segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Subsídio da Lição 04 da Escola Dominical (Cpad)

DAVI E O TEMPO DE DEUS EM SUA VIDA
Texto Áureo: I Sm. 24.6 - Leitura Bíblica em Classe: I Sm. 24.4-8

Objetivo: Mostrar que mesmo estando ungido a mando do Senhor para ser o rei, Davi soube esperar o tempo de Deus para ocupar o trono de Israel.

INTRODUÇÃO
Na lição de hoje veremos que Davi, mesmo tendo sido ungido rei e sob as ameaças de Saul, não perdeu a esperança no Senhor. Antes esperou, com paciência, a concretização do tempo de Deus em sua vida. Destacaremos, ainda nesta aula, a importância do cristão não se deixar levar pelas circunstâncias e a aprender a confiar no Senhor. Mesmo nas situações adversas, aprenderemos que Deus está no controle de tudo, portanto, temos motivos para esperar pelo tempo de Deus.

1. AS AMEAÇAS DE SAUL
O capítulo 24 de I Samuel nos apresenta um vislumbre do relacionamento crítico entre Davi e Saul. Lemos, inicialmente, que Saul perseguia e ameaçava Davi de morte a todo instante. Davi, por outro lado, mesmo tendo oportunidade, não intenta contra a vida do rei, considerando ser esse um “ungido do Senhor”. O autor do texto diz que, em certa ocasião, Davi se dirigiu a Saul, enquanto esse repousava, como se fosse matá-lo, mas em obediência ao Senhor e respeito ao rei, cortou apenas a orla do manto de Saul. Esse pedaço de tecido serviria de demonstração da vantagem que Davi teve para pôr fim à vida do rei. Mas ao invés disso, preferiu poupar-lhe, chamando-o mesmo de pai (I Sm. 24.11). Com essa atitude Davi quis mostrar a Saul que esse estava errado ao tentar matá-lo. Ao invés de agir pelo ódio, com espírito de vingança, Davi opta pela graça e a misericórdia. Ele se nega a agir a partir dos mesmos princípios que o rei. Depois desse episódio, Saul, por algum momento, ainda que tomado pela emoção, demonstra remorso das suas ameaças e tentativas de morte dirigidas a Davi (I Sm. 24.11). Saul é um modelo de alguém que não se deixa levar facilmente pelas emoções, que demonstra equilíbrio diante das situações adversas. Quando as pessoas agem desse modo, predomina sobre elas o espírito de retaliação, por conseguinte, têm dificuldade para liberar graça e perdão. Os cristãos são chamados a agir como Davi, exercitando o perdão, e, mesmo diante dos inimigos, responderem ao mal com o bem (I Sm. 24.7; Mt. 5.44; Rm. 12.14,19).

2. DAVI ESPERA O TEMPO DE DEUS
Mesmo ungido rei, demorou muito tempo até que Davi assumisse o trono de Israel. O tempo de espera, no entanto, não foi de tranqüilidade. Devido as perseguições de Saul (I Sm. 18.6-9), Davi precisou se refugiar várias vezes. Para não ser morto por Saul, esteve na escola profética de Samuel em Rama e residiu na casa dos profetas (I Sm. 19.18-20). Nessa ocasião, Davi abriu seu coração para o velho Samuel e declarou tudo quanto Saul estava lhe fazendo (I Sm. 19.18). Esse período na escola profética trouxe refrigério espiritual para Davi durante aqueles tempos de angústia. Davi também encontrou refúgio na casa do sacerdote Aimeleque, ainda que a família desse sacerdote tenha sido praticamente eliminada por causa dessa ajuda (I Sm. 21.1-9; 22.6-22). Em um dos momentos mais difíceis, Davi foi obrigado a procurar abrigo no território do inimigo (I Sm. 21.10-15; 27.1-7). Após ser descoberto pelos filisteus, que eram incitados por Saul para destruí-lo, fugiu para e escondeu-se na caverna de Adulão. Naquele local ele recebeu o conforto de sua familiar e pode revigorar-se para seguir adiante (I Sm. 22.1). Mesmo assim, a situação de Davi, diante de todas as perseguições e dificuldades, poderia levá-lo a desacreditar nas promessas de Deus. Ao invés do trono prometido, Davi somente via lutas, perseguições e dificuldades. Como José na prisão egípcia, Davi não se deixou controlar pelas circunstâncias, preferiu confiar na Palavra de Deus, e esperar com paciência pelo Senhor (Sl. 40). Isso porque tinha consciência de que Deus tinha um plano em sua vida e que Ele – ao Seu tempo - haveria de executá-lo (I Sm. 22.3).

