terça-feira, 18 de outubro de 2011

Subsídio da Lição 04 da EBD (Neemias)

COMO ENFRETAR OPOSIÇÃO À OBRA DE DEUS
Texto áureo: Ne. 4.9 – Leitura Bíblica: Ne. 4.1-9


Objetivo: Refletir com os alunos sobre como devemos lidar diante daqueles que se opõem à obra de Deus.

INTRODUÇÃO
A obra de Deus sempre enfrentará oposição, pois não são poucos os que a confundem com obra de homens. Na lição hoje estudaremos a respeito de como os crentes devem responder às ameaças daqueles que desejam o fracasso do trabalho. Nesta aula aprenderemos a identificar os inimigos e as suas estratégias, em seguida, destacaremos a necessidade de confiança em Deus diante das afrontas do inimigo, e por fim, demonstraremos que a melhor defesa contra os adversários está no desenvolvimento do trabalho do Senhor.

1. OPOSIÇÃO À OBRA DE DEUS
Existem muitos inimigos da obra de Deus, e não é fácil responder às ameaças dos adversários. A fim de paralisar o serviço, os opositores se unem, como fizeram Sambalá (norte), Tobias (leste) e Gesém (Ne. 2.19). No capítulo 4 de Neemias, outros inimigos são apresentados: os arábios (sul), os amonitas e os asdoditas (Ne. 4.7). Uma das razões pelas quais os inimigos não querem o progresso da obra de Deus é a inveja. Eles não medem esforços para atingir aqueles que trabalham para o Senhor. Sambalá, o líder dos adversários, ajunta o seu exército, incitando o povo contra o povo de Deus (Ne. 4.2). A estratégia do inimigo é a ridicularização, ele escarnece a fim de afetar a autoestima dos obreiros, chamando-os de fracos (Ne. 4.3). O inimigo não quer que acreditemos no potencial de Deus em nós para fazer o trabalho. Se deixarmos de crer que Deus está conosco, e que nos capacitará para a obra, o inimigo terá êxito e vencerá a batalha, pois aquele que pensa que é incapaz já perdeu a luta. Para tanto, os inimigos tentaram se infiltrar no meio do povo de Deus a fim de causarem confusão (Ne. 4.8). Essa estratégia do inimigo visa desintegrar a identidade, não por acaso, muitos movimentos que nada têm de doutrina bíblica se apresentam como evangélicos, a fim de fazer com que as pessoas deixem de identificar os que servem verdadeiramente a Deus dos que servem apenas a eles mesmos. Eles também atacam frontalmente os obreiros do Senhor, usam todos os recursos possíveis, para, se possível, destruir o povo de Deus. A mídia, nos dias atuais, tem desempenhado esse papel, os inimigos a utilizam em larga escala para denegrir a imagem dos evangélicos. Os pseudoevangélicos também contribuem para a descaracterização daqueles que seguem o evangelho de Cristo.

2. A CONFIANÇA NO DEUS DA OBRA
Mas essa não é obra de homens, mas de Deus, pois Ele mesmo nos comissionou para que a desempenhassemos (Mt. Mc. 16.15; Mt. 28.19,20). Por essa razão, devemos, a todo instante, confiar em Sua Palavra, e demonstrarmos nossa confiança nEle através da oração. Neemias ora a Deus, pois o servo do Senhor está consciente de a quem está servindo (Ne. 4.4-9). A oração de Neemias é urgente, ele não deixa para depois, sabe do perigo e do risco que a obra corre, por isso, lança-se aos pés do Senhor. É também uma oração franca, pois ele abre o seu coração, destacando como o povo, e ele mesmo, se sente diante da ridicularização dos inimigos. As palavras de Neemias na oração são fervorosas, ele demonstra paixão pelo Deus a quem serve. Mas não apenas Neemias orou, todos os obreiros foram conduzidos à oração, e diante da afronta do inimigo, eles oraram e também se prepararam para o caso de precisarem entrar em peleja (Ne. 4.9). A oração continua sendo uma demonstração de confiança em Deus nos dias modernos. Estamos diante de uma geração que esqueceu o real valor da oração, as facilidades tecnológicas e científicas instigam à autoconfiança. Muitos cristãos praticamente deixaram de buscar ao Senhor em oração, preferem tão somente agir, mas é preciso orar antes, durante e depois da ação, em todo tempo e lugar (Mt. 26.41; Ef. 6.18; I Ts. 5.17; I Tm. 2.8). A oração e a leitura da Bíblia resultam em coragem e disposição para enfrentar os boatos espalhados pelos inimigos (Ne. 4.12), aqueles que confiam em Deus e se dispõem a orar não se deixam tomar pelo desânimo causado pelos opositores (Ne. 4.10). As palavras de encorajamento do líder também fazem toda a diferença, Neemias disse ao povo que não temesse, que se lembrasse do Senhor e que lutasse pelas suas famílias. Os cristãos estão envolvidos em uma batalha espiritual, mas nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas contra as potestades do ar. As armas das nossas milícias são poderosas em Deus para a destruição das fortalezas do Inimigo (II Co. 10.4). Portanto, façamos uso de toda a armadura de Deus, para que possamos estar firmes contra as ciladas do Diabo (Ef. 6.10,11).

3. DESENVOLVENDO A OBRA DO SENHOR
Ao invés de dar ouvidos às palavras do Inimigo, devemos nos voltar para o Senhor, e fazer a parte que nos compete na obra (Ne. 4.15). Se ficarmos paralizados, refletindo sobre as afrontas do inimigo, não conseguiremos progredir, por isso, mantenhamos as mãos ocupadas, trabalhando para o Senhor, e em constante vigilância, com os olhos bem abertos (Ne. 4.16-18). Os ouvidos também devam estar atentos ao caso de algum chamado urgente, isso aponta para a necessidade de identificar os diferentes toques do Inimigo, principalmente a liderança deve ser capaz de reconhecer a voz do Adversário, para não se deixar levar pelas suas estratégias (Ne. 4.18; Cl. 2.4,8). Em resposta à fragmentação que o inimigo tenta impor ao povo de Deus, devemos permanecer juntos uns dos outros, em unidade (Ne. 4.19; At. 2.47,48). O convívio da igreja é um antídoto contra o individualismo que campeia na sociedade moderna. As pessoas estão cada vez mais isoladas, mesmo as igrejas não estão imunes a essa realidade. As grandes igrejas padecem desse mal, pois os membros não conseguem construir relacionamentos, apenas contatos esporádicos. O envolvimento social, desenvolvido por Neemias no capítulo 5, é uma demonstração de integração do povo de Deus e de compromisso com as questões sociais. Não podemos nos deixar controlar pelo capitalismo selvagem que objetifica as pessoas, sacrificando-as ao deus mercado. Na crise os ricos se aproveitam para tirar vantagem e explorarem os mais pobres (Ne. 5.5). A solidariedade, ao invés da ganância, deva ser a moeda mais forte, a situação dos que passam por privação precisa ser uma preocupação constante (Ne. 5.1,2). As pessoas endividadas devam ter a oportunidade de sairem de tal condição, caso contrário estarão para sempre debaixo do jugo da opressão, em desequilíbrio tanto moral quanto espiritual (Ne. 5.3). Os impostos devam ser usados para investir nas necessidades básicas da sociedade, não para o enriquecimento ilícito de uma minoria (Ne. 5.4). A liderança cristã deva ter cuidado para não se tornar presa e serem cúmplice de esquemas corruptos que defraudam o dinheiro dos pobres (Ne. 5.15,16). O interesse pelo desenvolvimento do público sobre o privado é uma das principais marcas do líder compromissado com Deus (Ne. 5.14, 18), seu objetivo maior não é o de tirar vantagem, muito menos de viver em ostentação, mas o de permanecer íntegro e ver o bem de todos (Ne. 5.14).

CONCLUSÃO
A obra de Deus sempre enfrentou oposição, e nós, enquanto Igreja do Senhor Jesus, não estamos imunes às afrontas do Inimigo. Passaremos tanto por oposição externa quanto interna, mas precisamos estar vigilantessermos, fundamentados na Palavra de Deus, e em oração, para não sermos prisioneiros das armadilhas do Diabo. Se confiarmos no Senhor seremos capazes de vencer, a ninguém temeremos senão ao Deus que segue adiante na batalha (Ne. 5.15; Pv. 1.7). As portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja do Deus Vivo (Mt. 16.18), e isso é motivo para demonstrar compaixão pelo povo (Ne. 5.18), não agurdando recompensa de homens, mas a que vem de Deus (Ne. 5.19; II Tm. 4.8).

BIBLIOGRAFIA
LOPES, H. D. Neemias. São Paulo: Hagnos, 2006.
PACKER, J. I. Neemias: paixão pela fidelidade. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Subsídio da Lição 02 da EBD (Neemias)

Lição 03

APRENDENDO COM AS PORTAS DE JERUSALÉM
Texto Áureo: Ne. 4.6 – Leitura Bíblica: Ne. 3.1-15

Pb. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

Objetivo: Mostrar aos alunos que as crises, apesar do seu desconforto, sempre nos abre grandes e oportunas portas, principalmente quando dispomos de cooperadores comprometidos com o Reino de Deus.

INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos a respeito das portas de Jerusalém, fazendo algumas aplicações a respeito de cada uma delas. Em seguida, abordaremos particularidades do ministério de Neemias, ressaltando o segredo do seu sucesso, que não dependia dele mesmo, mas de Deus. Ao final, meditaremos a respeito das características dos cooperadores da obra do Senhor.

1. AS PORTAS DE JERUSALÉM
As portas de Jerusalém tinham um significado especial, elas estavam associadas ao julgamento. Os juizes davam o veredicto às causas do povo a partir das portas. Por esse motivo, Neemias teve a iniciativa de priorizá-las na recondução do serviço do Senhor. As portas precisavam ser reedificadas, e o sumo-sacerdote Eliasibe, como símbolo da restauração espiritual, deveria orientar os trabalhos. Nenhuma reconstrução se sustenta na sociedade a menos que Deus assuma o primeiro lugar. O sumo-sacerdote reedificou a Porta das Ovelhas (Nm. 3.1) que se situava na entrada mais oriental do lado norte das muralhas de Jerusalém (Ne. 12.39; Jô. 5.2). Nessa porta as ovelhas eram lavadas antes de serem conduzidas ao templo para o sacrifício. Ela aponta para o sacrifício ao Senhor, que não deva ser apresentado de qualquer jeito, mas com corações puros (Mt. 5.8). Aos filhos de Hessaná coube a reforma da Porta do Peixe (Ne. 3.3), provavelmente por ser aquele o lugar onde os peixes eram comercializados. Devemos lembrar, a esse respeito, que somos “pescadores de homens” (Mt. 4.19; 13.47,48). O cristianismo era simbolizado, pelos primeiros crentes, através da figura de um peixe, isso porque a palavra grega para peixe é ICHTHUS, formando o acrônimo Iesus Christus Theou Huios Soter, que quer dizer: Jesus Cristo Filho de Deus Salvador. A Porta Velha (Ne. 3.6), localizada na parte mais antiga da cidade, também foi restaurada, essa pode representar os fundamentos da fé, a doutrina bíblica que não pode ser substituída pelos modismos (I Tm. 3.14; I Jo. 2.24). A Porta do Vale (Ne. 3.13) foi reparada por Hanun e os moradores de Zenoa, e, a respeito dessa, é possível aplicar que a vida cristã está repleta de altos e baixos, montanhas e vales (Dt. 11.11). Com o Senhor, isto é, nas situações adversas, os vales se enchem de trigo (Sl. 65.13). A Porta do Monturo (Ne. 3.14) também foi restaurada. Essa porta recebeu esse nome por causa do lixo da cidade que era levado por meio dela para o vale de Hinom, a fim de ser queimado. Na vida do cristão essa porta precisa estar aberta para que todos os dejetos que o distanciam da presença do Senhor sejam retirados (Mt. 5.30). Se deixarmos de salgar e iluminar o mundo, para nada mais prestaremos, senão para sermos lançados fora e pisados pelos homens (Mt. 5.13). Salum, filho de Col-Hozé, reparou a Porta da Fonte (Ne. 3.15), que ficava situada próximo ao Tanque de Siloé. Jesus é a fonte que jorra para a vida eterna (Jo. 4.14). Não são poucos os que se distanciam dessa fonte, preferem ir após cisternas rotas (Jr. 2.13). Depois Malquias restaurou a Porta da Guarda, localizada na seção nordeste de Jerusalém, adjacente ao Templo. Como cristãos, devemos lembrar de guardar os mandamentos de Jesus (Jô. 14.15), pois a Palavra de Deus é lâmpada para os nossos caminhos, devemos guardá-la no coração para não pecar contra o Senhor (Sl. 119.11).

