terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Segundo subsídio da Lição 13 da Escola Dominical (Cpad)

TEXTO ÁUREO - “Achei a Davi, meu servo; com o meu santo óleo o ungi” (SI 89.20).

VERDADE PRÁTICA - A humildade de espírito predispõe o homem para o serviço de Deus, tanto na igreja como na sociedade.

LEITURA BÍBLICA - 1 Samuel 13.13,14; - Salmos 51. 1,4,10,12, 13.

INTRODUÇÃO

Israel estava vivendo uma crise na liderança política e na vida espiritual. Os filhos de Samuel, que deveriam julgar a nação com eqüidade, não trilharam os retos caminhos do pai (1 Sm 8.1-5). Desorientado, o povo decidiu buscar um rei que os governasse (1 Sm 8.5-9; -10.17-25). Elegeram a Saul. Apesar de cumprir os principais requisitos humanos, Saul foi rejeitado por Deus, em razão de sua infidelidade (1 Sm 13.14). É exatamente nesse contexto que surge Davi, um homem segundo o coração de Deus (1 Sm 13.14; 16.11-1 3).

I - QUEM ERA DAVI?

Davi era um jovem comum à sua época:

1. Descrição física: Não possuía uma aparência exuberante (I Sm 16.12).

2. Sua Ocupação: Pastorear as ovelhas de seu pai. (I Sm 16.11).

3. Sua Origem: Vivia num povoado pequeno, em Belém (I Sm 16.1).

4. Suas Habilidades: Davi foi um excelente músico (I Sm 16.18).

II - QUAIS OS ASPECTOS DO CARÁTER DE DAVI?

Davi é um dos principais personagens da Bíblia. Sua história é registrada em mais de sessenta capítulos da Bíblia; cerca de 60 referências são feitas a ele no Novo Testamento, além de figurar na genealogia do Senhor Jesus; até hoje é lembrado como o maior rei de Israel e, por duas vezes na Bíblia é chamado de “homem segundo o coração de Deus” (I Sm 13.14; At 13.22). Por que tanta honra a um homem que, apesar de notável, teve sua vida pontuada por graves pecados?

1. Davi era um homem cujo coração era inclinado ao Senhor: Davi era um homem espiritual, cuja vida estava em harmonia com os anseios de Deus (I Sm 17.36).

2. Davi era um homem humilde: Além de conhecer suas limitações (Sl 131; 40.12,17), Davi aprendeu a atribuir as suas vitórias a Deus (I Sm 17.37; Sl 34.4-7; 40.5-10; 124).

3. Davi era um homem sincero: Apesar de ser chamado pelo próprio Deus “O homem segundo o meu coração” (I Sm 13.14), Davi não era um homem infalível. Cometeu dois graves pecados: adultério e cumplicidade na morte de Urias (II Sm 11.1-22). Mas, quando repreendido pelo Senhor, através do profeta Natã, Davi confessa e arrepende-se de seus pecados (II Sm 12.13; = Sl 51).

III - Os aspectos do caráter de Davi podem ser visto em sua vida, mesmo depois que foi ungido rei de Israel:

3.1. Não deixou de lado sua vida de adoração, manteve sua devoção diária ao Senhor, seu “culto doméstico” nos campos de Belém, sendo assim citado por um servo de Saul como o músico que poderia acalmar o espírito perturbado do rei (I Sm 16.14-18).

3.2. Continuou com suas tarefas de pastor, mesmo sendo o ungido do Senhor (I Sm 16.19). Que belo exemplo a ser seguido por nós, o exemplo de um pastor que se portava como um rei, porque um dia seria rei com virtudes de um pastor.

3.3. Mesmo sendo promovido a músico do rei, continuava submisso ao seu pai, e de seu rebanho cuidava com fidelidade (I Sm 17.15).

3.4. Ele respeitava Saul, a quem substituiría, porque tinha consciência da vontade soberana de Deus em sua vida, e do controle que Ele exerce sobre todas as coisas (I Sm 17.58; 18.5; 19.1-7).