3. ESPERE O TEMPO DO SENHOR
Os crentes em Jesus devem aprender com Davi, e tantos outros heróis da fé, a esperar com paciência o tempo de Deus para a execução de Seus desígnios. Ao invés de tomar decisões precipitadas, Davi permaneceu na presença de Deus (II Sm. 7.18). No Senhor estava a sua confiança, por isso, depositava sobre Ele os ditames das sua vida (Sl. 25.5), para obter auxílio ou proteção (Sl. 33.20), para ter vitórias sobre seus inimigos (Sl. 37.7,9,34; 52.9), para alcançar segurança em perigos iminentes (Sl. 40.1; 59.9), para encontrar refúgio quando traído ou oprimido (Sl. 62.1,5) e o perdão amoroso de Deus quando pecava (Sl. 130.5,6). Esperar é um teste de submissão para qualquer cristão, é uma demonstração de confiança em Deus. Mas é antes de tudo uma escola de aprendizado, pois na medida em que esperamos no Senhor, temos tempo para reconhecer Sua grandeza, a amadurecer na fé, a ter convicção nas coisas invisíveis (Hb. 11.1), haja vista que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb. 11.6). Sábias as palavras do salmista quando diz: “Espera no Senhor, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no Senhor” (Sl. 27.14). Mesmo que a realidade tangível pareça ir de encontro às promessas de Deus, devemos continuar ouvindo a Palavra, pois a fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus (Rm. 10.17). Ainda que perseguições, dificuldades e provações tentem nos assolar e o desespero queira sobrepujar a esperança, somos desafiados a direcionar palavras de encorajamento à própria alma, dizendo: “Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face” (Sl. 42.5,11).

CONCLUSÃO
Deus está no controle de todas as situações, Ele não nos abandonou ao acaso. Essa percepção tem sido ofuscada pelo pensamento moderno acostumado a viver no tempo- kronos, isto é, pela compulsão frenética da vida que nos impulsiona a agir, de preferência o mais rápido possível, afinal, para muito "tempo é dinheiro". Há aqueles que, como Saul, têm medo de ficar para trás, por isso, querem tirar todo proveito do tempo-kronos. O cristão, como Davi, sabe que Deus está para além do tempo-kronos (Sl. 90.4). E guiado por essa verdade, pode descansar, confiar no cumprimento exato das promessas divinas, a depender da execução da Sua vontade no tempo-kairós que Ele mesmo estabeleceu. Vivendo nessa dimensão é possível esperar com paciência no Senhor, e a permitir que Ele dirija, pelo Seu Espírito, todos os passos da existência.

BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Subsídio da Lição 03 da Escola Dominical (Cpad)

DAVI NA CORTE REAL – VIVENDO COM SABEDORIA
Texto Áureo: I Sm. 18.5 - Leitura Bíblica em Classe: I Sm. 16.18; 18.2-5, 13, 14

Objetivo: Mostrar que Deus deu a Davi unção bem como prestígio diante de Israel, e ele se conduziu com prudência na presença de seus líderes, amigos e auxiliares.

INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos a respeito das qualidades de Davi, dentre elas, destacaremos a sabedoria. Na verdade, de nada adianta ter muitos atributos pessoais e não saber utilizá-los adequadamente. Meditaremos, inicialmente, a respeito de como Davi fez uso de suas qualidades no palácio, principalmente da prudência, sinônimo, na lição, de sabedoria. Ao final, refletiremos a respeito da importância da sabedoria e do controle da língua nos relacionamentos pessoais.