2. O SUCESSO SEGUNDO DEUS
O capítulo 3 de Neemias favorece também a meditação a respeito do sucesso. Não o sucesso conforme apregoam os adeptos da auto-ajuda, pois o sucesso verdadeiro é aquele que vem de Deus. Para que tenhamos êxito na obra do Senhor, precisamos: 1) não nos conformarmos com o caos, ao invés de tão somente lamentarmos, devemos fazer alguma coisa para mudar a realidade; 2) saber escolher as pessoas certas para fazerem obras específicas (Ne. 3.2-15); 3) busque desempenhar as tarefas em integração com as pessoas, saiba trabalhar em equipe: e por fim, 4) não dispense as facilidades, Neemias não colocou empecilhos à realização da obra, antes aproveitou as pessoas que moravam nas localidades das portas (Ne. 3.13; 28-30). Em uma sociedade patriarcal como a de Israel, Neemias não dispensou o trabalho das mulheres. Elas desempenharam papel fundamental na reconstrução da obra de Deus sob a direção de Neemias. A Bíblia está repleta de exemplos de mulheres que foram usadas pelo Senhor: Miriam, Débora, Ester, Maria, entre outras. No tempo de Jesus, como ainda acontece nos dias atuais, as mulheres foram as principais mantenedoras do Reino de Deus (Lc. 8.2,3). A Bíblia destaca o ministério de Dorcas, uma mulher generosa, envolvida em obras caridosas (At. 9.36,39). A Samaritana foi um baluarte no trabalho missionário, ao conduzir muitos a Cristo através do seu testemunho (Jo. 4.28-30). Paulo, injustamente acusado de machista, agradeceu a Deus pelo ministério das mulheres na igreja do Senhor (Rm. 16.1,12; Fp. 4.13). No ministério do ensino, Priscila, geralmente citada antes do marido, Áquila, ministrou a Palavra com ousadia, reafirmando a fé de muitos crentes (Rm. 16.3). Para obter sucesso na realização da obra do Senhor não podemos dispensar força, principalmente a motivação dos irmãos, ainda que essa precise ser supervisionada. As pessoas devam ser tratadas pelo nome, o reconhecimento é parte fundamental, o texto de Neemias 3 cita nominalmente as pessoas que atuaram na reconstrução. Não apenas as grandes realizações devam ser apreciadas, mas também as pequenas, tanto os moradores de Zanoa, que repararam uma porta e mais de 500 metros de muro foram citados quanto Malquias que edificou apenas uma porta. Por fim, é necessário dar instruções claras, a comunicação é imprescindível na execução da obra de Deus, bem como atribuir tarefas, determinando, antecipadamente, as atribuições das autoridades delegadas (Ne. 3.13,17).

3. OS COOPERADORES DA OBRA
Os cooperadores da construção assumiram lugares específicos e determinados para atuarem. Isso revela o senso de organização e planejamento de Neemias. A Porta das Ovelhas foi a primeira, e teve um sumo-sacerdote a frente em razão da sua prioridade. Com essa escolha Neemias também demonstrou a necessidade da pessoa certa ocupar a posição apropriada. Os construtores não trabalharam desordenamente, uns distanciados dos outros, cada um não fazia o que bem entendia. Havia uma unidade da parcialidade, isto é, cada um fazia a sua parte, a fim de chegar a uma totalidade. A individualidade de cada um deles também foi respeitada. Os cooperadores da obra de Deus não são diferentes, eles (e elas) têm personalidades e características distintas. Deus não tem problema de trabalhar com a diversidade, na verdade, Ele foi o Criador da diferença. Há líderes que não têm essas mesmas características, querem que todos trabalhem do mesmo jeito. É comum, no movimento neopentecostal (ou pseudopentecostal) a imitação dos líderes. Não da fé e exemplo espiritual, como Paulo ordenou a ser imitadores de Cristo, mas dos trejeitos, modo de se vestir, entre outras características de menor relevância (I Co. 11.1). Os cooperadores da obra não eram pessoas interesseiras, não estavam edificando a cidade porque quisessem tirar algum proveito pessoal. Pelo que inferimos do texto de Neemias 3, se tratavam de pessoas das diversas regiões de Judá, mas que não mediram esforços, sacrificaram seus interesses pessoais a fim de reconstruírem a cidade. Em muitos arraiais evangélicos as pessoas somente se envolvem no trabalho se tiverem algum retorno: financeiro ou a consagração para algum cargo na hierarquia eclesiástica. Mas como acontece com todo trabalho, havia também os orgulhosos, aqueles que não queriam se envolver, que achavam ser um demérito fazerem a obra do Senhor. Em Ne. 3.5 está escrito que os nobres não se sujeitaram ao serviço do Senhor. Sempre existirão, na obra de Deus, aqueles que se acham importantes demais para determinadas atribuições. Os pastores “nobres” não querem mais ministrar para poucas ovelhas. Eles amam as multidões, principalmente os holofotes, adoram serem vistos pelos homens. Mas louvamos a Deus pelos obreiros compromissados com a obra, os quais, a exemplo de Paulo, estão integrados, que servem ao Senhor “com toda a humildade, e com muitas lágrimas e tentações” (At. 20.19), que nada esperam “senão prisões e tribulações” (At. 20.23), que não têm suas vidas por preciosa (At. 20.24), que são constituídos pelo Espírito Santo para apascentar o rebanho, não deles mesmos, mas “de Deus”, comprado com o sangue de Cristo (At. 20.28).

CONCLUSÃO
A obra de Deus carece de ceifeiros, o Senhor Jesus constatou que “A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros” (Mt. 9.37). E acrescentou: “Rogai, pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros para a sua seara” (v. 38). Deus espera que oremos por obreiros comprometidos com a edificação do Seu Reino, mais que isso, que sejamos esses cooperadores. No meio evangélico, muitas portas estão derrubadas, algumas delas, como nos tempos de Neemias, foram queimadas a fogo. Devemos orar a Deus para que envie obreiros e para que também sejamos obreiros e obreiras que respondam às exigências do Reino, que estejamos dispostos a sacrificar nossos interesses pessoais em prol da realização de coisas grande e pequenas para Deus.

BIBLIOGRAFIA
LOPES, H. D. Neemias. São Paulo: Hagnos, 2006.
TUNNERMANN, R. As reformas de Neemias. São Leopoldo: Sinodal, 2001.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Subsídio da Lição 13 da Ebd (Missão Integral)


A PLENITUDE DO REINO DE DEUS
Texto Áureo: Is. 11.1 – Leitura Bíblica: Is. 11.1-9


Objetivo: Mostrar aos alunos que na consumação de todas as coisas Deus estabelecerá plenamente o Seu Reino e o entregará como herança aos que tiverem recebido a Jesus Cristo como o seu Salvador.

INTRODUÇÃO
Conforme temos estudado ao longo deste trimestre, o Reino de Deus é estabelecido a partir da tensão entre o “já” e o “ainda não”. Isso quer dizer que experimentamos já a realidade do Reino, mas que esse somente será pleno no futuro. Na lição de hoje destacaremos alguns aspectos escatológicos – que dizem respeito às últimas coisas – do Reino. Primeiramente discorreremos sobre o arrebatamento, a bendita esperança da Igreja. Em seguida, a implantação do Reino Milenal de Cristo. E por fim, a eternidade, a consumação final que se estabelecerá para sempre.

1. ARREBATAMENTO, A ESPERANÇA DA IGREJA
O arrebatamento é apresentado no Novo Testamento como um “translado” (I Co. 15.51-52; I Ts. 4.15-17) no qual Cristo virá para a sua Igreja. A vinda de Cristo, propriamente dita, com seus santos. Paulo trata do arrebatamento como um “mistério” (I Co. 15.51-54), isto é, uma verdade não revelada até seu desvendamento pelos apóstolos (Cl. 1.26), sendo assim, um evento em separado. O ensinamento bíblico é o de que Cristo pode voltar a qualquer momento para arrebatar a sua igreja, sem sinais ou advertências prévias. É isso que significa iminência, um acontecimento que pode acontecer repentinamente (I Co. 1.7; 16.22; Fp. 3.20; 4.5; I Ts. 1.10; 4.15-18; I Ts. 5.6; I Tm. 6.14; Tt. 2.13; Hb. 9.28; Tg. 5.7-9; I Pe. 1.13; Jd. 21; Ap. 3.11; 22.7,12,20; 22.17,20). Todas essas passagens mostram que não haverá sinais específicos antes do arrebatamento da igreja. Os sinais de Mt. 24 não são para a igreja, mas para os santos da Tribulação, e como bem sabemos, nenhuma passagem da Tribulação se refere à igreja, mas a Israel (Dt. 4.29,30; Jr. 30.4-11; Dn. 8.24-27; 12.1,2). Se existe algum sinal para a igreja, que precede ao arrebatamento, esses se encontram em I Tm. 4.1 e II Tm. 3.1. A Igreja é instruída a amar a volta de Cristo, como uma noiva que aguarda o seu amado para o casamento (I Pe. 1.8). Esse momento de expectativa deva ser caracterizado não por ansiedade, sequer devemos atrever-nos a marcar dia ou hora, mas a buscar uma vida pura, em santidade, agradando Àquele que nos salvou (I Jo. 3.2-3; II Pe. 3.11-15).

