quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Subsídio da Lição 08 da Escola Dominical (Cpad)

A NOSSA ETERNA SALVAÇÃO
Texto Áureo: Jo. 3.16 - Leitura Bíblica em Classe: I Jo. 3.1-5; Rm. 8.14-17

Objetivo: Mostrar que somente o imensurável amor de Deus poderia elevar o pecador convertido à condição de santo, justo e filho de Deus para que esse possa ter a vida eterna.

INTRODUÇÃO
João afirma que o mundo jaz – isto é – está morto no maligno (I Jo. 5.19). Os crentes, por sua vez, têm vida eterna (I Jo. 2.25). A razão dessa vida, conforme estudaremos na lição de hoje, tem a ver com a filiação ao Pai que nos ama em Cristo. Porque Ele nos ama, será um dia transformados (I Ts. 4.13-17). Quando isso acontecer, a morte será tragada na vitória, e glorificados, desfrutaremos da plenitude da vida eterna (I JO. 5.11,13).

1. FILHOS AMADOS DE DEUS
Não por acaso João chama seus leitores de “amados” ao longo da sua carta. Os crentes são amados do Pai, já que agora somos filhos de Deus, nascidos de cima (Jo. 3.3). O Apóstolo assume essa declaração com admiração, pois agora somos não apenas criaturas, mas filhos de Deus. Isso aconteceu porque a todos quantos receberam Jesus deu-lhes o poder de serem chamados filhos de Deus (Jo. 1.12,12). A partir de então, o Espírito Santo testifica com o nosso espírito que somos filhos amados de Deus (Rm. 8.14-17,21; 9.25,26). E esse mesmo Espírito opera em nós, também, por meio dEle fomos adotados e clamamos Aba, Pai (Gl. 4.6). Porque somos filhos de Deus, o mundo nos aborrece, porquanto não conhece o Pai (Jô. 15.18,19; 16.3; 17.25; Cl. 3.3). Conforme estudamos na lição passada, os crentes e o mundo são incompatíveis (I Co. 2.15,16). Como aconteceu com Cristo, enquanto estivermos no corpo a vida estará oculta em Deus (Cl. 3.3). A filiação do cristão é real, mas ainda não é visível (Rm. 8.19).

2. QUE NOS TRANSFORMARÁ
Como filhos amados do Pai ainda não somos o que haveremos de ser (v. 2). O mundo tão somente nos conhece como somos, mas não vê como seremos plenamente. Existem muitas especulações a respeito de como seremos na eternidade. Todas elas são apenas sombras, e, em muitos casos, meras fantasias. Somente sabemos aquilo que o Senhor nos revelou em Sua palavra (Dt. 3.24; I Co. 13.8-12). Nos é revelado que um dia Jesus haverá de se manifestar e quando isso acontecer seremos semelhantes a Ele (Fp. 3.21; I Co. 15.49). Então seremos glorificados com Ele (Rm. 8.17; Cl. 3.4). A Paulo foi revelado que quando esse tabernáculo físico se desfizer, estaremos no céu com Cristo (II Co. 5.8; Fp. 1.23; Cl. 3.4; I Ts. 4.17). Essa é a bendita esperança da igreja do Senhor Jesus Cristo (Tt. 2.13). A volta dEle para arrebatar Sua igreja para estar para sempre com Ele, pois há de vir como para o céu os discípulos O viram ir (At. 1.11). Ele mesmo prometeu que iria prepara lugar para aqueles que O seguem (Jo. 14.1). Nesse dia, quando formos plenamente como Ele é, O veremos face a face (I Co. 13.12).