1. AS QUALIDADES DE DAVI
Depois de ter sido rejeitado por Deus, e a conseqüente perda de apoio de Samuel, Saul ficou atordoado, e passou a precisar de ajuda, inclusive psicológica. De vez quando, conforme lemos em I Sm. 16.15-18, o rei de Israel entrava em crise e tinha perturbações mentais, o narrador bíblico declara que a causa dessas crises era um “espírito maligno, enviado por Deus” (v.15). Essa declaração, na verdade, trata-se de um hebraísmo, em outras palavras, o texto diz que Saul sofria de uma insanidade mental, proveniente da atuação diabólica, permitida por Deus. Na época, como ainda é sugerido atualmente, em alguns casos, o tratamento recomendava o uso da música. Os súditos de Saul recomendaram um músico hábil, filho de Jessé de Belém, denominado Davi (v. 16). O instrumento tocado por Davi era a lira (kinnor em hebraico), de menor porte que uma harpa comum, de modo que pudesse ser transportada com facilidade. Mas saber tocar a lira não era a única qualidade de Davi, pois de acordo com o servo que o recomendou ele era “valente, e animoso, e homem de guerra, e sisudo em palavras, e de gentil presença”, e principalmente, que “o Senhor era com ele” (v. 18). É possível que nem todos na igreja tenham essas mesmas qualidades, principalmente a de tocar um instrumento ou se enquadram em determinados padrões de beleza, mas é indispensável que mantenha o controle da língua, que sejam fortes e valentes na luta contra o mal, e principalmente que o Senhor seja com eles.

2. A SABEDORIA DE DAVI NO PALÁCIO
O Senhor era com Davi, por isso, ele ascende do trabalho pastoril para o serviço no palácio real. Isso aconteceu porque Saul não permitiu mais que Davi voltasse para sua terra, retendo-o no palácio real (I Sm. 18.2,5). Durante tal período Davi se portava com lealdade ao rei, ainda que esse o perseguisse. Para aliviar as adversidades em sua vida, decorrentes da inveja de Saul, Deus proveu um amigo para o jovem. Jônatas, o filho e provável herdeiro do trono, percebendo a loucura do pai, fez uma aliança de amizade com Davi. O pacto de amizade entre Davi e Jônatas serve de lição para a construção de laços duradouros ao longo da vida. Amizade sincera é cada vez mais rara, haja vista a cultura da individualidade e a busca desenfreada pela satisfação própria que leva à barganha. Jônatas esteve disposto a sacrificar-se por Davi várias vezes (I Sm. 18.4; 20.4). Diante das atitudes insanas de seu pai Saul, Jônatas defendeu seu amigo (I Sm. 19.4). Não havia sentimentos de ciúme, inveja ou mesquinhez em Jônatas. Ele era amigo de Davi, e o defendeu porque discernia as reais intenções do coração do seu amigo. Nos momentos mais difíceis Davi contou com as palavras de encorajamento de Jônatas (I Sm. 23.15,16). Por causa de sua sabedoria (prudência), Davi era amado não apenas por Jônatas, mas também por todos os servos do rei (I Sm. 18.6-7) e isso, certamente, incitava mais ainda o ciúme de Saul.