2. O MILÊNIO E A PLENITUDE DO REINO DE DEUS
O Milênio será estabelecido por quando Cristo voltar em glória (Is. 60.20; 61.2; Ez. 21.27; Dn. 7.22) e terá a duração de mil anos (Ap. 20.6). Esse será o período da manifestação plena da gloria de Jesus Cristo (Is. 9.6; Sl. 45.4; Is. 11.4; Sl. 2.9; 72.4). Por ocasião do Milênio se cumprirão as promessas da aliança de Deus com Abraão a respeito da terra e da descendência (Is. 10.21,22; 19.25; 43;1; 65.8,9; Jr. 30.22; 32.38; Ez. 34.24,30,31; Ma. 7.19,20; Zc. 13.9; Ml. 3.16-18). Também se cumprirão às promessas da aliança com Davi (Is. 11.1,2; 55.3,11; Jr. 23.5-8; 33.20-26; Ez. 34.23-25; 37.23,24; Os. 3.5; Mq. 4.7,8). Durante o Milênio Satanás estará preso (Ap; 20.1-3, aquele que é o Deus desta era (II Co. 4.4). Finalmente, durante o Milênio as pessoas experimentarão a manifestação da justiça (Is. 11.5; 32.1; Jr. 23.3; Dn. 9.24). Cristo será a figura central no Reino Milenal, como o Renovo (Is. 4.2; 11.1; Jr. 23.5; Zc. 3.8,9), o Senhor dos Exércitos (Is. 24.23; 44.6), o Senhor (Mq. 4.7; Zc. 14.9), o tronco de Jessé (Is. 11.1,11), o filho do homem (Dn. 7.13). Esse será um período de jurisprudência gloriosa, no qual Jesus anunciará a vontade e alei de Deus (Dt. 18.18,19; Is. 33.21,22; At. 3.22; Is. 2.3; 42.4). O Reino Milenial de Cristo será caracterizado: 1) pela justiça (Mt. 25.37; Is. 60.21; Ml. 4.2; Sl. 110.4; Hb. 7.2); 2) pela obediência (Ef. 1.9,10; Sl. 22.27,28; Ml. 1.11); 3) pela santidade (Is. 6.13; 35.8-10); 4) pela verdade (Is. 42.3; Jr. 33.6); e 5) pela plenitude do Espírito (Jl. 2.28,29; Ez. 37.14; Is. 32.15; 44.3). Essa será uma época de plenitude do Reino, no qual haverá paz (Is. 2.4), alegria (Is. 9.3,4), santidade (Is. 1.26,27), glória (Is. 24.23), consolo (Is. 12.1,2), justiça (Is. 11.5), conhecimento pleno (Is. 11.1,2,9), instrução (Is. 2.2,3), sem maldição (Is. 11.6-9), sem doença (Is. 33.24), de proteção (Is. 41.8-14), de liberdade (Is. 14.3-6), de reprodução (Jr. 30.20), de trabalho (Is. 62.8,9), de prosperidade econômica (Is. 4.1) e de adoração (Is. 45.23).

3. ETERNIDADE E A CONSUMAÇÃO FINAL DO REINO
A terra nos foi dada pelo Senhor para que dela fôssemos mordomos, por isso, enquanto aqui estivermos, precisamos tratá-la com carinho, pois esses princípios foram deixados por Deus para Israel e que podem ser aplicados aos dias de hoje (Ex. 23.11,29; Lv. 25.5; II Cr. 36.21; Sl. 104.13,14,30). Ao mesmo tempo, não podemos esquecer que essa terra, no devido tempo estabelecido por Deus, passará (II Pe. 3.10). Quando isso acontecer, o Senhor nos proverá uma nova terra, a Nova Jerusalém celestial (Hb. 12.22; Ap. 21.1,2), edificada por Deus e prometida aos santos (Hb. 11.16; 12.22) e testemunhada por aqueles que adentraram ao Milênio (Ap. 13.6). Essa será uma espécie de cidade satélite de onde o Rei, Jesus, governará com os santos (Ap. 21.1-3) que foram ressuscitados e/ou arrebatados (I Ts. 4.16,17). O céu é um lugar de bênçãos sem igual, pois lá não haverá lágrimas (Ap. 21.4), nem morte (Ap. 21.4), e muito menos sofrimento (Ap. 21.4). O escritor sacro nos diz que ali também não haverá noite (Ap. 21.23-25) nem imoralidade, rebelião e violência (Ap. 21.27). A maldição do pecado, por fim, perderá o seu poder (Ap. 22.3). No céu se dará a plenitude do relacionamento com Deus em Cristo, pois lá nós O conheceremos perfeitamente (Ap. 21.3; 22.4), O adoraremos e O serviremos (Ap. 22.3), não havendo, portanto, necessidade de templos (Ap. 21.22). Como se tudo isso já não fosse o bastante, ainda teremos o privilégio de reinar com Cristo (Ap. 22.5).

CONCLUSÃO
Concluímos este trimestre com uma mensagem de esperança. Na verdade, o Reino de Deus traz esperança para os desalentados. A morte não é o fim, pois aguardamos o arrebatamento iminente da Igreja. Para aqueles que já se foram, resta a certeza da ressurreição (I Ts. 4.13-17). Conforme instrui Paulo aos crentes de Tessalônica, essa é uma verdade confortadora. Na glorificação do Corpo e no estabelecimento do Milênio, a igreja verá a plenitude do Reino de Deus, o qual já experimentamos, ainda que em parte. Louvamos a Deus pelas lições deste trimestre, pela percepção integral de Reino que o Senhor nos possibilitou por meio desses estudos.

BIBLIOGRAFIA
PENTECOST, J .D. Manual de Escatologia. São Paulo: Vida, 2002.
SILVA, A. G. O calendário da profecia. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

Autor: Pb. José Roberto A. Barbosa
Fonte: http://www.subsidioebd.blogspot.com/

sábado, 17 de setembro de 2011

Subídio de lição 12 da EBD (Missão Integral)

A INTEGRIDADE DA DOUTRINA CRISTÃ
Texto Áureo: II Tm. 3.16,17 – Leitura Bíblica: II Tm. 3.14-17; Tt. 2.1,7,10

Objetivo: Ressaltar a relevância da integridade da doutrina cristã para a maturidade da igreja.

INTRODUÇÃO
Ao longo da sua história, a igreja sofreu ataques de todos os lados, tanto de fora quanto de dentro. Em I Tm. 4.1, Paulo admoesta a Timóteo em relação às doutrinas que se proliferariam nos últimos dias. Em II Tm. 3.1-14, o mesmo apóstolo lista as implicações práticas das doutrinas enganadoras, difundidas por aqueles que não têm compromisso com as verdades cristãs. O antídoto contra as falsas doutrinas é apresentado em II Tm. 3.15-17, o conhecimento e a prática da doutrina verdadeira. Ciente dessa realidade evidente na atualidade, estudaremos, na lição de hoje, a respeito da relevância da doutrina cristã na igreja.

1. DEFININDO DOUTRINA CRISTÃ
O termo doutrina – didachê em grego – significa, basicamente, ensino e instrução. Os ensinamentos de Cristo, em Mt. 7.28; 22.23; Mc. 1.22,27; 4.2; 12.38; Jo. 7.16; 18.19, podem ser denominados de doutrina, mais especificamente doutrina de Cristo, e, por essa característica, de doutrina cristã (At. 13.12; II Jo. 9). A necessidade de uma sã doutrina, baseada nos ensinamentos dos apóstolos, é destacada por Paulo em I Tm. 1.10; 4.6,13; 5.17; 6.1. A relevância do ensinamento é apontada ainda em Rm. 6.17; 16.17; Tt. 1.9; II Tm. 4.2; II Jo. 10. O autor da Epístola aos hebreus utiliza a palavra grega logos – palavra – em Hb. 6.1 – para se referir à doutrina em relação ao ensinamento fundamental de Cristo. A palavra portuguesa – doutrina – vem do verbo latino docere, que significa “ensinar”. Há igreja, por natureza, tem uma função educativa, o próprio Jesus nos instrui para que aprendamos dEle (Mt. 11.29). Jesus destacou a relevância do ensino na Grande Comissão, na tarefa de fazer discípulos (Mt. 28.20). Dentre os dons ministeriais, Paulo elenca o do ensino, reconhecendo que os mestres são dádivas divinas (Ef. 4.11), e a necessidade de que haja na igreja pessoas idôneas na Palavra, a fim de passar os ensinamentos de Cristo às gerações seguintes (II Tm. 2.2). O ensinamento na igreja é um dom espiritual, mas carece de esmero, ou seja, dedicação (Rm. 12.7), portanto, aqueles que atuam nessa área devam investir no conhecimento das Escrituras. Paulo é um exemplo de mestre na doutrina cristã. Ele diz não ter se negado a ensinar aos crentes da igreja (At. 20.20). Jesus foi um Mestre por excelência, pois Ele ensinava com autoridade (Mt. 7.28,29), por isso seus discípulos O chamavam de Rabi (Mt. 26.25,49; Mc. 9.5; 11.21; Jo. 1.38,49; 4.31), bem como outras pessoas (Jo. 3.2; 6.25). O próprio Jesus referiu a si mesmo como Mestre em Mt. 23.8 e Jo. 13.13. Por isso, uma igreja que é cristã, precisa estar disposta a ouvir os ensinamentos de Jesus, conforme expostos no Evangelho.

2. O PERIGO DAS FALSAS DOUTRINAS
A importância do ensinamento cristão se dá, entre outros motivos, em resposta aos falsos ensinamentos que se propagam no seio da igreja, os evangelhos diferentes (II Co. 11.4). O Senhor Jesus destacou os perigos dos falsos ensinamentos, que resultaria no engano de muitos, até mesmo dos eleitos (Mt. 7.15-20). Seguindo as instruções bíblicas, devemos ter cuidado para não nos tornarmos presa fácil das falsas doutrinas. Para tanto, precisamos julgar os espíritos, pois existem muitos que não provêem de Deus (I Jo. 4.1). Em sua Epístola aos Gálatas, Paulo repreende os crentes por terem deixado a sã doutrina e seguirem um outro evangelho (Fl. 1.7-9), e destaca o fruto do Espírito, como a característica central para identificar se alguém, de fato, professava a genuína fé (Gl. 5.22,23). Além desses critérios, existem outros fundamentados na Bíblia: 1) reverência e humildade, em oposição à arrogância e grosseria (II Co. 10.18); 2) amabilidade ou imposições (II Tm. 2.24-26); 3) desrespeito às autoridades, inclusive o Senhor, governo e pais (II Pe. 2.10-12; Jd. 8-10); 4) falta de respeito e amor em relação à liderança cristã (I Co. 3.1-9); 5) ao invés de fomentarem o amadurecimento espiritual criam dependência (At. 17.11; Ef. 4.11-16); 6) exploração financeira dos fiéis (I Pe. 5.2; II Pe. 2.3); 7) falta de observância aos padrões divinos de sexualidade (II Pe. 2.14); 8) falta de compromisso com a Palavra de Deus, querem agradar aos ouvintes, por isso falam o essas querem, não o que está escrito (II Tm. 4.3,4); 9) sobrecarregam os fiéis a fim de satisfazerem interesses próprios (Fp. 2.3,4); 10) centralizam a atenção em si mesmos, ao invés de focarem Jesus Cristo (At. 20.28-31; III Jo. 9,10); 11) colocam-se sempre acima das pessoas, como celebridades, não se consideram irmãos (Mt. 23.8-12); e 12) incitam o culto à personalidade, pessoas são supervalorizadas (Gl. 2.11-21). Esses critérios bíblicos são fundamentais para a identificação de grupos doutrinários e doutrinas que não correspondem à Palavra de Deus.

