quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Subsídio da Lição 13 da Escola Dominical (Cpad)

A MISSÃO PROFÉTICA DA IGREJA
Texto Áureo: I Tm. 3.15 - Leitura Bíblica em Classe: At. 8.4-8,12-17


Objetivo: Refletir sobre a missão profética da igreja, levando a mensagem de Cristo até aos confins da terra.

INTRODUÇÃO
A igreja do Deus vivo é coluna e firmeza da verdade. Isso quer dizer que o Senhor entregou a ela, e não a qualquer outra instituição, a responsabilidade de proclamar Seu evangelho. Na lição de hoje, estudaremos a respeito do papel profético da igreja no mundo. Em seguida, veremos que precisa cumprir sua missão, para tanto, até mesmo perseguições serão permitidas pelo Senhor. Ao final, destacaremos que a igreja não pode ficar apenas em suas cercanias, mas ir até aos confins da terra, pregando a mensagem da morte e ressurreição de Cristo.

1. A PERSEGUIÇÃO DA IGREJA
A igreja moderna, distanciada dos padrões bíblicos, busca conforto. Mas o Senhor não prometeu tranqüilidade para a sua igreja. Muito pelo contrário, Ele disse que no mundo passaríamos por aflições (Jo. 16.33). Paulo também ressaltou que todos aqueles que seguem piedosamente a Cristo padecerão perseguições (II Tm. 3.11,12). Nos primórdios da sua história, a igreja também quis se acomodar. Mas Deus permitiu que uma grande perseguição sacudisse esse comodismo (At. 8.1). Por causa da perseguição, os primeiros cristãos tiveram que se dispersar por toda parte, por outras regiões fora das fronteiras israelitas (At. 8.4). Nesse contexto, Filipe desceu à Samaria e ali pregou a Cristo crucificado (At. 8.3). Deus estava confirmando a mensagem pregada por aquele evangelista através de milagres (At. 8.6,7). E esses decorriam da proclamação do evangelho, não era o objetivo central, o que costuma acontecer com algumas igrejas nos dias de hoje, que não anunciam a Cristo, apenas milagres, bênçãos e prosperidade financeira. Tais igrejas estão firmadas na comodidade, em seus recursos e filosofias humanas, não na cruz de Cristo.

2. QUANDO A IGREJA PERDE A MISSÃO
Nos dias que antecedem as eleições, alguns líderes tentam convencer a igreja a fim de que seus membros não votem em candidatos não-evangélicos, que estejam comprometidos com uma agenda imoral. Por outro lado, apóiam atos escusos de políticos de ficha suja, alguns deles ditos evangélicos, cujas agendas estão longe dos princípios cristãos. Tais políticos combatem as leis que vão de encontro à família, o que é salutar; mas não se posicionam com tanta veemência quando se trata da corrupção e de defender a justiça social. Para eles, o envolvimento em práticas corruptas faz parte do modus operandi político. Determinados líderes eclesiásticos são coniventes com tais atitudes, pois incitam a corrupção ao apoiarem pessoas que não têm compromisso com a vida pública. Alguns deles argumentam que é para favorecer o “reino”, mas, na verdade, querem mesmo é participação pessoal. Esse é o perfil de uma igreja que perdeu a missão: a busca pelo poder terreno substituiu o poder do Espírito Santo; a vanglória humana substituiu a presença de Deus; a vaidade dos líderes substituiu a unção do Espírito. Tais igrejas, quando perseguidas, não são bem-aventuradas (Mt. 5.10-12), pois não é por causa de Cristo. A igreja genuinamente cristã não tem medo de perseguições. Além do mais, é melhor ser a igreja perseguida de Filadélfia (Ap. 3.7-13) do que a igreja acomodada de Laodicéia (Ap. 3.14-22).

