quinta-feira, 12 de maio de 2011

Subídio de lição 07 da EBD (Pentecostalismo)

OS DONS DE PODER
Texto Áureo: At. 8.6 – Leitura Bíblica: At. 8.5-8; I Co. 12.4-10.



INTRODUÇÃO
Na aula de hoje, estudaremos a respeito dos dons de poder, são eles: fé, curas e maravilhas. Esses dons são fundamentais à ação evangelizadora da igreja, pois, através deles, é possível testemunhar com manifestações milagrosas sobre a morte e ressurreição de Jesus. A princípio, discorreremos sobre o dom da fé, em seguida, os de curar, e por último, o de operação de maravilhas.

1. DOM DA FÉ
O termo “pistis”, em grego, que geralmente é traduzido por fé, tem inúmeros significados, por esse motivo, faz-se necessário ter cautela na interpretação dessa palavra, e principalmente, o contexto no qual se encontra. Isso porque a fé, nas Escrituras, pode ser salvífica, enquanto condição para a salvação (Ef. 2.8,9), aspecto do fruto do Espírito, que tem a ver com fidelidade e confiança (Gl. 5.22) e enquanto dom do Espírito Santo (I Co. 12.9). A fé salvífica é manifestada no ato da conversão, quando o pecador reconhece que não há outro modo de ser salvo senão mediante Cristo. A fé fruto do Espírito é a fidelidade do cristão que, mesmo em meio às perseguições e adversidades, não desiste da caminhada, agradando a Deus em sua confiança irrestrita nEle, e que tem os heróis da fé como modelo (Hb. 11). Essa fidelidade a Deus não decorre do dom, mas da disposição para crer, depois de ouvir continuamente a Palavra de Deus (Rm. 10.17). A fé enquanto dom trata-se de uma manifestação sobrenatural, pelo Espírito Santo, que capacita o crente para a realização de milagres (I Co. 13.2). Esse dom está interligado à cura e à operação de milagres, pois, a partir da fé dada instantaneamente pelo Espírito, diante de determinadas circunstâncias, o cristão pode fazer proezas em Deus, assim como fizeram os apóstolos, em diversas ocasiões registradas em Atos, em cumprimento às palavras de Jesus (Mc. 16.15-18).

2. DONS DE CURAR
No grego, a expressão “dons de curar” se encontra no plural, “iamaton”, ressaltando, assim, a pluralidade dentro desse dom diante das diversas doenças e enfermidades. Isso quer dizer que existem crentes a quem são dados dons específicos para que sejam instrumentalizadas por Deus para curar determinadas doenças e enfermidades. Mas nem todos os membros da igreja recebem os dons de curar (I Co. 12.11,30), mesmo assim, como somente o Espírito Santo sabe a quem o dom foi concedido, compete aos crentes, indistintamente, orarem pelos enfermos, cientes que a cura é proveniente de Deus, que decide, soberanamente, se quer ou não realizá-la. Esse é um dom do Espírito Santo, não do crente, que cumpre a determinação de Jesus, que dotou os discípulos com a mesma autoridade “para curar toda sorte de doenças e enfermidades”. Os que crerem no Seu nome, disse Jesus aos discípulos, “imporão as mãos sobre os enfermos e eles serão curados (Mc. 16.18). Os dons para curar os diversos tipos de doenças e enfermidades é uma capacitação divina sobrenatural para que a igreja atue na restauração física e mental das pessoais (At. 3.6-8; 4.30). A operação dos dons de cura aponta para o futuro, a dimensão escatológica, cuja plenitude se dará na glorificação do corpo, quando, uma vez transformado, não mais passará por corrupção (I Co. 15.53,54). Os dons de curar, por sua vez, devam apontar para a dimensão integral do ser humano, não deva ser um fim em si mesmo, não pode substituir a pregação plena do evangelho de Cristo, que visa a cura da alma, do corpo e do espírito (Is. 53.4,5).

3. DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS
Filipe, conforme escreveu Lucas em At. 8.6, pelo dom da fé, exerceu um ministério poderoso em Samaria. Nesse versículo está registrado que “as multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele operava”. Os sinais, semeion em grego, acompanhavam a pregação, pois as pessoas ouviam a mensagem. O dom de operação de maravilhas, “energemata dynameon” em grego, possibilita a realização de atos sobrenaturais no poder do Espírito Santo. Os milagres advindos da manifestação desse dom vão além das leis físicas conhecidas naturalmente pelos seres humanos. Basta citar, como exemplo, a atuação de Jesus sobre a natureza, que chamou a atenção dos discípulos, após acalmar a tempestade: “E eles, possuídos de grande temor, diziam uns aos outros: Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?” (Mc. 4.41). A mente finita do ser humano, pautada nas leis que reconhece como naturais, é incapaz de compreender a sobrenaturalidade dos eventos divinos (I Co. 2.14). O Espírito Santo agiu, “pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas e os espíritos malignos se retiravam” (At. 19.11,12). A manifestação das maravilhas tem consonância com a pregação, “Aquele, pois, que vos concede o Espírito e que opera milagres entre vós, porventura o faz pelas obras da lei, ou pela pregação da fé?” (Gl. 3.5; Ef. 2.9). Sob nenhuma hipótese, as maravilhas podem substituir a mensagem de salvação do evangelho de Cristo, e esse crucificado (Mc. 16.15; I Co. 2.2).

CONCLUSÃO
A igreja de Jesus Cristo é poderosa, não pela influência política e/ou econômica que tem, mas pela atuação do Espírito Santo. Quando os discípulos quiseram saber quando Jesus estabeleceria Seu reino sobre Israel, o Senhor imediatamente respondeu: “Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder” (At. 1.7). Em seguida, determinou um “mas” sobre a Sua igreja, a fim de que essa buscasse o dynamis (poder) do Espírito, a fim de testemunhar com ousadia a Seu respeito. Valorizemos, pois, também neste Centenário, os dons de poder: fé, curas e maravilhas, para que, com autoridade, continuemos prevalecendo contra os portais do inferno (Mt. 16.18).

BIBLIOGRAFIA
HORTON, S. M. A doutrina do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
SOUZA, E. A. de. Nos domínios do Espírito. Rio de Janeiro: CPAD, 1987

Autor: Pb. José Roberto A. Barbosa
Fonte: http://www.subsidioebd.blogspot.com/

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Subsídio da Lição 06 da EBD (Pentecostalismo)

DONS QUE MANIFESTAM A SABEDORIA DE DEUS
Texto Áureo: I Co. 14.12 – Leitura Bíblica: At.16.16-24.

INTRODUÇÃO
Em I Co. 12.8-10, Paulo apresenta os dons espirituais que devam ser manifestados com vistas à edificação do Corpo de Cristo (I Co. 12.7). Esses dons são classificados como: dons que manifestam a sabedoria de Deus (I Co. 12.8-10); dons que manifestam o poder de Deus (I Co. 12.9,10); e dons que manifestam a mensagem de Deus (I Co. 12.10). Na aula de hoje trataremos a respeito dos dons que manifestam a sabedoria de Deus: palavra da sabedoria, palavra da ciência e discernimento de espíritos.

1. DOM DE PALAVRA DE SABEDORIA
A sabedoria deva ser um interesse para o cristão, por isso, “se algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e nada lhes improspera; e ser-lhe-á concedida” (Tg. 1.5). Não podemos, no entanto, esquecer que “o princípio da sabedoria é: adquire a sabedoria, sim, com tudo o que possues adquire o entendimento”. Existem diferentes tipos de sabedoria, nem todas procedem de Deus, pois “se, pelo contrário, tendes em vosso coração inveja amargurada e sentimento faccioso, nem vos glorieis disso, nem mintais contra a verdade. Esta não é a sabedoria, que desce lá do alto; antes é terrena, animal e diabólica. Pois onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins”. O dom da palavra da sabedoria procede do Espírito Santo de Deus, buscando a edificação da igreja, por isso ela é manifestada diante de uma situação na qual os membros da igreja precisam responder. Diante das decisões da igreja, por meio da palavra da sabedoria, é possível expressar soluções, tal como a de At. 6.3, a respeito da escolha dos diáconos. A sabedoria espiritual é um dom que precisa ser buscado pela igreja, a fim de que possamos nos tornais mais sábios nas tomadas de decisões. Na medida em que dependermos mais da sabedoria que vem alto, dada pelo Espírito Santo, seremos menos suscetíveis à sabedoria humana e satânica. A igreja de Jesus precisa voltar a valorizar a sabedoria do alto, que, inicialmente, procede da Palavra de Deus, mas que, enquanto dom espiritual, é resultante de uma dotação instantânea do Espírito Santo, a fim de encontrar saída para os problemas da igreja.