3. A DOUTRINA CRISTÃ NA IGREJA
O antídoto contra os falsos ensinamentos na igreja é o investimento no doutrina, no ensinamento bíblico, como orientou Paulo a Timóteo (II Tm. 3.15-17). A igreja cristã deve priorizar o ensinamento bíblico. Infelizmente, ao invés de incentivarem os crentes a participar da Escola Dominical, muitos líderes promovem movimentos sensacionalistas. As escolas bíblicas, outrora uma realidade nas igrejas, devem ser resgatadas, com duração suficiente para que ocorra aprendizado efetivo. Os institutos bíblicos não devem ser censurados, principalmente quando esses servirem de aliados para a formação doutrinária da igreja, e cujo fim seja a aplicação dos conhecimentos ali adquiridos para a edificação do Corpo de Cristo. Os cultos de instrução e ensino devam ter primazia, considerando que é nesse serviço que o pastor tem a oportunidade de expor doutrinas e o texto bíblico. Os líderes da igreja também precisam desenvolver um ensino sistemático, destacando as doutrinas basilares da fé cristã, e também expondo inteiramente livros da Bíblia. Enquanto agência de ensinamento cristão, a Escola Bíblica Dominical tem contribuído ao longo da história da igreja, na verdade, muitos obreiros foram formados nas aulas da EBD. A arquitetura eclesiástica deve, inclusive, investir na expansão da EBD. Um líder que se preocupa com o ensinamento da Palavra na igreja, busca identificar e separar para o ministério do ensino pessoas comprometidas com e dedicadas a esse ministério. Se possível, constroem salas de aulas na igreja e as aparelham com recursos multimídia a fim de que alunos e professores possam tirar maior proveito do ensino-aprendizagem durante as aulas. Os crentes que frequentam a EBD, escolas bíblicas, institutos bíblicos e cultos de instrução não se deixam levar por qualquer vento de doutrina, pois estão alicerçados Rocha, a Palavra de Deus (Mt. 7.24,25).

CONCLUSÃO
Integridade, de acordo com o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, tem a ver com inteireza e pureza. Uma igreja que se pauta pela doutrina cristã está alicerçada no próprio Cristo. Desde o princípio, Satanás quis subverter a Palavra de Deus (Gn. 3.1-5). Para que a igreja tenha saúde espiritual, essa, como Jesus, ao ser tentado (Mt. 4) deva se pautar pela Palavra de Deus. Para que a igreja seja contracultura na sociedade essa deva expor e viver em conformidade com as palavras de Cristo em piedade (I Tm. 6.1-3), conhecendo não apenas os princípios doutrinários, mas também dando o exemplo (II Tm. 3.10). Essa é uma necessidade urgente, considerando que já testemunhamos os tempos a respeito dos quais Paulo advertiu a Timóteo, em que muitos não querem mais dar ouvidos à sã doutrina, preferem amontoarem para eles mestres conforme seus desejos desenfreados (II Tm. 4.2,3).

BIBLIOGRAFIA
GANGEL, K. O., HENDRICKS, H. G. Manual de ensino para o educador cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.
LEBAR, L. E. Educação que é cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.

Autor: Pb. José Roberto A. Barbosa
Fonte: http://www.subsidioebd.blogspot.com/

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Subsídio da Lição 11 da EBD (Missão Integral)

A INFLUÊNCIA CULTURAL DA IGREJA
Texto Áureo: Gn. 1.28 – Leitura Bíblica: Gn. 1.26-30


Objetivo: Refletir com os alunos sobre a influência que a igreja pode ter sobre a sociedade.

INTRODUÇÃO
Conforme já estudamos em lição anterior, a Igreja tem dupla responsabilidade, outorgada por Cristo, o Rei, para a sociedade. A primeira delas e a Grande Comissão, isto é, indo por todo o mundo, para fazer discípulos (Mt. 29.19,20). A segunda, e não menos importante, e, de certo modo, atrelada àquela, a de transformar a cultura. Na lição de hoje, estudaremos a respeito da cultura, definindo-a, a princípio, em seguida, destacaremos exemplos bíblicos de influência cultural. Ao final, passaremos a discorrer sobre alguns cristãos que influenciaram culturalmente na sociedade.

1. CULTURA, DEFINIÇÕES
Existem diversas definições de cultura, destacamos algumas delas a seguir: “um empreendimento coletivo, segundo o qual os homens conseguem estabelecer um estilo de vida distinto, com base em valores comuns” (R. N. Champlin); “Aquele todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, artes, princípios morais, leis, costumes e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelos homens, como membros da sociedade” (E. B. Tylor). O cristianismo, por sua vez, reconhece a existência da cultura enquanto produção humana, mas esta precisa ser avaliada a partir dos princípios bíblicos. Por isso, sempre coube a Igreja, ao longo da sua história, a tarefa de apontar para o alto, ressaltando as virtudes de Cristo. Por isso, conforme orienta o autor da Epístola aos Hebreus (11.6), os valores terrenos devem ser sombras daquele país celestial. Diante dessa realidade, a Igreja precisa estar ciente do seu papel social, e, principalmente, da necessidade de capacitar-se para responder aos anseios da cultura moderna. O ponto de partida para analise cultural é a realidade da Queda, que, conforme registrada no capítulo 3 do Gênesis, trouxe implicações imediatas para o ser humano. Antes da Queda o ser humano tinha a capacidade para administrar a criação para a glória de Deus (Gn. 1.28-30), mas depois desta, sua tendência passou a ser o egoísmo, a busca pelos interesses, e, como vemos atualmente, a destruição da criação, que geme a espera da redenção (Rm. 8.19-23). A destruição da criação, no entanto, não é o único mal causado pela Queda. Quando avaliamos a sociedade, à luz dos valores cristãos, constatamos a prevalência da cultura da morte e da ganância.

2. A INFLUÊNCIA CULTURAL, EXEMPLOS BÍBLICOS
A Bíblia está repleta de exemplos de pessoas que não se deixaram levar pelos valores da cultura mundana. Não podemos esquecer que este mundo jaz no Maligno (I Jo. 5.19), por isso, o Reino de Deus, conforme respondeu Jesus a Pilatos, não é deste mundo (Jo. 18.36). Ao mesmo tempo, também precisamos estar cientes que precisamos agir como sal da terra e luz do mundo (Mt. 5.13,14), ao mesmo tempo em que não nos conformamos com ele (Rm. 12.1,2). No Antigo Testamento encontramos o relato exemplar de Daniel diante da cultura babilônica. Daniel, o jovem hebreu levado para o cativeiro, estava imerso em uma cultura distinta dos princípios divinos. Mesmo assim, ele propôs em seu coração não se contaminar com as iguarias do rei, isto é, não fazer concessões quanto a sua fé (Dn. 1.8; 6.6-10). No livro de Daniel também se encontra o registro de fé de Sadraque, Mesaque e Abedenego, corajosos homens de Deus que foram salvos da fornalha por testemunharem da soberania de Deus, e não se dobrarem diante da estátua erguida pelo Rei (Dn. 3). Mordacai, juntamente com a rainha Ester, servem de exemplo para todos aqueles que não fazem concessões em relação aos valores do Reino de Deus. Os profetas de Deus, tanto aqueles apresentados nos livros históricos, quanto os literários, autores de livro bíblicos, foram contundentes em suas denuncias do status quo, ou seja, da cultura humana distanciada dos padrões eternos de Deus. Por causa disso, os profetas bíblicos eram impopulares, eles se opunham ao que a maioria defendia, se fosse hoje, diríamos que eles não estariam preocupados com o Ibope, com a popularidade, mas, como declarou Pedro diante das autoridades romanas e judaicas, o alvo deva ser obedecer a Deus, e não aos homens, quando esses se voltarem contra a Palavra de Deus (At. 5.29).

3. CRISTÃOS QUE INFLUENCIARAM A CULTURA
Os críticos da fé cristã geralmente procuram defeitos na história para denegrir a imagem da Igreja. Não devemos fechar os olhos para atitudes que de fato não orgulham a fé, dentre elas, a Inquisição, tanto a Católica quanto a Protestante. Mas para fazer justiça, é preciso reconhecer o legado cultural da Igreja para a sociedade. Na política, destacamos o exemplo de homens como William Wiberforce, um parlamentar britânico, que lutou intensamente para que a sociedade percebesse a opressão causada pela escravidão. Martin Luther King Jr. tornou-se uma figura respeitável em virtude da sua oposição ao preconceito racial nos Estados Unidos. Na música, Sebastian Bach, impressiona até mesmo os descrentes pela genialidade nas suas composições, as quais assinava com o seguinte acréscimo Soli Deo Gloria (Gloria somente a Deus). Na literatura e apologética, C. S. Lewis, um ex-ateu, contribuiu para difundir e defender os pressupostos da fé cristã. Em seu livro Cristianismo Puro e Simples, resultante de conferências radiofônicas, expôs com maestria os fundamentos doutrinários cristãos. Suas obras literárias, com destaque para As Crônicas de Nárnia, atraem a atenção do público em geral, em seu bojo se encontram verdades eternas, extraídas das páginas do evangelho. Tostoi e Dostoivski, os dois gigantes da literatura russa, seguidores fervorosos de Cristo, inseriram em suas obras temáticas cristãs, o primeiro, por exemplo, em Guerra e Paz, e último, em Crime e Castigo. O cinema também tem servido para influenciar a sociedade a partir dos valores cristãos. As obras de autores cristãos, como o próprio C. S. Lewis, estão sendo adaptadas para a tela. Esses são apenas alguns dos muitos exemplos de pessoas que influenciaram a sociedade a partir dos valores bíblicos que defendiam. Mas existem milhares de outros, heróis anônimos, igrejas que se sacrificam e levam, com amor, o evangelho de Cristo, atraindo a comunidade na qual estão inseridas, sendo luzeiros no mundo.

CONCLUSÃO
A Igreja de Jesus Cristo foi chamada para influenciar, não para ficar debaixo de um alqueire. Para tanto, deva sair de dentro das quatro paredes e ir para a sociedade, levando o evangelho, as boas novas de salvação. Ela precisa denunciar o pecado, ser uma voz que expõe os princípios bíblicos. Mas precisa investir também na transformação cultural, atuando nas várias frentes. Os políticos precisam ser coerentes com os valores cristãos. Os músicos comporem hinos e canções que glorifiquem a Deus e enobreçam o ser humano. Os escritores devem usar a criatividade para expor valores do Reino. Existem diversas maneiras de a Igreja influenciar a sociedade, não apenas fazendo coisas grandes, mas também com pequenos gestos, que, com zelo doutrinário e amor sacrificial, conduzirão muitos a Cristo.

BIBLIOGRAFIA
COLSON, C., PEARCEU, N. E agora como viveremos? Rio de Janeiro: CPAD, 2000.
COLSON, C., PEARCEY, N. O cristão na cultura de hoje. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

Autor: Pb. José Roberto A. Barbosa
Fonte: http://www.subsidioebd.blogspot.com/

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Subsídio da Lição 10 da EBD (Missão Integral)

A ATUAÇÃO SOCIAL DA IGREJA
Texto Áureo: Mt. 25.34-36 – Leitura Bíblica: Is. 58.6,8,10,11; Tg. 2.14-17



Objetivo: Refletir com os alunos sobre a atuação social da igreja, a fim de que sejamos zelosos no cuidado aos necessitados e na diminuição da desigualdade social.

INTRODUÇÃO
Ao Longo deste trimestre o assunto da atuação social da igreja tem voltado à tona nas lições estudadas. Tal ênfase é justificada em virtude da relevância desse tema para a igreja. Infelizmente, poucas igrejas atentam para a responsabilidade social, não reconhecem que se trata de uma doutrina bíblica. A fim de demonstrar a fundamentação desse ensino na Palavra de Deus, discorremos, na aula de hoje, sobre a atuação social no Antigo e no Novo Testamento.