3. SABEDORIA NOS RELACIONAMENTOS
Em I Sm. 18, está escrito quatro vezes que Davi prosperou, ainda que o rei estivesse contra ele. Mas isso não importava, pois mesmo o rei estando contra Davi, o Senhor era com ele (I Sm. 18.14). Além disso, o Senhor favoreceu Davi com uma outra qualidade, fundamental diante das ameaças desequilibradas de Saul: a sabedoria (prudência). O termo hebraico para prudência (sabedoria) é sakal, que também pode ser encontrado em Pv. 10.19. Nesse versículo essa palavra está associada à pessoa que consegue manter sua boca fechada. Ao invés de se adiantar e dizer palavras fora de propósitos, Davi acatava as circunstâncias com sabedoria. Não foram fáceis as situações pelas quais aquele jovem teve de passar. Em I Sm. 18.8,9 é dito que Saul se indignava contra Davi e não o via com bons olhos. Isso quer dizer que Saul estava tomado pela inveja. Os livros sapienciais nos deixam instruções claras a respeito dos males que a inveja pode causar (Sl. 37.1; 73.3; Pv. 14.30; 27.4; Ec. 4.4; 9.6). Os religiosos entregaram Jesus conduzidos por esse sentimento (Mt. 27.18; Mc. 15.10). As primeiras perseguições aos apóstolos também decorram da inveja (At. 13.45; 17.5). Paulo orienta os cristãos para que não sejam tomados por ela (Rm. 13.13; I Co. 3.3). O cristão espiritual não segue o caminho carnal de Saul, não se deixam conduzir pela inveja. Antes se posiciona com sabedoria, mantendo o devido equilíbrio em todas as circunstâncias, não falando demais, controlando sua língua nas ocasiões mais adversas (Tg. 3.8; Pv. 10.11,20,32; 21.23; 13.3; Ef. 4.29; Mt. 12.34-37)

CONCLUSÃO
Apesar da perseguição do rei Saul, Davi prosperava em tudo o que fazia porque o Senhor era com ele. A causa do bom êxito de Davi estava nas qualidades que Deus construiu em seu caráter. A principal delas era a prudência, assumida na lição de hoje como sabedoria. Davi sabia se relacionar com as pessoas, com seus amigos, servos do palácio real, e principalmente a lidar com as crises insanas do rei Saul. A demonstração mais concreta da prudência de Davi estava no uso da língua. O jovem no palácio sabia o momento de falar e de ficar calado. Nisso consiste a sabedoria, é nessa cercania que habita a prudência (Pv. 11.12; Ec. 3.7; 15.23; 25.11).

BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Subsídio da Lição 02 da Escola Dominical (Cpad)

DAVI ENFRENTA E VENCE O GIGANTE
Texto Áureo: I Sm. 17.45 - Leitura Bíblica em Classe: I Sm. 17.43-49

Objetivo: Mostrar que o desafio de Davi a Golias, o gigante filisteu, pode representar a luta espiritual que o crente trava com o mundo, a carne e o diabo.

INTRODUÇÃO
Numa cultura dominada pela guerra, o povo de Israel teve que lidar com seus inimigos. Enfrentá-los nem sempre foi tarefa fácil, principalmente quando preferiu confiar em seus próprios meios ao invés de depender de Deus. Na aula de hoje veremos que um gigante filisteu – Golias – afrontou o povo de Deus. Veremos que quando Israel estava acuado pelo inimigo, apareceu o jovem Davi para enfrentar e vencer o gigante. Ao final da lição destacaremos o papel da confiança e fé de Davi enquanto exemplo para todos os crentes no enfrentamento dos inimigos espirituais.

1. A AFRONTA DO GIGANTE
Golias era um “campeão” nas batalhas contra os inimigos dos filisteus. Por esse motivo, como era costume da época, era escolhido para representar seu povo em combates. Destacava-se pela grande estatura, aproximadamente 2,70 m, talvez apenas Saul se aproximasse dele em altura (I Sm. 10.23). Mesmo assim esse não se atreveu a responder a afronta daquele gigante, confiante em sua força e no seu equipamento (I Sm. 17.8-11). As tropas de Israel ficaram amedrontadas quando se aproximaram de Golias (I Sm. 17.24). O jovem Davi, ao contrário dos seus compatriotas, ficou indignado ao ver a ousadia do gigante, afrontando o exército de Israel. Ele se refere àquele que é considerado um herói para o inimigo como um “incircunciso filisteu” – associa-o aos adoradores de deuses falsos, feitos pelos homens, e desconhecedor do Deus Vivo e Verdadeiro (I Sm. 17.24-27). Eliabe, o irmão de Davi, ao invés de apóiá-lo, demonstra ressentimento. O receio de seu irmão é o de perder espaço para aquele seu irmão mais jovem. Esse costuma ser um medo com o qual aqueles que se encontram em posição de poder precisam conviver (I Sm. 17.28-30). Mesmo com a insatisfação de Eliabe, Davi é levado a Saul que é informado da disposição de Davi para enfrentar o gigante. A atitude resoluta de Davi partiu da sua certeza que a afronta de Golias não era apenas contra o povo de Israel, mas contra o Deus Todo Poderoso, o Senhor dos Exércitos (I Sm. 17.31-40).

