terça-feira, 12 de outubro de 2010

Subsídio da Lição 3 da Escola Dominical (Cpad)

A ORAÇÃO SÁBIA
Texto Áureo: II Cr. 7.1 – II Cr. 6.12,21,36,38,39.

Objetivo: Mostrar que a fidelidade do Senhor e adorá-lo com humildade leva-nos ao reconhecimento da Sua soberania.

INTRODUÇÃO
Na aula de hoje estudaremos a respeito de Salomão, o edificador do templo, suas orações, e, em especial, a sábia oração de dedicação do templo ao Senhor. Esperamos que nessa aula possamos extrair lições para aplicação dessa oração em nossas vidas, a fim de vivermos sabiamente na presença de Deus.

1. SALOMÃO, O EDIFICADOR DO TEMPLO
Salomão, cujo nome em hebraico é Lugar do Senhor, foi o terceiro rei de Israel; décimo filho de Davi o segundo que este teve com Bate-Seba. O nascimento de Salomão havia sido profetizado por Natã (II Sm. 7.12,13; I Cr. 22.8-10). Ele nasceu em Jerusalém, e denominado, pelo profeta Jedidias, de “amado do Senhor” (II Sm. 5.14; 12.24,25). Quando Davi se encontrava adiantando em anos, Adonias, o filho do rei, quis reinar em seu lugar (I Rs. 1.5). Natã, porém, procurou Bate-Seba, a rainha, a fim de que essa fizesse lembrar ao rei da sua promessa em relação a Salomão, enquanto futuro sucessor do trono. Através da intercessão de Bate-Sabe, Davi apressou-se em ungir Salomão, seu filho, como sucessor imediato do reino. Um dos destaques do reinado de Salomão foi a edificação do templo, desejo antigo do seu pai Davi (I Rs. 5.6; II Cr. 2-4). Essa tarefa foi empreendida através de um grande número de operário, o madeiramento foi preparado antes de ser levado até ao mar, sendo posteriormente conduzido em navios até Jope, e deste porto até Jerusalém, num percurso de aproximadamente 64 km (I Rs. 5.9). Para a construção desse templo foram nomeados vários oficiais, 3.300 (I Rs. 5.16), com 550 chefes (I Rs. 9.23), entre os quais, 250, eram nativos israelitas (II Cr. 8.10). Os fenícios atuaram intensamente na construção do templo dos tempos de Salomão, através do rei Hirão, que recebia, de Israel, trigo, cevada, vinho e azeite (I Cr. 2.10; Ez.. 27.17; At. 12.20). Esse templo estava direcionado para o Oriente e tinha aproximadamente 27 metros de comprimento, 9 de largura, 13,5 de altura.

2. SALOMÃO, UM HOMEM DE ORAÇÃO
Encontramos, no Antigo Testamente, várias orações de Salomão. O registro mais antigo das orações de Salomão se encontra em I Reis (ver II Cr. 1.7-13). Em I Rs. 3.5-9, o Senhor aparece a Salomão, de noite em sonhos e disse-lhe que pedisse o que quisesse. Salomão respondeu que “um coração entendido para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque quem poderia julgar a este teu tão grande povo?”. Do mesmo modo, o Senhor, nos dias de hoje, nos instrui a pedir (Mt. 7.7). E João diz que devemos confiar que se pedirmos alguma coisa segunda a Sua vontade Ele nos ouve (I Jo. 5.14). Mas nem todos sabem pedir sabiamente, conforme pediu Salomão, antes pedem mal, para gastarem em seus deleites (Tg. 4.3). A preocupação de Salomão não era com seus interesses pessoais, mas com o bem-estar do povo israelita, por isso essa oração pareceu bem aos olhos do Senhor (v. 10), que lhe deu não apenas entendimento, mas também riqueza (v. 11-14). Deus é cativado por uma petição destituída de egoísmo, voltada menos para si mesmo, e mais para Deus e o próximo. Salomão, diferentemente de muitos líderes dos dias de hoje, não considerou o povo como propriedade sua, mas de Deus, assumindo o lugar de um pastor subordinado, disposto a cumprir a vontade de Deus e trabalhar em favo daquele povo (v. 7,8). A oração é fundamental para quem exerce posição de liderança, tal como Samuel, o líder não pode pecar, deixando de interceder pelo povo diante do qual ministra (I Sm. 12.23).

3. A ORAÇÃO DE DEDICAÇÃO DO TEMPLO
Após a conclusão do templo, que durou sete anos, Salomão solicitou aos sacerdotes que colocassem a arca do Senhor no santuário que se chamava o Lugar Santíssimo (I Rs. 8.6). Quando os sacerdotes se afastaram do santuário, uma nuvem encheu o lugar, em seguida, Salomão fez uma oração de dedicação do Templo ao Senhor (I Rs. 8.22), sendo essa uma das mais longas registradas na Bíblia. Inicialmente, o rei pede ao Senhor que honre sua palavra que havia dado a Davi e que ouvisse sua oração (v.22-30). Em seguida faz sete pedidos: 1) quando um homem for obrigado a prestar algum juramento, então ouve do céu e age (v. 31,32); 2) quando o povo de Israel confessar o seu pecado, então ouve do céu e perdoe o seu pecado (v. 33,34); 3) quando se converterem do seu mau caminho, porque os afligiste, então ouça do céu e perdoa-lhes o pecado (v. 35,36); 4) quando o povo tiver fome, ou praga, e voltar-se para ti em oração, então retribui a cada um segundo o seu coração (v. 37-40); 5) quando um estrangeiro chegar e orar voltado para o templo, por causa do Teu grande nome; então faça tudo o que ele clamar a ti (v. 41-43); 6) quando enviares o Teu povo à guerra, e eles orarem, então ouve do céu e sustenta a causa deles (v. 44,45); e 7) quando forem levados ao cativeiro, se abandonarem o seu pecado, e orarem, então lhes perdoa o pecado (v. 46-51).

CONCLUSÃO
A oração de Salomão, por ocasião da dedicação do Templo do Senhor, é sábia porque o patriarca israelita, ao invés de tributar glória e honra a si mesmo, adora a Deus, reconhecendo que somente o Senhor é Grande. Isso é evidenciado em sua posição na oração, de mãos estendidas para o céu (v. 22), de joelhos diante do altar (v. 54). Através dessa oração Salomão ressalta a soberania de Deus, e, ao mesmo tempo, sua incapacidade e total dependência de Deus (v. 27).

BIBLIOGRAFIA
BRANDT, R. L., BICKET, Z. J. Teologia bíblica da oração. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
GEORGE, J. Orações notáveis da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

Autor: Pb. José Roberto A. Barbosa
Fonte: www.subsidioebd.blogspot.com

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