2. DOM DE PALAVRA DA CIÊNCIA
A palavra da ciência é a revelação sobrenatural de um conhecimento que não pode ser alcançado pela via natural. O conhecimento humano é resultado tanto da razão quanto da experiência, mas o conhecimento que vem de Deus transcende a lógica e as sensações. Isso porque “em parte conhecemos, e em parte profetizamos”, mas o conhecimento que provém de Deus pode ir além, um exemplo disso se encontra em II Rs. 6.12, em que o profeta Eliseu fazia saber ao rei de Israel as palavras que o rei da Síria falava na câmara de dormir. O conhecimento da revelação de Deus está baseado na Bíblia, a Palavra de Deus. Por isso, o dom espiritual da palavra da ciência não descarta o estudo bíblico, pois é por meio dela que crescemos espiritualmente, por se tratar de uma palavra inspirada pelo Espírito (II Tm. 3.16,17). O dom espiritual da palavra do conhecimento trata-se de uma mensagem verbal, inspirada pelo Espírito Santo, para a edificação, consolação e exortação da igreja, revelando sobrenaturalmente, e instantaneamente, diante de uma situação específica, um conhecimento que não poderia ser acessado pelas vias da razão ou experiência, por isso, esse dom está associado à profecia (At. 5.1-10; I Co. 14.24,25).

3. DOM DE DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS
O dom de discernimento de espírito constitui-se de extrema relevância para a igreja. O propósito central desse dom é desvelar manifestações espirituais a fim de avaliá-las se procedem de Deus. O conhecimento da Palavra de Deus nos serve bastante para esse fim, enquanto arma espiritual (Ef. 6.11,12). Recomenda-se, portanto, o exame de toda e qualquer manifestação à luz da revelação da Bíblia. O dom de discernimento de espíritos na igreja manifesta-se dentro de uma determinada situação, com vistas à elucidação de práticas distanciadas da verdade e que não podem ser facilmente identificadas por meios humanos. Esses dons que manifestam a sabedoria de Deus estão interligados, pois Pedro, depois de receber o discernimento espiritual, conhecendo que Ananias e Safara mentiam, declarou sobre ele uma palavra de julgamento (At. 5.1-5). Pela palavra escrita e pelo dom espiritual, a igreja deva estar atenta aos falsos espíritos, por isso, conforme recomenda o apóstolo João “amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus... todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do Anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem, e, presentemente já está no mundo” (I Jo. 4.1-3). Esse dom é importante dentro da igreja, em virtude da distorção do cristianismo bíblico crescente nos últimos dias (I Tm. 4.1).

CONCLUSÃO
A igreja Assembléia de Deus, no ano do seu Centenário, precisa continuar dando ênfase à manifestação dos dons espirituais. Muitas igrejas pelo Brasil já deixaram de instruir os crentes a buscá-los. O pragmatismo moderno já solapou a crença no sobrenatural em muitos arraiais ditos pentecostais. Despertemos, pois, neste célebre momento, para a busca dos dons que manifestam a sabedoria de Deus: palavra da sabedoria, palavra do conhecimento e discernimento de espíritos.

BIBLIOGRAFIA
HORTON, S. M. A doutrina do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
SOUZA, E. A. de. Nos domínios do Espírito. Rio de Janeiro: CPAD, 1987

Autor:Pb. José Roberto A. Barbosa
Fonte: http://www.subsidioebd.blogspot.com/
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