2. A VITÓRIA DE DAVI
Diante do pequeno Davi estava um Gigante, vestido com toda sua armadura (I Sm. 17.5-7). Ao ver a escolha representativa dos israelitas, Golias tomou tal opção como um insulto. Mas o filisteu não teve tempo sequer para tocar em Davi, pois fora abatido por uma pedra certeira, atirada da funda do jovem pastor (I Sm.17.49,50) Se assemelharmos essa batalha com uma luta de boxe, diríamos que ela não passou do primeiro assalto. Com o gigante prostrado por terra, Davi, seguindo os princípios de guerra, deveria concluir o trabalho, decapitando-o (I Sm. 17.50-24). As armas de Golias foram postas na tenda de Davi, como um troféu de guerra. Após a vitória, Davi recebeu de Saul o cumprimento da promessa, a filha como esposa. Davi passa a fazer parte da família real, fazendo uma aliança mais aproximada com Jonâtas, o príncipe herdeiro. Jônatas, desde cedo, reconheceu em Davi um homem vocacionado por Deus. Por isso, não mediu esforços para ajudá-lo, mesmo indo de encontro aos interesses egoístas de seu pai. Algumas lições podem ser extraídas desse episódio: 1) enfrentar gigantes é uma experiência intimidadora – lemos com entusiasmo o relato bíblico sobre a vitória de Davi, mas, no dia-a-dia, lutar contra os gigantes não é uma tarefa fácil; 2) pelejar é uma experiência solitária – ninguém mais pode assumir o posto para o qual fomos chamados, cada um de nós precisa enfrentar os “golias” que se apresentam contra nós; 3) confiar em Deus é uma necessidade – a menos que depositemos nossa fé em Deus, não conseguiremos ir muito longe, ficaremos aterrorizados pelo tamanho dos “gigantes”; e 4) vencer traz conseqüências memoráveis – as vitórias do passado devem nos impulsionar para olhar com maior bravura para o futuro.

3. A LUTA ESPIRITUAL DO CRENTE
O crente também tem seus gigantes com os quais precisa lutar e vencer. Na verdade, cada um de nós, existencialmente, enfrenta seus próprios gigantes. De modo geral, podemos destacar três gigantes: o mundo, a carne e o diabo (Ef. 2.1-3). Para tanto, é preciso estar preparado, munido não com a armadura de Saul, mas com aquela provida por Deus (Ef. 6.10,11): 1) o mundo - a palavra “mundo”, no grego, é kosmos e no Novo Testamento se refere: a) ao planeta terra (At.17:24); b) a raça humana separada de Deus (Jo.14:17); c) as coisas terrenas, como bens, riquezas e prazeres (I Jo.2:15,16); d) o sistema de valores alienado de Deus, que orienta o pensamento dos homens em oposição a Ele (II Pe.2:20). É importante entendermos que o sistema deste mundo é resultado da influência da carne e do diabo sobre os corações dos homens; 2) a carne - é a velha nature¬za que herdamos de Adão, uma natureza que se opõe a Deus e que não é capaz de fazer qualquer coisa espiritual para agradar a Deus. A natureza humana, agora contaminada, tornou-se escrava do pecado e, portanto, incapaz de agradar a Deus (Rm.8:6-8; I Co.2:14). Após a conversão passamos a conviver com duas forças antagônicas que lutam constantemente entre si: o Espírito Santo e a carne (Rm.7:14-25; Gl.5:17). Só será vitorioso neste conflito interior aquele que negar a si mesmo (Mt.16:24) e aprender a depender do Espírito Santo para mortificar a sua carne (Rm.6:3-6; Rm.8:12,13); 3) o diabo – também é conhecido por Satanás, palavra hebraica que significa “adversário”. A oposição do inimigo de Deus tem como finalidade estabelecer o seu reino em detrimento do reino de Deus. Ele dispõe de um exército de anjos caídos, mais conhecidos como demônios, para esta finalidade (Ap.12:7; Ef.6:12).