IV - DAVI, EXEMPLO DE UM ADORADOR

Ao estudarmos a biografia deste servo de Deus, observamos que Davi não foi apenas um pastor que se tornou em um guerreiro, e, posteriormente, no rei de Israel. Ele foi também um grande músico: compôs mais de 70 salmos, tocava muito bem a sua harpa e demonstrou habilidade na organização do cântico ao assumir o reino de Israel. Vejamos porque ele é um exemplo de adorador:

4.1. Davi foi conhecido como músico: Quando Saul estava sendo atormentado por um espírito mau, ele disse: “Buscai-me, pois, um homem que toque bem, e trazei-mo”. Um dos seus servos lhe respondeu: “… tenho visto um filho de Jessé, que sabe tocar …(I Sm 16.17,18). Esta expressão revela que o servo do rei conhecia a Davi, não apenas como um pastor de ovelhas, mas também como músico.

4.2. Davi foi obediente quando convidado para tocar a sua harpa diante do rei: Como ele já havia sido ungido rei de Israel, poderia negar-se a ser músico do rei. No entanto, ele não era apenas um músico, ele era um músico obediente: veio, trouxe presentes a Saul (I Sm 16.20) e tocou a sua harpa diante dele (I Sm 16.23).

4.3. Quando Davi dedilhava a sua harpa, o espírito mau se retirava de Saul: Qual será a razão pela qual aquele espírito mau se retirava? Com certeza, as músicas que Davi tocava, e com certeza, cantava, não eram músicas mundanas e superficiais, atendendo aos caprichos e gostos humanos. Eram músicas sacras e inspiradas por Deus. Muitas estão a nosso dispor, no livro dos Salmos.

V - DAVI, UM HOMEM QUE APRENDEU A LIDAR COM OS SENTIMENTOS HUMANOS

Como qualquer homem, Davi enfrentou momentos de crises, tais como: ódio, desejo de vingança etc. Os capítulos 24, 25 e 26 de I Samuel nos revelam fatos dignos de serem mencionados, quando estudamos sobre a vida de Davi. Eles nos oferecem lições importantes para aqueles que desejam melhorar em seu relacionamento com Deus e, conseqüentemente, com seu próximo.

5.1. Lidando com a vingança (I Sm 24.1-22): Davi teve a chance de matar Saul. Ele estava com seus homens nas cavernas de En-Gedi (fonte dos cabritos), quando Saul, vindo cansado de uma batalha, entrou na caverna onde Davi estava escondido com seus homens. Seria a oportunidade de por fim àquela perseguição? Foi o que seus guerreiros lhe disseram (v.4), mas não foi o que fez Davi. Ele deu a Saul provas de sua fidelidade, cortando apenas a orla de seu manto, mas preservando sua vida (vv.4-11). Davi tinha confiança em Deus, e não se deixou vencer pela tentação da vingança (Rm 12.18-21), além de ensinar essa lição para seus liderados (v.7).

5.2. Lidando com a ira (I Sm 25.2-13): A indiferença e a grosseria de Nabal fez com que Davi perdesse, por um período de tempo, a paciência que tanto lhe era peculiar. Isto nos ensina a termos cuidado com os sentimentos negativos que surgem em nossos corações, para não os alimentarmos. O mesmo Davi que se porta pacientemente com Saul, que sabe esperar no Senhor, que se recusa a ferir o ungido do Senhor, agora explode em raiva, perde o controle. Devemos ter cuidado (Pv 29.11).

5.3. Lidando com a misericórdia (I Sm 25.18-35): Davi foi abordado por Abigail, que com sabedoria o convenceu a não levar adiante seu plano de vingança. Davi por sua vez, foi humilde ao aceitar conselhos de uma mulher que jamais havia visto, uma desconhecida até então. Mas, o coração de um homem segundo o coração de Deus é inclinado ao perdão, à tolerância, e não sente dificuldade em voltar atrás em decisões que não agradam a Deus.

5.4. Lidando com a longanimidade (I Sm 26.1-25): Era a segunda vez que Davi tinha a oportunidade de matar Saul, mas, outra vez, poupou a sua vida. Davi nos ensina que não é difícil ser vingativo, maldoso e carnal.

O grande desafio é ser longânimo, é perdoar, é produzir o Fruto do Espírito, pois as obras da carne surgem sem que precisemos plantá-las (Mc 7.21).