1. ATUAÇÃO SOCIAL, UMA NECESSIDADE
A atuação social é uma necessidade tanto no contexto da igreja quanto fora dela. No Brasil, o déficit social é histórico, muito ainda precisa ser feito para diminuir a desigualdade social. É bem verdade, conforme destacou o Senhor Jesus, que os pobres sempre teremos conosco (Jo. 12.1), por outro lado, isso não deve eximir a igreja da sua responsabilidade social, considerando suas limitações e possibilidades. A pirâmide social brasileira é composta por uma base de pobres que trabalha intensamente, quando esses conseguem emprego. Ademais, os salários são baixos, enquanto que uma minoria vive regaladamente. Um dos problemas dessa realidade está na constituição cultural da riqueza, que, em sua maioria, é insensível à causa do pobre. Estudos comprovam que a realidade da riqueza e pobreza tem algumas particularidades culturais. Os ricos ostentam seus bens e atribuem aos pobres a incompetência pela miséria. Essa é uma condição da sociedade distanciada dos valores cristãos. Mesmo entre os evangélicos, Max Weber que o diga, existe a crença difundida de que a prosperidade material, para ser usufruída egoisticamente, é benção de Deus, ainda que essa seja angariada desonestamente. A atuação da igreja, diante dessa realidade, deve ser a de criar meios para diminuir a condição extrema de pobreza das pessoas, sejam evangélicas ou não. Além de “dar o peixe”, e preciso, às vezes, “ensinar a pescar”, investindo na formação educacional e profissional das pessoas. Mas isso apenas não é suficiente, é preciso instruir os membros da igreja para não se envolverem o apoiarem práticas sociais que impliquem retenção dos direitos comuns das pessoas. A estrutura social precisa ser modificada, é preciso que os pobres tenham maiores oportunidades, e para isso, devemos cobrar dos governantes garantias constitucionais, investimento em políticas públicas de saúde, educação e segurança, fiscalizando a fim de que os recursos sejam honestamente aplicados. Isso tem tudo a ver com o Reino de Deus, considerando que os súditos do Reino de Deus têm uma visão diferenciada da política e da economia. A política da Igreja é a de Jesus, que põe o amor, a generosidade e solidariedade em primeiro plano. A economia de Jesus é a dos tesouros celestiais, onde o ladrão não rouba, nem a traça corrói, e que coloca pessoas, não o dinheiro em primeiro lugar. Deus, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, aborda a questão da justiça social, a Bíblia revela o cuidado do Senhor em relação aos necessitados.

2. ATUAÇÃO SOCIAL NO ANTIGO TESTAMENTO
Ao longo do Antigo Testamento, existem várias passagens bíblicas que tratam sobre temas sociais. No Pentateuco - contra o preconceito em relação às necessidades especiais: “Não amaldiçoarás ao surdo, nem porás tropeço diante do cego; mas temerás o teu Deus. Eu sou o Senhor” (Lv. 19.14); do idoso: “Diante das cãs te levantarás, e honrarás a face do ancião; e temerás o teu Deus. Eu sou o Senhor” (Lv. 19.19.32); na aplicação da justiça: “Não cometereis injustiça no juízo, nem na vara, nem no peso, nem na medida. Balanças justas, pesos justos, efa justo, e justo him tereis. Eu sou o Senhor vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito” (Lv. 19.35,36); contra a opressão ao assalariado: “Não oprimirás o diarista pobre e necessitado de teus irmãos, ou de teus estrangeiros, que está na tua terra e nas tuas portas. No seu dia lhe pagarás a sua diária, e o sol não se porá sobre isso; porquanto pobre é, e sua vida depende disso; para que não clame contra ti ao Senhor, e haja em ti pecado” (Dt. 24.14,15). Nos Provérbios – sobre o cumprimento das promessas: “Não digas ao teu próximo: Vai, e volta amanhã que to darei, se já o tens contigo” (Pv. 3.28); na utilização de meios escusos contra o povo: “Balança enganosa é abominação para o Senhor, mas o peso justo é o seu prazer” (Pv. 11.1); contra as pessoas que somente valorizam os ricos: “O pobre é odiado até pelo seu próximo, porém os amigos dos ricos são muitos. O que despreza ao seu próximo peca, mas o que se compadece dos humildes é bem-aventurado” (Pv. 14.20,21); “O que escarnece do pobre insulta ao seu Criador, o que se alegra da calamidade não ficará impune” (Pv. 17.5); “O homem pobre que oprime os pobres é como a chuva impetuosa, que causa a falta de alimento” (Pv. 28.3). Os livros dos profetas estão repletos de denúncias contra as injustiças sociais, em relação aos que acumulam propriedades à custa da opressão dos pobres: “Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo, até que não haja mais lugar, e fiquem como únicos moradores no meio da terra!” (Is. 5.8); “Ai daquele que edifica a sua casa com injustiça, e os seus aposentos sem direito, que se serve do serviço do seu próximo sem remunerá-lo, e não lhe dá o salário do seu trabalho” (Jr. 22.13). “Porque sei que são muitas as vossas transgressões e graves os vossos pecados; afligis o justo, tomais resgate, e rejeitais os necessitados na porta” (Am. 5.12); “Ai daquele que, para a sua casa, ajunta cobiçosamente bens mal adquiridos, para pôr o seu ninho no alto, a fim de se livrar do poder do mal!” (Hc. 2.9).

3. ATUAÇÃO SOCIAL NO NOVO TESTAMENTO
Ao longo do Novo Testamento nos deparamos com vários textos que se opõem à injustiça social e conclamam a igreja à atuação social. Jesus, em suas palavras, foi bastante contundente a esse respeito: “E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes. E o escriba lhe disse: Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que há um só Deus, e que não há outro além dele; E que amá-lo de todo o coração, e de todo o entendimento, e de toda a alma, e de todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios. E Jesus, vendo que havia respondido sabiamente, disse-lhe: Não estás longe do reino de Deus. E já ninguém ousava perguntar-lhe mais nada”. (Mc. 12.28-34). No Atos dos Apóstolos, no tocante ao cuidado com os necessitados da igreja: “E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns. E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos. E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha” (At. 4.32-35); e própria instituição do diaconato tinha como fim diminuir as necessidades sociais na igreja: “Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio” (At. 6.1-7). Na Epístola de Tiago - contra o preconceito em relação ao pobre: “Meus irmãos, não tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com trajes preciosos, e entrar também algum pobre com sórdido traje, E atentardes para o que traz o traje precioso, e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé, ou assenta-te abaixo do meu estrado, Porventura não fizestes distinção entre vós mesmos, e não vos fizestes juízes de maus pensamentos?” (Tg. 2.1-4); do auxílio para o sustento: “E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?” (Tg. 2.15-17); e contra a opressão do pobre pelos ricos: “Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteai, por vossas misérias, que sobre vós hão de vir. As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas de traça. O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós, e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias. Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos exércitos. Deliciosamente vivestes sobre a terra, e vos deleitastes; cevastes os vossos corações, como num dia de matança. Condenastes e matastes o justo; ele não vos resistiu (Tg. 5.1-6). Esses textos são autoexplicativos e suficientes para mostrarem a relevância que a igreja deve dar à atuação social.

CONCLUSÃO
Muitas igrejas ainda desprezam a Palavra de Deus no que tange à atuação social. Há uma ilustração apropriada sobre a passagem de um mendigo, em dias distintos, na casa de um espírita, de um católico e de um evangélico. Conta-se que em cada uma das casas o mendigo recebeu respostas diferentes à sua necessidade, detalhe, tanto o espírita quanto o católico e o evangélico tinham apenas um pão. O espírita, apelando para a filantropia como forma de salvação, deu o pão inteiro ao mendigo e ficou com fome. O católico, na dúvida se a salvação seria somente pela fé, repartiu o pão ao meio e deu a metade ao mendigo. O evangélico, crendo na salvação pela graça, por meio da fé, respondeu que somente tinha um pão, e que, por isso, iria comê-lo e orar pelo mendigo. Essa é uma ilustração que reflete a ausência de atuação social de muitas igrejas evangélicas. O evangélico tem toda razão ao afirmar que a salvação é pela graça, por meio da fé, não vem das obras para que ninguém se glorie (Ef. 2.8.9), mas esquecem do versículo 10, que diz que fomos salvos “para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas”.

BIBLIOGRAFIA
CAVALCANTI, R. Cristianismo e política. Viçosa: Ultimato, 2002.
LIMA, P. C. Teologia da ação política e social da igreja. Rio de Janeiro: Renascer, 2005.

Autor: Pb. José Roberto A. Barbosa
Fonte: http://www.subsidioebd.blogspot.com/

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Subídio de lição 11 da EBD (Pentecostalismo)

UMA IGREJA AUTENTICAMENTE PENTECOSTAL
Texto Áureo: Mt. 28.19 – Leitura Bíblica: Mc. 16.15; At. 2.42-47


Objetivo: Mostrar aos alunos que uma igreja autenticamente pentecostal proclama que Jesus salva, cura, batiza no Espírito Santo e voltará em breve.

INTRODUÇÃO
Ao longo da sua história, a Assembléia de Deus assumiu o quadrilátero pentecostal, isto é: Jesus salva, cura, batiza no Espírito Santo e voltará em breve. Essa mensagem cristocêntrica precisa continuar sendo o fundamento da expressão genuinamente pentecostal. Na aula de hoje, atentaremos para cada um desses quatro aspectos doutrinários, ressaltando a necessidade de considerá-los continuamente nos dias atuais.

1. JESUS SALVA
Jesus é o Salvador, essa é uma mensagem que a igreja não pode fazer concessão. Por causa do pecado, a humanidade caminha para a perdição, distanciada de Deus (Rm. 3.23), já que o salário do pecado é a morte (Rm. 6.23). Nada há que possa ser feito em termos humanos para que se obtenha a salvação, as obras não podem justificar o ser humano diante de Deus (Ef. 2.8,9), depois da morte segue-se a juízo (Hb. 9.27). A salvação é uma provisão divina, pela graça, por meio da fé, não vem das obras para que ninguém se glorie. A religião humana, ao invés de prover salvação, distancia as pessoas de Deus, haja vista sua tendência para considerar os méritos como condição para a salvação. Jesus é o Único Caminho que leva o ser humano para Deus (Jo. 14.6). Em nenhum outro nome há salvação, seja no céu ou na terra, a não ser no nome de Jesus Cristo (At. 4.12). Ele é o Único Mediador entre Deus e os homens (I Tm. 2.5). A salvação é um projeto de Deus, a fim de que todo aquele que crer em Jesus não pereça, não seja condenado, mas tenha a vida eterna (Jo. 3.16). para tanto, a condição é acreditar, ter fé, pois com a boca se confessa a respeito da salvação (Rm. 10.9,10). Uma igreja autenticamente pentecostal proclama a mensagem da salvação, é uma igreja eminentemente missionária, que, no poder do Espírito Santo, testemunha com ousadia a respeito da mensagem da cruz, loucura para os que perecem, mas para nós que somos salvos, o poder de Deus (I Co. 1.18).