CONCLUSÃO
O exército de Israel intimidou-se com o tamanho de Golias. A presença do gigante apavorou o povo de Deus. Mas entre eles um mostrou-se ter uma fé maior que o tamanho de Golias. Davi creu na providência de Deus e na Sua aliança com Israel. Como fez Davi, também precisamos aprender a confiar no Senhor. Para vencer o mundo, a carne e o diabo, o segredo viver no Espírito de Deus. Diante de todas as adversidades da vida, não devamos dizer que o gigante é grande, mas dizer ao gigante que Deus é Grande. Essa é a lição que aprendemos com Davi na aula de hoje.

BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.

Subsídio da Lição 02 da Escola Dominical (Cpad)

DAVI ENFRENTA E VENCE O GIGANTE
Texto Áureo: I Sm. 17.45 - Leitura Bíblica em Classe: I Sm. 17.43-49

Objetivo: Mostrar que o desafio de Davi a Golias, o gigante filisteu, pode representar a luta espiritual que o crente trava com o mundo, a carne e o diabo.

INTRODUÇÃO
Numa cultura dominada pela guerra, o povo de Israel teve que lidar com seus inimigos. Enfrentá-los nem sempre foi tarefa fácil, principalmente quando preferiu confiar em seus próprios meios ao invés de depender de Deus. Na aula de hoje veremos que um gigante filisteu – Golias – afrontou o povo de Deus. Veremos que quando Israel estava acuado pelo inimigo, apareceu o jovem Davi para enfrentar e vencer o gigante. Ao final da lição destacaremos o papel da confiança e fé de Davi enquanto exemplo para todos os crentes no enfrentamento dos inimigos espirituais.

1. A AFRONTA DO GIGANTE
Golias era um “campeão” nas batalhas contra os inimigos dos filisteus. Por esse motivo, como era costume da época, era escolhido para representar seu povo em combates. Destacava-se pela grande estatura, aproximadamente 2,70 m, talvez apenas Saul se aproximasse dele em altura (I Sm. 10.23). Mesmo assim esse não se atreveu a responder a afronta daquele gigante, confiante em sua força e no seu equipamento (I Sm. 17.8-11). As tropas de Israel ficaram amedrontadas quando se aproximaram de Golias (I Sm. 17.24). O jovem Davi, ao contrário dos seus compatriotas, ficou indignado ao ver a ousadia do gigante, afrontando o exército de Israel. Ele se refere àquele que é considerado um herói para o inimigo como um “incircunciso filisteu” – associa-o aos adoradores de deuses falsos, feitos pelos homens, e desconhecedor do Deus Vivo e Verdadeiro (I Sm. 17.24-27). Eliabe, o irmão de Davi, ao invés de apóiá-lo, demonstra ressentimento. O receio de seu irmão é o de perder espaço para aquele seu irmão mais jovem. Esse costuma ser um medo com o qual aqueles que se encontram em posição de poder precisam conviver (I Sm. 17.28-30). Mesmo com a insatisfação de Eliabe, Davi é levado a Saul que é informado da disposição de Davi para enfrentar o gigante. A atitude resoluta de Davi partiu da sua certeza que a afronta de Golias não era apenas contra o povo de Israel, mas contra o Deus Todo Poderoso, o Senhor dos Exércitos (I Sm. 17.31-40).