VI - DAVI, UM SERVO FIEL E RESPONSÁVEL

6.1. No pastoreio das ovelhas.

Davi era muito jovem quando recebera de Jessé, seu pai, a incumbência de cuidar das ovelhas da família. Apesar de importante, esse trabalho aparentemente simples, era negligenciado por seus irmãos (1 Sm 16.11; 17.28). Mas, por incrível que pareça, foi justamente esse serviço que deu a Davi a capacidade de tornar-se um grande líder, e mais tarde, o rei de Israel.

Davi era capaz de arriscar a própria vida por uma ovelha (1 Sm 17.34, 35). Sua dedicação e responsabilidade eram suficientes para que Deus o tornasse pastor das ovelhas da casa de Israel (SI 78.70-72).

A despeito de ter sido ungido rei, o homem que era segundo o coração de Deus, continuou fiel na tarefa de apascentar as ovelhas de seu pai (1 Sm 16. 17-19). Essas características não são vistas em todas as pessoas que servem a Cristo.

6.2. Na corte do rei.

Mesmo sabendo que Deus o escolhera para sucessor do trono de Saul, Davi nunca se negou a dedilhar sua harpa perante o rei. Tocava-a com tanto desvelo e dedicação, que recebera do perturbado monarca, amor, amizade benevolência (1 Sm 16.21-23). Sem nunca reivindicar a posse do que era seu, o futuro líder de Israel fazia tudo que lhe vinha às mãos, apenas confiando no Senhor (Ec 9.10).

VII - ASPECTOS DO CARATER DE DAVI

No tempo determinado, o Senhor ordenou a Samuel que fosse à casa de Jessé, o belemita, ungir um novo rei (1 Sm 16.1). Aparentemente, o critério seria o mesmo utilizado na escolha de Saul: o candidato teria de ser o mais belo, mais alto e mais elegante jovem da região. Tendo isso em mente, Samuel estava certo de que o escolhido do Senhor era Eliabe, o filho mais velho de Jessé (1 Sm 16.6,7).

Por sua vez, o próprio Jessé, não tinha dúvida de que Abinadabe seria o eleito, ou quem sabe Samá… Ambos estavam enganados (1 Sm 16.8,9). “Porque o Senhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (v.7). O Altíssimo não se preocupa com a aparência externa do homem, mas observa seu caráter impoluto, irrepreensível e santo. Por isso escolhera o pequeno Davi. É um desastre quando não se utiliza critérios bíblicos na separação de uma pessoa para o santo ministério (At 9.11-15; - E f4.1 1-12). O que tinha Davi de especial para que Deus lhe dispensasse tanta estima e consideração? As características de seu caráter revelam que ele era um homem que amava a Deus acima de todas as coisas, e nEle cria de todo o coração.

7.1. Coração de servo.

Davi nunca se queixou do laborioso e solitário pastoreio das ovelhas de seu pai. Ungido rei não hesitou em voltar ao seu trabalho habitual. Servia ao pai prazerosamente com o que sabia e mais gostava de fazer: estar com as ovelhas (1 Sm 16.19). Davi tinha um coração de servo! Deus mesmo chamou-o de servo (SI 78.70; - 89.20). É imprescindível a todo cristão avaliar o modo como serve a Cristo (Mt 7.2 1). Você o tem servido de todo o coração? Jesus é o maior exemplo de servo humilde e obediente ( Jo 4: 34; - Fp 2.5-8).

7.2. Humildade.

Davi era um homem humilde e reconhecedor de suas limitações (SI 131; 40.12,17). Apesar de ser um soldado inigualável, um comandante corajoso, um rei exemplar, sempre atribuiu todas as suas vitórias ao Senhor dos Exércitos (SI 34.4-7; 40.5-10; 124; 144.1,2). Quanto mais o homem se aproxima da bondade, santidade e grandeza do Altíssimo, mais consciente se torna de seus pecados, mazelas e misérias (Rm 7.24,25; 12.3).

7.3. Sinceridade.

Sabendo que todas as coisas estão diante do Senhor (SI 139), Davi nunca quis ser urna pessoa diferente do que real- mente era. Portava-se perante o Altíssimo com o coração sincero (SI 26.2; 38.9). Numa sociedade em que se valoriza excessivamente o exterior, Deus não leva em conta o que alguém diz sobre si mesmo, mas o que verdadeiramente é. Para o salmista, sinceridade e integridade são indispensáveis aos que desejam desfrutar de íntima comunhão com o Eterno (SI 15).