2. JESUS CURA
Uma igreja autenticamente pentecostal acredita no poder de Deus para curar. Não desprezamos a atuação dos médicos, já que o próprio Jesus destacou que são os doentes que deles precisam (Mt. 9.12). Mas acreditamos que Jesus pode, soberanamente, curar os enfermos, o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele e sobre as Suas pisaduras somos sarados (Is. 53.4,5). O Jesus que curou nos tempos dos Evangelhos é o mesmo: ontem, hoje e o será eternamente (Hb. 13.9). Ele tem todo poder e autoridade, por isso, os enfermos podem se achegar até Ele, clamando por cura, os mensageiros da boa nova de Deus também podem e devem orar para que os doentes recebam a cura (Mc. 16.18). Os apóstolos foram instrumentos de Cristo para a realização de curas milagrosas, por meio da autoridade de Jesus, e sob o poder do Espírito Santo, pessoas enfermas foram restauradas, um exemplo se encontra em At. 4. A mensagem da cura divina e a disposição ministerial para orar pelos enfermos sempre foi uma marca das igrejas pentecostais. Toda igreja que se diga autenticamente pentecostal não pode desprezar essa missão. Evidentemente nem todos serão curados, mas não compete à igreja especular a respeito das razões pelas quais alguém deixa de receber o milagre. Orar pelos enfermos, clamando em submissão a Deus, no nome de Jesus, é uma observância necessária a toda igreja autenticamente pentecostal.

3. JESUS BATIZA NO ESPÍRITO SANTO
Jesus é Aquele a respeito do qual João Batista profetizou, dizendo que viria um após ele que batizaria com o Espírito Santo (Mt. 3.11). O batismo no Espírito Santo é uma das doutrinas fundamentais da fé pentecostal. A orientação de Jesus é que seus seguidores fizessem discípulos (Mt. 28.19) em todas as etnias (Mc. 16.15). Para tanto, deveriam aguardar em Jerusalém, até que do alto fossem revestidos de poder (Lc. 24.49). Antes de subir ao céu, Jesus declarou aos seus discípulos que eles receberiam o poder do Espírito Santo para que fossem testemunhas, não apenas em Jerusalém, mas em toda Judéia, Samaria e até os confins da terra. O objetivo central do Batismo no Espírito Santo é a evangelização, o desenvolvimento da obra missionária. A evidência física inicial do Batismo no Espírito, conforme aconteceu em At. 2, é a glossolalia, isto é, o ato de falar em línguas. A experiência do Batismo no Espírito Santo deva ser diferenciada do novo nascimento. Essa última ocorre no momento em que a pessoa recebe a Cristo como salvador e passa a fazer parte do Corpo de Cristo. A primeira é uma operação subseqüente, resultante de uma disposição para testemunhar com ousadia a respeito da mensagem salvadora de Jesus Cristo (At. 1.8). Toda igreja autenticamente pentecostal instrui seus membros a buscarem o batismo no Espírito Santo, a serem missionários da mensagem de salvação.

4. JESUS VOLTARÁ
Essa é a esperança da igreja de Jesus Cristo, já que Ele mesmo prometeu que voltaria para levar a Sua igreja para permanecer junto dEle (Jo. 14.1). A igreja cristã não pode perder essa mensagem de vista, pois essa é sua maior expectação, a redenção do corpo, o momento em que o que é corruptível se revestirá da incorruptibilidade, que a morte será tragada na vitória (I Co. 15). O apóstolo Paulo escreveu a I Epístola aos Tessalonicenses para tratar a respeito desse assunto. Ele ensina que um dia a trombeta soará, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, os vivos serão transformados, essa é uma mensagem consoladora, pois tira o foco do desespero da morte, comum naqueles dias e também nos dias atuais (I Ts. 4.13-17). Toda igreja autenticamente pentecostal não vive sob a égide do desespero, os crentes não temem a morte, sabem que essa é apenas uma partida para estar com Cristo, o que é consideravelmente melhor (Fp.1.24). Essa esperança não deva ser motivo para a inércia, antes um estímulo para que quando Ele voltar sejamos encontrados na labuta, desenvolvendo os talentos que Ele nos confiou. Os crentes pentecostais precisam buscar mais as coisas do alto (Cl. 3.1), valorizarem menos os bens terrenos, entesourarem mais no céu, onde o ladrão não rouba e a traça não corrói (Mt. 6.20). Uma igreja autenticamente pentecostal não marca datas para a volta de Cristo, pois sabe que a qualquer momento a trombeta soará, por esse motivo, enquanto O aguarda, leva adiante a mensagem do reino de Deus (At. 1.11).

CONCLUSÃO
A mensagem quadrangular, de que Cristo salva, cura, batiza no Espírito Santo e voltará para arrebatar a Sua igreja, deva continuar sendo o mote da Assembléia de Deus. Se quisermos ser uma igreja autenticamente pentecostal, não devemos barganhar em relação a esses princípios. Somente Jesus salva o pecador, Ele continua o mesmo, por isso pode curar, de acordo com Sua soberana vontade, e, por fim, voltará para levar a Sua igreja para junto dEle, seja por meio do arrebatamento ou da ressurreição dos mortos.

BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, C. C. de. As verdades centrais da fé cristã. Rio de Janeiro. CPAD, 2006.
HORTON, S. M. Teologia sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

Subídio de lição 11 da EBD (Pentecostalismo)

UMA IGREJA AUTENTICAMENTE PENTECOSTAL
Texto Áureo: Mt. 28.19 – Leitura Bíblica: Mc. 16.15; At. 2.42-47

Pb. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

Objetivo: Mostrar aos alunos que uma igreja autenticamente pentecostal proclama que Jesus salva, cura, batiza no Espírito Santo e voltará em breve.

INTRODUÇÃO
Ao longo da sua história, a Assembléia de Deus assumiu o quadrilátero pentecostal, isto é: Jesus salva, cura, batiza no Espírito Santo e voltará em breve. Essa mensagem cristocêntrica precisa continuar sendo o fundamento da expressão genuinamente pentecostal. Na aula de hoje, atentaremos para cada um desses quatro aspectos doutrinários, ressaltando a necessidade de considerá-los continuamente nos dias atuais.

1. JESUS SALVA
Jesus é o Salvador, essa é uma mensagem que a igreja não pode fazer concessão. Por causa do pecado, a humanidade caminha para a perdição, distanciada de Deus (Rm. 3.23), já que o salário do pecado é a morte (Rm. 6.23). Nada há que possa ser feito em termos humanos para que se obtenha a salvação, as obras não podem justificar o ser humano diante de Deus (Ef. 2.8,9), depois da morte segue-se a juízo (Hb. 9.27). A salvação é uma provisão divina, pela graça, por meio da fé, não vem das obras para que ninguém se glorie. A religião humana, ao invés de prover salvação, distancia as pessoas de Deus, haja vista sua tendência para considerar os méritos como condição para a salvação. Jesus é o Único Caminho que leva o ser humano para Deus (Jo. 14.6). Em nenhum outro nome há salvação, seja no céu ou na terra, a não ser no nome de Jesus Cristo (At. 4.12). Ele é o Único Mediador entre Deus e os homens (I Tm. 2.5). A salvação é um projeto de Deus, a fim de que todo aquele que crer em Jesus não pereça, não seja condenado, mas tenha a vida eterna (Jo. 3.16). para tanto, a condição é acreditar, ter fé, pois com a boca se confessa a respeito da salvação (Rm. 10.9,10). Uma igreja autenticamente pentecostal proclama a mensagem da salvação, é uma igreja eminentemente missionária, que, no poder do Espírito Santo, testemunha com ousadia a respeito da mensagem da cruz, loucura para os que perecem, mas para nós que somos salvos, o poder de Deus (I Co. 1.18).

2. JESUS CURA
Uma igreja autenticamente pentecostal acredita no poder de Deus para curar. Não desprezamos a atuação dos médicos, já que o próprio Jesus destacou que são os doentes que deles precisam (Mt. 9.12). Mas acreditamos que Jesus pode, soberanamente, curar os enfermos, o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele e sobre as Suas pisaduras somos sarados (Is. 53.4,5). O Jesus que curou nos tempos dos Evangelhos é o mesmo: ontem, hoje e o será eternamente (Hb. 13.9). Ele tem todo poder e autoridade, por isso, os enfermos podem se achegar até Ele, clamando por cura, os mensageiros da boa nova de Deus também podem e devem orar para que os doentes recebam a cura (Mc. 16.18). Os apóstolos foram instrumentos de Cristo para a realização de curas milagrosas, por meio da autoridade de Jesus, e sob o poder do Espírito Santo, pessoas enfermas foram restauradas, um exemplo se encontra em At. 4. A mensagem da cura divina e a disposição ministerial para orar pelos enfermos sempre foi uma marca das igrejas pentecostais. Toda igreja que se diga autenticamente pentecostal não pode desprezar essa missão. Evidentemente nem todos serão curados, mas não compete à igreja especular a respeito das razões pelas quais alguém deixa de receber o milagre. Orar pelos enfermos, clamando em submissão a Deus, no nome de Jesus, é uma observância necessária a toda igreja autenticamente pentecostal.

3. JESUS BATIZA NO ESPÍRITO SANTO
Jesus é Aquele a respeito do qual João Batista profetizou, dizendo que viria um após ele que batizaria com o Espírito Santo (Mt. 3.11). O batismo no Espírito Santo é uma das doutrinas fundamentais da fé pentecostal. A orientação de Jesus é que seus seguidores fizessem discípulos (Mt. 28.19) em todas as etnias (Mc. 16.15). Para tanto, deveriam aguardar em Jerusalém, até que do alto fossem revestidos de poder (Lc. 24.49). Antes de subir ao céu, Jesus declarou aos seus discípulos que eles receberiam o poder do Espírito Santo para que fossem testemunhas, não apenas em Jerusalém, mas em toda Judéia, Samaria e até os confins da terra. O objetivo central do Batismo no Espírito Santo é a evangelização, o desenvolvimento da obra missionária. A evidência física inicial do Batismo no Espírito, conforme aconteceu em At. 2, é a glossolalia, isto é, o ato de falar em línguas. A experiência do Batismo no Espírito Santo deva ser diferenciada do novo nascimento. Essa última ocorre no momento em que a pessoa recebe a Cristo como salvador e passa a fazer parte do Corpo de Cristo. A primeira é uma operação subseqüente, resultante de uma disposição para testemunhar com ousadia a respeito da mensagem salvadora de Jesus Cristo (At. 1.8). Toda igreja autenticamente pentecostal instrui seus membros a buscarem o batismo no Espírito Santo, a serem missionários da mensagem de salvação.

4. JESUS VOLTARÁ
Essa é a esperança da igreja de Jesus Cristo, já que Ele mesmo prometeu que voltaria para levar a Sua igreja para permanecer junto dEle (Jo. 14.1). A igreja cristã não pode perder essa mensagem de vista, pois essa é sua maior expectação, a redenção do corpo, o momento em que o que é corruptível se revestirá da incorruptibilidade, que a morte será tragada na vitória (I Co. 15). O apóstolo Paulo escreveu a I Epístola aos Tessalonicenses para tratar a respeito desse assunto. Ele ensina que um dia a trombeta soará, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, os vivos serão transformados, essa é uma mensagem consoladora, pois tira o foco do desespero da morte, comum naqueles dias e também nos dias atuais (I Ts. 4.13-17). Toda igreja autenticamente pentecostal não vive sob a égide do desespero, os crentes não temem a morte, sabem que essa é apenas uma partida para estar com Cristo, o que é consideravelmente melhor (Fp.1.24). Essa esperança não deva ser motivo para a inércia, antes um estímulo para que quando Ele voltar sejamos encontrados na labuta, desenvolvendo os talentos que Ele nos confiou. Os crentes pentecostais precisam buscar mais as coisas do alto (Cl. 3.1), valorizarem menos os bens terrenos, entesourarem mais no céu, onde o ladrão não rouba e a traça não corrói (Mt. 6.20). Uma igreja autenticamente pentecostal não marca datas para a volta de Cristo, pois sabe que a qualquer momento a trombeta soará, por esse motivo, enquanto O aguarda, leva adiante a mensagem do reino de Deus (At. 1.11).