2. A VITÓRIA DE DAVI
Diante do pequeno Davi estava um Gigante, vestido com toda sua armadura (I Sm. 17.5-7). Ao ver a escolha representativa dos israelitas, Golias tomou tal opção como um insulto. Mas o filisteu não teve tempo sequer para tocar em Davi, pois fora abatido por uma pedra certeira, atirada da funda do jovem pastor (I Sm.17.49,50) Se assemelharmos essa batalha com uma luta de boxe, diríamos que ela não passou do primeiro assalto. Com o gigante prostrado por terra, Davi, seguindo os princípios de guerra, deveria concluir o trabalho, decapitando-o (I Sm. 17.50-24). As armas de Golias foram postas na tenda de Davi, como um troféu de guerra. Após a vitória, Davi recebeu de Saul o cumprimento da promessa, a filha como esposa. Davi passa a fazer parte da família real, fazendo uma aliança mais aproximada com Jonâtas, o príncipe herdeiro. Jônatas, desde cedo, reconheceu em Davi um homem vocacionado por Deus. Por isso, não mediu esforços para ajudá-lo, mesmo indo de encontro aos interesses egoístas de seu pai. Algumas lições podem ser extraídas desse episódio: 1) enfrentar gigantes é uma experiência intimidadora – lemos com entusiasmo o relato bíblico sobre a vitória de Davi, mas, no dia-a-dia, lutar contra os gigantes não é uma tarefa fácil; 2) pelejar é uma experiência solitária – ninguém mais pode assumir o posto para o qual fomos chamados, cada um de nós precisa enfrentar os “golias” que se apresentam contra nós; 3) confiar em Deus é uma necessidade – a menos que depositemos nossa fé em Deus, não conseguiremos ir muito longe, ficaremos aterrorizados pelo tamanho dos “gigantes”; e 4) vencer traz conseqüências memoráveis – as vitórias do passado devem nos impulsionar para olhar com maior bravura para o futuro.

3. A LUTA ESPIRITUAL DO CRENTE
O crente também tem seus gigantes com os quais precisa lutar e vencer. Na verdade, cada um de nós, existencialmente, enfrenta seus próprios gigantes. De modo geral, podemos destacar três gigantes: o mundo, a carne e o diabo (Ef. 2.1-3). Para tanto, é preciso estar preparado, munido não com a armadura de Saul, mas com aquela provida por Deus (Ef. 6.10,11): 1) o mundo - a palavra “mundo”, no grego, é kosmos e no Novo Testamento se refere: a) ao planeta terra (At.17:24); b) a raça humana separada de Deus (Jo.14:17); c) as coisas terrenas, como bens, riquezas e prazeres (I Jo.2:15,16); d) o sistema de valores alienado de Deus, que orienta o pensamento dos homens em oposição a Ele (II Pe.2:20). É importante entendermos que o sistema deste mundo é resultado da influência da carne e do diabo sobre os corações dos homens; 2) a carne - é a velha nature¬za que herdamos de Adão, uma natureza que se opõe a Deus e que não é capaz de fazer qualquer coisa espiritual para agradar a Deus. A natureza humana, agora contaminada, tornou-se escrava do pecado e, portanto, incapaz de agradar a Deus (Rm.8:6-8; I Co.2:14). Após a conversão passamos a conviver com duas forças antagônicas que lutam constantemente entre si: o Espírito Santo e a carne (Rm.7:14-25; Gl.5:17). Só será vitorioso neste conflito interior aquele que negar a si mesmo (Mt.16:24) e aprender a depender do Espírito Santo para mortificar a sua carne (Rm.6:3-6; Rm.8:12,13); 3) o diabo – também é conhecido por Satanás, palavra hebraica que significa “adversário”. A oposição do inimigo de Deus tem como finalidade estabelecer o seu reino em detrimento do reino de Deus. Ele dispõe de um exército de anjos caídos, mais conhecidos como demônios, para esta finalidade (Ap.12:7; Ef.6:12).

CONCLUSÃO
O exército de Israel intimidou-se com o tamanho de Golias. A presença do gigante apavorou o povo de Deus. Mas entre eles um mostrou-se ter uma fé maior que o tamanho de Golias. Davi creu na providência de Deus e na Sua aliança com Israel. Como fez Davi, também precisamos aprender a confiar no Senhor. Para vencer o mundo, a carne e o diabo, o segredo viver no Espírito de Deus. Diante de todas as adversidades da vida, não devamos dizer que o gigante é grande, mas dizer ao gigante que Deus é Grande. Essa é a lição que aprendemos com Davi na aula de hoje.

BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.
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