3. E DARÁ VIDA ETERNA
A vida eterna, nos escritos de João, ressalta sua possibilidade de experiência já na vida presente através de Jesus Cristo (Jo. 5.24; 11.25-26; I Jo. 3.14). O propósito central desse Apóstolo, ao escrever o evangelho, é produzir vida eterna nos seus leitores (Jô. 20.31). Paulo também reforça o ensinamento que a vida eterna pode ser desfrutada já no presente (Rm. 6.4; 8.6,10), ainda que tanto para um quanto para o outro, a plenitude da vida eterna será desfrutada no futuro (II Co. 5.4). O Apocalipse revela que será na nova criação que a vida eterna se manifestará, onde o cristão poderá comer livremente da árvore da vida (Ap. 22.4,14) e beber da água da vida (Ap. 22.7). Tanto a árvore quanto a água da vida apontam para Cristo que, no Novo Testamento, é associado com a vida eterna. Ele é o pão da vida (Jô. 6.35,48), o caminho a verdade e a vida (Jô. 14.6), o autor da vida (At. 3.15), e a vida dos crentes (Cl. 3.4) e Aquele que tem o poder indestrutível da vida (Hb. 7.16). Em Jo. 6.68 está escrito que Jesus tem palavras de vida eterna e em Jô. 17.2 que Ele tem autoridade para dar a vida eterna.

CONCLUSÃO
Que notícia admirável: fomos feitos filhos amados do Pai, agora temos o Espírito através do qual clamamos Aba. Através desse ato de filiação, Deus não apenas nos fez filhos dEle, mas também nos deu a vida eterna em Cristo Jesus, que é a Ressurreição e a Vida. No futuro, na glorificação do corpo, desfrutaremos da plenitude da Vida. Naquele momento, o que é corruptível se revestirá da incorruptibilidade e estaremos para sempre com o Senhor e O veremos como Ele é. Aleluia!

BIBLIOGRAFIA
BOICE, J. M. As epistolas de João. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
STOTT, J. R. W. I, II e III João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1982.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Subsídio da Lição 07 da Escola Dominical (Cpad)

A CHEGADA DO ANTICRISTO
Texto Áureo: I Jo. 4.3 - Leitura Bíblica em Classe: I Jo. 2.18-26 II Jo. 1.7

Objetivo: Mostrar que através do conhecimento bíblico é possível discernir os espíritos a fim de saber se eles de fato são de Deus ou do Anticristo.

INTRODUÇÃO
Nos últimos dias o Anticristo será levantado para atuar sobre a terra. Em suas epístolas João fala a respeito do espírito do anticristo que já impera. No início da aula trataremos sobre a revelação geral na escatologia bíblico sobre a figura do anticristo. Em seguida, analisaremos o ensinamento a respeito do anticristo nas epístolas de João. Ao final, mostraremos a relevância do discernimento escriturístico das manifestações espirituais anticristãs.

1. ANTICRISTO, UMA REVELAÇÃO ESCATOLÓGICA
Existem várias passagens bíblicas que nos oferecem um vislumbre da atuação escatológica do anticristo (Dn. 7.24,25; II Ts. 2.3-6; I Jô. 2.18; Ap. 13.1-8). A partir de Dn. 11.36, inferimos que o Anticristo será um homem, guiado por Satanás, que se passará por Deus. Será uma personagem com habilidade para inflamar as massas (Ap. 13.5) e exercer influências sobre as nações. Ele é chamado nos textos bíblicos de Homem da Iniqüidade ou do Pecado (II Ts. 2.3), Chifre Pequeno (Dn. 7.8), Príncipe que há de vir (Dn. 9.27) ou o Assírio (Mq. 5.5). Segundo Paulo, em I Ts. 5.3, o Anticristo providenciará um tempo de prosperidade e paz aparente na terra. João, em Ap. 13.1,17,18 diz que seu número será 666 e que ninguém comprará ou venderá a menos que seja detentor desse número. No período da Tribulação o Anticristo será recebido como dominador dos povos (Jô. 5.43). Ele fará um pacto com Israel que será posteriormente rompido (Dn. 9.27; Mt. 24.15; II Ts. 2.4; Ap. 11.2; 13.1-8). O poder do Anticristo será por fim vencido quando Cristo vier em glória (Dn. 2.34; Mt. 24.30), como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap. 19.11-16). Nessa ocasião, o Anticristo e o Falso Profeta serão lançados no Lago de Fogo e Enxofre (II Ts. 2.8; Ap. 19.20).