CONCLUSÃO
A mensagem quadrangular, de que Cristo salva, cura, batiza no Espírito Santo e voltará para arrebatar a Sua igreja, deva continuar sendo o mote da Assembléia de Deus. Se quisermos ser uma igreja autenticamente pentecostal, não devemos barganhar em relação a esses princípios. Somente Jesus salva o pecador, Ele continua o mesmo, por isso pode curar, de acordo com Sua soberana vontade, e, por fim, voltará para levar a Sua igreja para junto dEle, seja por meio do arrebatamento ou da ressurreição dos mortos.

BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, C. C. de. As verdades centrais da fé cristã. Rio de Janeiro. CPAD, 2006.
HORTON, S. M. Teologia sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

sábado, 4 de junho de 2011

Subídio de lição 10 da EBD (Pentecostalismo)

ASSEMBLÉIA DE DEUS: 100 ANOS DE PENTECOSTES
Texto Áureo: Mt. 3.11 – Leitura Bíblica: At.2.1-4;4,7.



INTRODUÇÃO
100 Anos de Pentecostes, neste mês, a Assembléia de Deus no Brasil, alcança essa marca histórica. Na aula de hoje estudaremos a respeito da trajetória dessa igreja que, pelo poder do Espírito Santo, foi constituída a maior denominação evangélica do país. Inicialmente, destacaremos os seus primórdios, em seguida, o avanço significativo nas décadas seguintes, e por fim, seu desenvolvimento nos dias atuais.

1. OS PRIMÓRDIOS DA ASSEMBLÉIA DE DEUS
Em 1910, em plena efervescência do movimento pentecostal na cidade de Chicago, um jovem pastor batista sueco, chamado Gunnar Vingren, atraído pelo poder do Espírito Santo, se dirigiu àquela cidade a fim de atestar a veracidade dos fatos noticiados pela imprensa. Em 1909, após ter concluído o Seminário Teológico de Chicago, pastoreou a Primeira Igreja Batista de Menominee, em Michigan. Em uma das reuniões pentecostais, uma irmã profetizou para o jovem pastor que ele somente seria enviado para a obra missionária depois de ter sido batizado no Espírito Santo. Após ter recebido o poder do alto, Vingren retornou à sua Igreja e passou a ensinar a mensagem pentecostal, mas alguns irmãos da congregação não aceitaram aquela doutrina, recusando-o como pastor. Dias depois, em uma reunião de oração, o Espírito Santo falou-lhe através do irmão Adolfo Uldin que deveria ir ao Pará. Naquela ocasião Vingren encontrou Daniel Berg e juntos foram a uma biblioteca para consultar mapas e verificaram que o lugar profetizado localizava-se no Norte do Brasil. Antes de viajarem, Vingren, que dispunha de apenas 90 dólares, doou aquela quantia para um jornal pentecostal e partiu confiante em Deus. Em Nova Iorque, encontraram um irmão que se dirigia ao correio com uma carta, contendo justamente 90 dólares, e entregou o envelope ao irmão Vingren, comovidos eles agradeceram ao Senhor pela providência. Eles compreenderam que o Senhor estava com eles, e nessa fé, partiram de Nova Iorque em 5 de novembro de 1910, chegando ao Brasil no dia 19 do mesmo mês. Em Belém, foram direcionados a um pastor batista, que os recebeu e permitiu que eles fixassem residência no porão do templo. Daniel Berg começou a trabalhar para pagar as aulas de português de Gunnar Vingren, e este, ensinava a Daniel o que aprendia. Tão logo os missionários começaram a pregar a fé pentecostal, Jesus começou a batizar no Espírito Santo, a primeira irmã a recebê-lo foi Celina Albuquerque, outros crentes também passaram a defender a doutrina, incomodando a liderança da Igreja Batista de Belém. Após serem expulsos daquela igreja, fundaram, em 18 de junho de 1911, a Missão da Fé Apostólica, que viria a se chamar, em 1918, Assembléia de Deus.

2. O CRESCIMENTO DA ASSEMBLÉIA DE DEUS
A expansão da Assembléia de Deus se deu do Norte para o Nordeste e em pouco tempo alcançou o sul e o sudeste do pais. Isso porque os imigrantes nordestinos haviam deixado sua terra, devido à seca, e seguiram em direção ao Norte, em busca de melhorias de vida, impulsionados pela cultura da borracha, que posteriormente entraria em crise. Muitos desses nordestinos não conseguiram o bem-estar financeiro que almejavam, mas foram tocados pela mensagem do evangelho de Cristo e pelo poder do Espírito Santo, e retornando aos seus estados, difundiram-na nos rincões por onde passavam. Em fevereiro de 1910, Absalão Piano é consagrado pastor, se tornando, assim, o primeiro pastor brasileiro das Assembléias de Deus. Mais missionários vieram para o Brasil, em 1914 Otto e Adina Nelson, procedentes da Suécia. Em 1916, chegaram a Belém do Pará, o pastor Samuel Nyström e sua esposa Lina, vindos da Suécia, via Estados Unidos. Em 16 de outubro de 1917, Gunnar Vingren casou-se com Frida Strandberg, cumprindo-se a profecia do irmão Adolfo Uldin, de que ele se casaria com uma jovem com esse nome. Frida Vingren foi um baluarte da fé pentecostal no Brasil, em virtude das doenças do marido, essa obreira incansável empreendeu todos os esforços para a edificação da igreja. Além de compor belos hinos que fazem parte da Harpa Cristã, tinha considerável formação bíblico-teológica, escrevendo artigos para os periódicos pentecostais e lições para o ensino dominical na igreja. A Assembléia de Deus, por aquele tempo, era um movimento menos institucionalizado, isso porque o pentecostalismo sempre foi marginalizado. Na Suécia, as igrejas estatais não admitiam aquele tipo de doutrina, por isso, a tendência dos missionários era adotar no Brasil o sistema de igreja livres, semelhantes àquelas existentes no país deles. A institucionalização da igreja consolidou-se em 1930, quando, em Natal (RN), aconteceu a Primeira Convenção da Assembléia de Deus, cujo objetivo central foi o recebimento dos brasileiros, mas especificamente dos nordestinos, da liderança da igreja, até então conduzida pelos missionários suecos. Dentre os pontos discutidos nessa convenção estavam: a observância dos usos e costumes, a questão da ordenação feminina e a oposição aos seminários teológicos. Esses assuntos estavam em evidência por causa da influência que a Assembléia de Deus dos Estados Unidos, que se mostrava bastante flexível em relação a esses posicionamentos. Ao longo da sua história, a Assembléia de Deus no Brasil, tem se demonstrado mais aberta em relação a alguns desses princípios. A existência da Faculdade da Assembléia de Deus – FAECAD – é uma demonstração de ruptura e de ênfase no ensino bíblico-teológico, bem como a difusão do evangelho através de um programa de TV: Movimento Pentecostal, já que outrora era proibido que os crentes ouvissem rádio e vissem televisão.

3. A ASSEMBLÉIA DE DEUS NOS DIAS ATUAIS
Nesses últimos anos a Assembléia de Deus no Brasil experimentou um avanço extraordinário. Estima-se que atualmente existam mais de 20 milhões de fiéis espalhados por todo o Brasil, representado aproximadamente 40% dos evangélicos, mais de 30 mil pastores, mais de seis mil igrejas-sede, mais de dois mil missionários, milhares de obreiros e mais de 100 mil cultos nos mais de cinco mil municípios brasileiros. Essa expansão possibilitou uma série de vantagens, principalmente no contexto social. A Assembléia de Deus deixou de ser um movimento evangélico marginalizado e passou a gozar de prestígio perante a sociedade, principalmente entre os políticos que querem angariar votos entre os fiéis. A própria igreja, que outrora se posicionava contra o envolvimento dos cristãos na política, passou a investir nessa área, elegendo, a cada pleito, um número representativo de evangélicos, inclusive pastores, para o executivo e o legislativo. Os primeiros crentes eram pessoas simples que não gozavam de condição financeira favorável e tinham pouca instrução estudantil. Esse quadro atualmente é diferenciado, pois existem pessoas hoje na Assembléia de Deus com considerável saber acadêmico, além de empresários bem-sucedidos, considerando que a Associação dos Homens de Negócio do Evangelho Pleno – ADHONEP é uma idealização dessa denominação. A Convenção Geral das Assembléias de Deus (CGADB), criada inicialmente em 1930, foi registrada em 1946, pelo missionário Samuel Nyström e o Pr. Cícero Canuto. Esse órgão assembleiano surgiu com o objetivo de estabelecer um espaço de discussão e direcionar o crescimento da denominação. Em 1989 ocorreu a primeira dissidência na CGADB quando surgiu a Convenção Nacional de Ministros da Assembléia de Deus Madureira. O atual presidente da CGADB é o Pr. José Wellington Bezerra da Costa, que tem dirigido essa convenção desde 1988, após a morte do Pr. Alcebíades Pereira de Vasconcelos. Ligada à CGADB está a Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD), que tem experimentado um crescimento considerável nesses últimos anos, publicando Bíblias, periódicos e obras clássicas da teologia evangélica, sendo gerenciada por Ronaldo Rodrigues. Uma das suas principais publicações é a Bíblia de Estudo Pentecostal, com notas de Donald Stamps e cuja tradução foi supervisionada por um dos expoentes da teologia pentecostal brasileira, o Pr. Antonio Gilberto.

CONCLUSÃO
A Igreja que cresce sempre enfrenta desafios, assim aconteceu com a Igreja em Jerusalém, o mesmo tem ocorrido com a Assembléia de Deus. Há muito para celebrar, podemos dizer como o salmista: “grandes coisas fez o Senhor por nós, por isso estamos alegres” (Sl. 126.4). No entanto, não podemos desconsiderar os riscos que enfrentamos para os próximos anos, enquanto aguardamos a vinda de Jesus. Dentre eles destacamos: a confusão na relação igreja-estado, a secularização da teologia da prosperidade, o exagero na institucionalização, a formação de novos líderes, o formalismo litúrgico e a política eclesiástica, essa última tem causado fortes disputas internas por cargos eletivos. Esses desafios não tiram o brilho do Centenário, mas nos levam a refletir sobre o futuro da igreja, a ponderar a respeito de onde viemos, onde estamos e aonde iremos, sem esquecer, principalmente, que o Senhor Jesus é o Senhor da Igreja e que o Espírito Santo sopra aonde quer, por isso, precisamos estar atentos para ouvir a Sua voz.

BIBLIOGRAFIA
ALENCAR, G. Assembléias de Deus. São Paulo: Arte Editorial, 2010.
ARAÚJO, I. Dicionário do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

Autor: Pb. José Roberto A. Barbosa
Fonte:http://www.subsidioebd.blogspot.com/

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Subídio de lição 07 da EBD (Pentecostalismo)

OS DONS DE PODER
Texto Áureo: At. 8.6 – Leitura Bíblica: At. 8.5-8; I Co. 12.4-10.



INTRODUÇÃO
Na aula de hoje, estudaremos a respeito dos dons de poder, são eles: fé, curas e maravilhas. Esses dons são fundamentais à ação evangelizadora da igreja, pois, através deles, é possível testemunhar com manifestações milagrosas sobre a morte e ressurreição de Jesus. A princípio, discorreremos sobre o dom da fé, em seguida, os de curar, e por último, o de operação de maravilhas.