7.4. Dependência de Deus.

Davi dependia do Senhor em todos os momentos e circunstâncias da vida. Seu maior desejo era conhecer os caminhos de Deus, e para isso, punha-se sob sua direção em tudo que fazia (SI 17.5; 18.21; 25.4,5; 143.8,10). Jeová era seu mais precioso tesouro (SI 16.2,5; 142.5).

7.5. Coragem.

A coragem de Davi era incontestável: matou um leão e um urso (1 Sm 17.34,35), apresentou-se para enfrentar o gigante Golias (1 5m 17.32), lutou bravamente contra os filisteus sob risco da própria vida. Sua evidente coragem firmava-se na autêntica fé em Deus (1 Sm 17.37,45-47; 23.2-5).

7.6. Gratidão.

Davi não se cansava de exaltar ao Senhor por seus maravilhosos feitos. Seus salmos estão repletos de gratidão e louvor ao Todo-Poderoso (SI 9.1,2; 86.12; 138.1,2). Eles refletem a alegria, a satisfação e o reconhecimento por todas as bênçãos recebidas (Sl 7.1,17; - 8.1-9; - 13.5,6; - 16.7; - 18. 46,49,50; - 144.1,2; - 145.1-21).

7.7. Arrependimento.

Segundo a lei mosaica, Davi cometeu dois pecados imperdoáveis: adultério e - assassinato premeditado (2 Sm 12.9; ver Ex 20.13,14; - 21.12-15; - Lv 20.10; - Dt 22.23,24; - SI 51.14-17).

Saul também transgredira a Lei do Senhor e, em virtude disso, perdera até o trono. Mas realmente o que o torna diferente de Davi? Provavelmente sua atitude em relação ao: pecado. Ao pecar, Saul tentou justificar-se transferindo sua responsabilidade para o povo (1 Sm 13.13- 14; - 15.1-3, 9, 15-31), ao passo que Davi, arrependeu-se profundamente (2 Sm 12.1 3a; - SI 51.4).

O crente em Jesus que não reconhece seus erros e rejeita a disciplina do Senhor, poderá ter o mesmo destino de Saul (Mt 18.15-17; - 2 Ts 26-14). A Palavra de Deus é incisiva: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pv 28.1 3). Davi arrependeu-se do que fez, pediu perdão a Deus de todo o e foi perdoado (2 Sm 12.13b; - SI 32:5; - 38:18; 51.3-19). Embora remido de sua iniqüidade, Davi sofreu as conseqüências do seu pecado (2 Sm 12.10-14; - Cl 6.7,8).

VIII. DAVI E SEU CONHECIMENTO DO SENHOR

O caráter de Davi foi lapidado por meio de sua comunhão com Deus e obediência irrestrita ás Escrituras. Ele era um profeta usado pelo Espírito Santo e conhecia profundamente a Deus (At 1.16; - 2-29- 36).

A revelação divina era tão profusa na vida do salmista que, às vezes, ele se prostrava reverentemente diante da grandeza do Senhor (SI 139.6,14, 17).

Veja como Davi descreveu seu conhecimento da natureza e do caráter de Deus.

8.1. Deus poderoso. Davi sabia que Deus não é apenas o Criador do Universo, mas também o que o mantêm sob total harmonia, garantindo a vida e o bem-estar do homem (SI 8; 19.1-6; - 24.1,2).

8.2. Deus que ouve seus filhos. A confiança de Davi originava-se da convicção de que o Senhor sempre ouve o clamor de seus filhos (SI 3.4; - 4.3; - 6.9; - 17.6; - 18.6;- 21.2). Nos momentos mais difíceis de sua vida, lá estava o salmista em oração.

As Escrituras nos orientam a levarmos as nossas necessidades em oração e súplicas ao Senhor, com a certeza de que Ele responde a oração do justo (Fp 4.6; - Jo 15.7; - Hb 11.6; - Tg 5.16).