3. A MENSAGEM PROFÉTICA DA IGREJA
A igreja cristã tem uma missão a cumprir: proclamar o evangelho. Para tanto, deve alicerçar-se no que o Mestre determinou na Grande Comissão. Em Mt. 19,20 o Senhor disse que a igreja deveria fazer discípulos em todas as nações, ensinando-os a guardar todas as coisas que Ele havia ordenado. Em Mc. 16.15, Ele determinou o alcance da missão, que essa deveria ir além fronteiras, em todas as etnias. Em Lc. 24.46, Ele instruiu a igreja quanto ao conteúdo da mensagem a ser pregada, sua morte e ressurreição a fim de que as pessoas se arrependessem dos seus pecados. Em Jo. 20.21, Ele apresenta-se como o modelo de missionário, não o que envia a si mesmo, mas o que é enviado pelo Pai. Em At. 1.8, Ele destaca a fonte de poder para a missão da igreja, a virtude do Espírito Santo que haveria de vir sobre os discípulos, a fim de que esses proclamassem a mensagem com ousadia. Esse é modelo bíblico de fazer missões: 1) não apenas lotar templos, mas ensinar os convertidos a negarem a si mesmos, e seguirem continuamente a Cristo; 2) não ficar dentro das quatro paredes, mas a todos os lugares, independentemente da condição social; 3) não levar apenas um evangelho de transformação social, ou uma mensagem de auto-ajuda, mas explicitar a realidade do pecado e a necessidade do arrependimento; 3) não seguir a homens, que se fazem apóstolos ou ministros, mas aqueles que andam em humildade, os que foram verdadeiramente enviados pelo Pai; e 5) não depender de poderes humanos, sejam políticos e/ou acadêmicos, mas do Espírito Santo, que concede virtude para que a igreja possa abalar os poderes desse mundo tenebroso.

CONCLUSÃO
A igreja só é igreja se cumprir sua missão: pregar o evangelho de Jesus Cristo. Caso contrário, não passará de mais um entre os muitos clubes sociais. Deus não nos chamou para o comodismo, mas para sair da zona de conforto e ir além, anunciado a Palavra de Deus. Para que essa missão se cumpra, o Senhor poderá permitir que a perseguição venha. Mas não devemos temê-la, pois Ele prometeu não nos deixar sozinhos, antes estar conosco, até a consumação dos séculos (Mt. 28.20).

BIBLIOGRAFIA
CAVALCANTI, R. Cristianismo e política. Viçosa: Ultimato, 2002.
HOOVER, T. R. Missões: o ide levado a sério. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

Autor: Pb. José Roberto A. Barbosa
Fonte:
http://www.subsidioebd.blogspot.com/

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Subsídio da Lição 11

O DOM MINISTERIAL DE PROFECIA E O DOM DE PROFECIA
Texto Áureo: I Co. 12.28 - Leitura Bíblica em Classe: I Co. 12.28

Objetivo: Destacar a relevância dos dons espirituais e ministeriais para a igreja de Cristo, especialmente os proféticos.

INTRODUÇÃO
Estudamos na última lição o ministério profético no Novo Testamento. Na aula de hoje, atentaremos para os dons ministeriais e espirituais. Em destaque, para o dom ministerial de profecia e o dom espiritual de profecia. Veremos que esses dons não podem ser comparados às profecias canônicas do Antigo Testamento e às apostólicas do Novo Testamento. Por outro lado, veremos que esses dons são imprescindíveis à edificação da igreja, o Corpo de Cristo.

1. OS DONS MINISTERIAIS E ESPIRITUAIS
Os dons ministeriais estão elencados em Ef. 4.11 e, conforme a terminologia própria especifica, diz respeito aos dons espirituais aos quais os ministros são dotados. O doador deles é Cristo, que os concede para a igreja, para preparar o povo de Deus para o serviço (Ef. 4.12), para o crescimento e desenvolvimento espirituais da igreja, segundo o desígnio de Deus (Ef. 4.13-16). Os dons ministeriais são concedidos não apenas aos ministros da igreja, mas a todos os crentes (I Co. 12.7). O doador é o Espírito Santo por meio desse o cristão recebe poder para servir na igreja. Existem várias listas de dons espirituais, a de I Co. 12.8-10 é apenas uma delas, e sendo esta a mais conhecida. Nessa passagem, entendemos que as manifestações do Espírito Santo ocorrem de acordo com Sua vontade (I Co. 12.11), em direção às necessidades da igreja (I Co.31; 14.1). Mas para tanto, compete ao crente buscar tais dons, visando à edificação do Corpo de Cristo, principalmente o de profetizar, haja vista sua funcionalidade eclesiástica (I Co. 12.31; 14.1). Nenhum dom é intrinsecamente maior do que outro, pois todos têm seu papel no Corpo. Quem tem os dons espirituais necessariamente não é espiritual, a igreja de Corinto é um exemplo concreto dessa realidade. Por isso, Paulo orienta os crentes a buscarem não apenas os dons, mas também o fruto do Espírito (I Co. 13; Gl. 5.22,23).