1. DOM DA FÉ
O termo “pistis”, em grego, que geralmente é traduzido por fé, tem inúmeros significados, por esse motivo, faz-se necessário ter cautela na interpretação dessa palavra, e principalmente, o contexto no qual se encontra. Isso porque a fé, nas Escrituras, pode ser salvífica, enquanto condição para a salvação (Ef. 2.8,9), aspecto do fruto do Espírito, que tem a ver com fidelidade e confiança (Gl. 5.22) e enquanto dom do Espírito Santo (I Co. 12.9). A fé salvífica é manifestada no ato da conversão, quando o pecador reconhece que não há outro modo de ser salvo senão mediante Cristo. A fé fruto do Espírito é a fidelidade do cristão que, mesmo em meio às perseguições e adversidades, não desiste da caminhada, agradando a Deus em sua confiança irrestrita nEle, e que tem os heróis da fé como modelo (Hb. 11). Essa fidelidade a Deus não decorre do dom, mas da disposição para crer, depois de ouvir continuamente a Palavra de Deus (Rm. 10.17). A fé enquanto dom trata-se de uma manifestação sobrenatural, pelo Espírito Santo, que capacita o crente para a realização de milagres (I Co. 13.2). Esse dom está interligado à cura e à operação de milagres, pois, a partir da fé dada instantaneamente pelo Espírito, diante de determinadas circunstâncias, o cristão pode fazer proezas em Deus, assim como fizeram os apóstolos, em diversas ocasiões registradas em Atos, em cumprimento às palavras de Jesus (Mc. 16.15-18).

2. DONS DE CURAR
No grego, a expressão “dons de curar” se encontra no plural, “iamaton”, ressaltando, assim, a pluralidade dentro desse dom diante das diversas doenças e enfermidades. Isso quer dizer que existem crentes a quem são dados dons específicos para que sejam instrumentalizadas por Deus para curar determinadas doenças e enfermidades. Mas nem todos os membros da igreja recebem os dons de curar (I Co. 12.11,30), mesmo assim, como somente o Espírito Santo sabe a quem o dom foi concedido, compete aos crentes, indistintamente, orarem pelos enfermos, cientes que a cura é proveniente de Deus, que decide, soberanamente, se quer ou não realizá-la. Esse é um dom do Espírito Santo, não do crente, que cumpre a determinação de Jesus, que dotou os discípulos com a mesma autoridade “para curar toda sorte de doenças e enfermidades”. Os que crerem no Seu nome, disse Jesus aos discípulos, “imporão as mãos sobre os enfermos e eles serão curados (Mc. 16.18). Os dons para curar os diversos tipos de doenças e enfermidades é uma capacitação divina sobrenatural para que a igreja atue na restauração física e mental das pessoais (At. 3.6-8; 4.30). A operação dos dons de cura aponta para o futuro, a dimensão escatológica, cuja plenitude se dará na glorificação do corpo, quando, uma vez transformado, não mais passará por corrupção (I Co. 15.53,54). Os dons de curar, por sua vez, devam apontar para a dimensão integral do ser humano, não deva ser um fim em si mesmo, não pode substituir a pregação plena do evangelho de Cristo, que visa a cura da alma, do corpo e do espírito (Is. 53.4,5).

3. DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS
Filipe, conforme escreveu Lucas em At. 8.6, pelo dom da fé, exerceu um ministério poderoso em Samaria. Nesse versículo está registrado que “as multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele operava”. Os sinais, semeion em grego, acompanhavam a pregação, pois as pessoas ouviam a mensagem. O dom de operação de maravilhas, “energemata dynameon” em grego, possibilita a realização de atos sobrenaturais no poder do Espírito Santo. Os milagres advindos da manifestação desse dom vão além das leis físicas conhecidas naturalmente pelos seres humanos. Basta citar, como exemplo, a atuação de Jesus sobre a natureza, que chamou a atenção dos discípulos, após acalmar a tempestade: “E eles, possuídos de grande temor, diziam uns aos outros: Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?” (Mc. 4.41). A mente finita do ser humano, pautada nas leis que reconhece como naturais, é incapaz de compreender a sobrenaturalidade dos eventos divinos (I Co. 2.14). O Espírito Santo agiu, “pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas e os espíritos malignos se retiravam” (At. 19.11,12). A manifestação das maravilhas tem consonância com a pregação, “Aquele, pois, que vos concede o Espírito e que opera milagres entre vós, porventura o faz pelas obras da lei, ou pela pregação da fé?” (Gl. 3.5; Ef. 2.9). Sob nenhuma hipótese, as maravilhas podem substituir a mensagem de salvação do evangelho de Cristo, e esse crucificado (Mc. 16.15; I Co. 2.2).

CONCLUSÃO
A igreja de Jesus Cristo é poderosa, não pela influência política e/ou econômica que tem, mas pela atuação do Espírito Santo. Quando os discípulos quiseram saber quando Jesus estabeleceria Seu reino sobre Israel, o Senhor imediatamente respondeu: “Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder” (At. 1.7). Em seguida, determinou um “mas” sobre a Sua igreja, a fim de que essa buscasse o dynamis (poder) do Espírito, a fim de testemunhar com ousadia a Seu respeito. Valorizemos, pois, também neste Centenário, os dons de poder: fé, curas e maravilhas, para que, com autoridade, continuemos prevalecendo contra os portais do inferno (Mt. 16.18).

BIBLIOGRAFIA
HORTON, S. M. A doutrina do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
SOUZA, E. A. de. Nos domínios do Espírito. Rio de Janeiro: CPAD, 1987

Autor: Pb. José Roberto A. Barbosa
Fonte: http://www.subsidioebd.blogspot.com/

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Subsídio da Lição 06 da EBD (Pentecostalismo)

DONS QUE MANIFESTAM A SABEDORIA DE DEUS
Texto Áureo: I Co. 14.12 – Leitura Bíblica: At.16.16-24.

INTRODUÇÃO
Em I Co. 12.8-10, Paulo apresenta os dons espirituais que devam ser manifestados com vistas à edificação do Corpo de Cristo (I Co. 12.7). Esses dons são classificados como: dons que manifestam a sabedoria de Deus (I Co. 12.8-10); dons que manifestam o poder de Deus (I Co. 12.9,10); e dons que manifestam a mensagem de Deus (I Co. 12.10). Na aula de hoje trataremos a respeito dos dons que manifestam a sabedoria de Deus: palavra da sabedoria, palavra da ciência e discernimento de espíritos.

1. DOM DE PALAVRA DE SABEDORIA
A sabedoria deva ser um interesse para o cristão, por isso, “se algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e nada lhes improspera; e ser-lhe-á concedida” (Tg. 1.5). Não podemos, no entanto, esquecer que “o princípio da sabedoria é: adquire a sabedoria, sim, com tudo o que possues adquire o entendimento”. Existem diferentes tipos de sabedoria, nem todas procedem de Deus, pois “se, pelo contrário, tendes em vosso coração inveja amargurada e sentimento faccioso, nem vos glorieis disso, nem mintais contra a verdade. Esta não é a sabedoria, que desce lá do alto; antes é terrena, animal e diabólica. Pois onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins”. O dom da palavra da sabedoria procede do Espírito Santo de Deus, buscando a edificação da igreja, por isso ela é manifestada diante de uma situação na qual os membros da igreja precisam responder. Diante das decisões da igreja, por meio da palavra da sabedoria, é possível expressar soluções, tal como a de At. 6.3, a respeito da escolha dos diáconos. A sabedoria espiritual é um dom que precisa ser buscado pela igreja, a fim de que possamos nos tornais mais sábios nas tomadas de decisões. Na medida em que dependermos mais da sabedoria que vem alto, dada pelo Espírito Santo, seremos menos suscetíveis à sabedoria humana e satânica. A igreja de Jesus precisa voltar a valorizar a sabedoria do alto, que, inicialmente, procede da Palavra de Deus, mas que, enquanto dom espiritual, é resultante de uma dotação instantânea do Espírito Santo, a fim de encontrar saída para os problemas da igreja.

2. DOM DE PALAVRA DA CIÊNCIA
A palavra da ciência é a revelação sobrenatural de um conhecimento que não pode ser alcançado pela via natural. O conhecimento humano é resultado tanto da razão quanto da experiência, mas o conhecimento que vem de Deus transcende a lógica e as sensações. Isso porque “em parte conhecemos, e em parte profetizamos”, mas o conhecimento que provém de Deus pode ir além, um exemplo disso se encontra em II Rs. 6.12, em que o profeta Eliseu fazia saber ao rei de Israel as palavras que o rei da Síria falava na câmara de dormir. O conhecimento da revelação de Deus está baseado na Bíblia, a Palavra de Deus. Por isso, o dom espiritual da palavra da ciência não descarta o estudo bíblico, pois é por meio dela que crescemos espiritualmente, por se tratar de uma palavra inspirada pelo Espírito (II Tm. 3.16,17). O dom espiritual da palavra do conhecimento trata-se de uma mensagem verbal, inspirada pelo Espírito Santo, para a edificação, consolação e exortação da igreja, revelando sobrenaturalmente, e instantaneamente, diante de uma situação específica, um conhecimento que não poderia ser acessado pelas vias da razão ou experiência, por isso, esse dom está associado à profecia (At. 5.1-10; I Co. 14.24,25).

3. DOM DE DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS
O dom de discernimento de espírito constitui-se de extrema relevância para a igreja. O propósito central desse dom é desvelar manifestações espirituais a fim de avaliá-las se procedem de Deus. O conhecimento da Palavra de Deus nos serve bastante para esse fim, enquanto arma espiritual (Ef. 6.11,12). Recomenda-se, portanto, o exame de toda e qualquer manifestação à luz da revelação da Bíblia. O dom de discernimento de espíritos na igreja manifesta-se dentro de uma determinada situação, com vistas à elucidação de práticas distanciadas da verdade e que não podem ser facilmente identificadas por meios humanos. Esses dons que manifestam a sabedoria de Deus estão interligados, pois Pedro, depois de receber o discernimento espiritual, conhecendo que Ananias e Safara mentiam, declarou sobre ele uma palavra de julgamento (At. 5.1-5). Pela palavra escrita e pelo dom espiritual, a igreja deva estar atenta aos falsos espíritos, por isso, conforme recomenda o apóstolo João “amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus... todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do Anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem, e, presentemente já está no mundo” (I Jo. 4.1-3). Esse dom é importante dentro da igreja, em virtude da distorção do cristianismo bíblico crescente nos últimos dias (I Tm. 4.1).

CONCLUSÃO
A igreja Assembléia de Deus, no ano do seu Centenário, precisa continuar dando ênfase à manifestação dos dons espirituais. Muitas igrejas pelo Brasil já deixaram de instruir os crentes a buscá-los. O pragmatismo moderno já solapou a crença no sobrenatural em muitos arraiais ditos pentecostais. Despertemos, pois, neste célebre momento, para a busca dos dons que manifestam a sabedoria de Deus: palavra da sabedoria, palavra do conhecimento e discernimento de espíritos.

BIBLIOGRAFIA
HORTON, S. M. A doutrina do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
SOUZA, E. A. de. Nos domínios do Espírito. Rio de Janeiro: CPAD, 1987

Autor:Pb. José Roberto A. Barbosa
Fonte: http://www.subsidioebd.blogspot.com/
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