-10). Mesmo assim, o cristão deva dar graças a Deus, no temor de Cristo (Ef. 5.18-21). Como cristãos, devemos orar em todo tempo, em qualquer circunstância (Ef. 6.18-19). Ao invés de se preocupar com os problemas, devemos entregá-los ao Senhor (Fp. 4.6). Os líderes eclesiásticos também devam ser alvos da nossa oração (Cl. 4.2-4). A oração deva ser incessante (I Ts. 5.16-21), com vistas à propagação do evangelho (II Ts. 3.1,2), e em favor de todos (I Tm. 2.1-8).

CONCLUSÃO
Há muito a ser estudado sobre a oração no Novo Testamento. Mas no espaço e tempo disponíveis para esta lição, o exposto é suficiente a fim de sabermos que podemos nos achegar a Deus com fé (Hb. 4.16; 11.1,6) com poder e eficácia (Tg. 5.13-18), em santidade no casamento (I Pe. 3.7), e sobretudo, segundo a vontade do Senhor (I Jo. 5.14).

BIBLIOGRAFIA
BRANDT, R. L., BICKET, Z. J. Teologia bíblica da oração. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
GARLOW, J. L. Deus e seu povo. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

Autor: Pb. José Roberto A. Barbosa
Fonte: http://www.subsidioebd.blogspot.com/
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