2. O DOM MINISTERIAL DE PROFECIA
O dom ministerial de profecia, de modo quase semelhante aos profetas do Antigo Testamento, visa à entrega de mensagens da parte de Deus ao povo (At. 2.7; 4.8; 21.4). Através do ministério profético o obreiro eclesiástico admoesta o povo a seguir o caminho revelado por Deus em Sua palavra. O exercício do ministério profético objetiva a proclamação e interpretação da Palavra de Deus, a fim de exortar, consolar e edificar o Corpo (At. 2.14-36; 3.12-26) e, em alguns casos, é possível que se revele o futuro (At. 11.28; 21.10,11). Por meio do ministério profético, a pessoa vocacionada por Deus desmascara o pecado, a injustiça e o mundanismo, e, por causa disso, como acontecia com os profetas do Antigo Testamento, poderá ser rejeitado, inclusive dentro das igrejas que acatam os padrões seculares (Lc. 1.14-17). Dentre as características dos servos de Deus que exercem o ministério profético, destacamos: zelo pela igreja (Jo. 17.15-17; I Co. 9.11; Gl. 5.22-25), sensibilidade espiritual (Rm. 12.9; Hb. 1.9), posição firme contra os falsos ensinamentos (Gl. 1.9; II Co. 11.12-15) e fundamentação na Palavra de Deus (Lc. 4.17-19; II Tm. 3.16; I Pe. 4.11). O ministério profético não está isento de erros, por isso, a igreja também deva estar atenta aos falsos mestres, que conduzem muitos ao engano (I Jo. 4.1).

3. O DOM ESPIRITUAL DE PROFECIA
O dom espiritual de profecia é concedido a alguns crentes a fim de que esses sirvam ao Senhor no Corpo de Cristo. Trata-se de uma capacitação sobrenatural dada pelo Espírito a fim de que o crente possa transmitir uma palavra de Deus (I Co. 14.24-31). O dom profético não se propõe necessariamente a predizer o futuro, antes a revelar a vontade de Deus, exortando, edificando e consolando (I Co. 14.3). Para que a manifestação seja considerada um dom genuinamente profético, é preciso que esse esteja em conformidade com a Palavra de Deus, e também, instruir os crentes a buscar a santificação (I Co. 12.3). A manifestação desse dom acontece sob a direção divina, e não humana. Existem casos de pessoas que buscam manipular o dom espiritual de profecia, algumas delas, a fim de demonstrarem uma espiritualidade forjada. Os obreiros devem incentivar os crentes a buscarem os dons espirituais, principalmente o de profetizar, pois, por meio deste, toda a igreja é edificada (I Co. 14.1). Ao mesmo tempo, deva ficar atenta em relação às falsas manifestações desse dom. Primeiramente, não se deve colocar esse dom em posição de igualdade às profecias do Antigo Testamento. O dom profético carece de julgamento, pois, diferentemente daquelas, não é infalível (I Co. 14.29-33). Além disso, a manifestação desse dom, como a dos demais, deva ocorrer com decência e ordem (I Co. 14.40). O culto a Deus não deva ser tumultuado por causa do dom de profecia. O profeta, inclusive, pode determinar o momento em que a mensagem será entregue à igreja (I Co. 14.32).

CONCLUSÃO
O dom ministerial e espiritual de profecia são imprescindíveis à saúde da Igreja, o Corpo de Cristo. Nesses dias difíceis, a igreja precisa de líderes com o dom ministerial de profecias a fim de denunciar os enganos do mundo e a frieza espiritual da igreja com base na Palavra de Deus. No seio da igreja, também carecemos da manifestação do dom espiritual de profecia a fim de que sejamos edificados, exortados e consolados pela mensagem que provém do Senhor. Busquemos, pois, o dom ministerial e o espiritual de profecia, mas sem esquecer que existe um caminho sobremodo excelente, o do amor cristão (I Co. 12.31).

BIBLIOGRAFIA
ARRIGTON, F. L., STRONSTAD, R. (org.) Comentário bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
HORTON, S. M. O que a Bíblia diz sobre o Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
Autor: Pb. José Roberto A. Barbosa
Fonte:www.subsidioebd.blogspot

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