2. O ESPÍRITO DO ANTICRISTO NAS EPÍSTOLAS DE JOÃO
A palavra específica – anticristo – ocorre na Bíblia somente nas epístolas de João (I Jo. 2.18,22; 4.3; II Jo. 7), ainda que essa temática, conforme demonstramos no tópico anterior, possa ser encontrada em outras passagens. Na escatologia joanina, o aparecimento do anticristo é uma demonstração da proximidade do fim. O Apóstolo argumenta que, embora seja fato que vem o anticristo, como ouvistes, contudo, já agora muitos anticristos têm surgido. Isso quer dizer que o espírito do anticristo” já está em ação no mundo (I Jo. 4.3). Esse anticristo é um adversário de Cristo que se opõe ao Senhor Jesus. Essa oposição é manifestada através da negação dos ensinamentos de Cristo e respaldada em argumentos humanos. Certamente João está se referindo aos hereges que se instauraram no seio da igreja. A proteção contra esses anticristos está na “unção” (v. 20) recebida de Deus. Essa unção se refere ao Espírito Santo (I Co. 1.21,22). A iluminação do Espírito Santo, na direção da Palavra, é o antídoto contra o veneno dos falsos mestres. A gnosis – conhecimento – cristã está fundamentada no Espírito da Verdade, cujo fundamento é a Escritura, a Palavra de Deus (Cl. 1.28). O Espírito confirma pela Palavra a verdade que os cristãos já sabem (Rm. 15.14,15). Aqueles que conhecem a verdade não se deixam enganar pelo espírito da mentira (Jo. 8.44).

3. O DISCERNIMENTO DO ESPÍRITO DO ANTICRISTO
Em I Jo. 4.1, o Apóstolo recomenda aos cristãos que discirnam os espíritos a fim de saber se esses procedem de Deus ou se são falsas profecias. O verbo grego aqui utilizado é dokimazo e significa testar, examinar, provar e verificar. O espírito do anticristo já opera no mundo, até mesmo dentro de algumas igrejas. Diante de tal realidade, o discernimento desse espírito é condição necessária para a bem estar espiritual. A apologética – a defesa da fé – depende de duas armas com as quais os crentes precisam saber lidar: 1) a Palavra de Deus – isso diz respeito ao evangelho, aos ensinamentos expostos pelos apóstolos (I Jo. 2.22). A esse respeito, atentemos para a recomendação de Paulo a Timóteo. Não devemos nos apartar daquilo que fomos ensinados na Bíblia. A Escritura divinamente inspirada por Deus é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça e para que o homem e a mulher de Deus sejam perfeitos e perfeitamente instruídos para toda boa obra (II Tm. 3.14-17); 2) o Espírito Santo – somente os ensinamentos apostólicos não são suficientes para os crentes permanecerem na verdade. É o Espírito Santo quem instrui os cristãos pela Palavra. Não existe outro ensinamento necessário à igreja de Cristo, não precisamos de ensinamentos humanos, pois recebemos dos apóstolos, através da inspiração do Espírito, a revelação de Deus (I Jo. 2.27; II Pe. 1.20,21).

CONCLUSÃO
No período da Tribulação o Anticristo estabelecerá seu governo literal sobre a terra. Enquanto isso não acontece, seu espírito impera já através do sistema mundano. A igreja de Jesus precisa estar atenta às manifestações do espírito do anticristo. O investimento no ensinamento da Palavra de Deus, sob a orientação do Espírito Santo, é o antídoto necessário para responder com sabedoria e mansidão (I Pe. 3.15) contra toda doutrina que venha de encontro à fé que uma vez foi entregue aos santos (Jd. 1.3).

BIBLIOGRAFIA
BOICE, J. M. As epistolas de João. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
STOTT, J. R. W. I, II e III João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1982.
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