8.3. Deus que julga com justiça.

A experiência de Davi o havia ensinado que somente o Senhor é capaz de julgar com justiça (SI 7.8- 11; - 9.7,8, 16; - Hb 1.8). No mundo atual, quando a justiça é questionável e, muitas vezes, falha, podemos estar seguros de que o nosso Deus está no controle da situação e, ao fim, julgará a cada um segundo os seus atos (At 17.31; - 1 Pe 1.17).

8.4. Deus Onisciente e Onipresente.

Davi se considerava seguro por saber que em todo o tempo, lugar e circunstâncias, sua vida estava sob o olhar e o absoluto controle do Senhor (SI 139). Hoje nós, cristãos, temos a promessa de que Jesus, o Emanuel, estará sempre conosco (Mt 28.20).

CONCLUSÃO

Davi, o homem segundo o coração de Deus, conhecia ao Senhor pelo fato de andar em sua presença. Ele, assim como o patriarca Jó, conhecia o Senhor por experiência própria e não porque ouviu falar dEle (Jó 42.5). Isto fez a diferença na vida do salmista e, com certeza, fará também na vida daquele que anda com Deus nos dias atuais. Para ser um homem ou mulher segundo o coração do Altíssimo é necessário conhecê-Lo e viver intimamente com Ele, obedecendo-o em tudo (Cl 1.10; - Rm 12.1,2).

Autor: Isaias Silva de Jesus

fonte: www.ebdweb.com.br/2009/12/22/davi-um-homem-segundo-o-coracao-de-deus-ev-isaias-de-jesus

Subsídio da Lição 13 da Escola Dominical (Cpad)

DAVI – UM HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS
Texto Áureo: At. 13.22 - Leitura Bíblica em Classe: At. 13.22

Autor: Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Refletir a respeito da importância da vontade de Deus na vida do crente a fim de que esse seja bem sucedido.

INTRODUÇÃO
As lições deste trimestre privilegiaram a vida de uma das figuras exponenciais da história de Israel. Davi, o homem segundo o coração de Deus, não pode passar despercebido. Aprendemos muito com suas experiências, tanto com suas vitórias quanto suas derrotas. Nesta última aula trataremos a respeito de Davi e o cumprimento da vontade de Deus em sua geração. Veremos também que nós, na geração atual, precisamos aprender a estar no centro da vontade de Deus.

1. DAVI EM SUA GERAÇÃO
Em At. 13.36 está escrito que Davi serviu à sua geração. O verbo “servir” merece destaque nessa passagem. Jesus também veio para servir, essa foi sua missão (Mt. 20.28). A missão de todo homem é viver não para si próprio, mas para Deus. Justamente por essa razão Davi é considerado um homem segundo o coração de Deus (At. 13.22). A expressão “segundo o coração de Deus” pode ser traduzida como “segundo a vontade de Deus”. Isso quer dizer que Davi era um homem que se conformava em fazer a vontade do Senhor. Isso não quer dizer que ele fosse perfeito, na verdade, o relato bíblico nos revela que Davi estava longe da perfeição. Mas ele era um homem sincero, que sabia o intento da sua vida, estava centrado no plano que Deus havia estabelecido para ele. De modo que mesmo nas fraquezas reconheceu seus pecados e se voltou para o Senhor, sabendo que não existe lugar melhor para estar do que no centro da vontade do Soberano. Essa consciência de Davi é um exemplo para os líderes cristãos. Devemos estar cientes dos planos que Deus estabeleceu para a vida de cada de um nós. Se não atentarmos para tal, corremos o risco de fazer as nossas próprias vontades, e, o que não é improvável, a vontade dos outros. Fazer a vontade de Deus deva ser a meta de todo cristão. Mesmo que uma determinada atribuição seja considera menos significativa, ou não dê muita visibilidade, valerá a pena se esse for o lugar para o qual Deus planejou.

2. A VONTADE DE DEUS NA VIDA DE DAVI
A vontade de Deus na vida de Davi se deu antes mesmo que ele nascesse. Em um dos salmos ele cantou a confiança de que Deus o havia formado no ventre da sua mãe (Sl. 22.9,10). Essa certeza de propósito apazigua o sentimento inócuo da sociedade moderna de que não passamos de mais um na multidão. A concretização da vontade de Deus na vida de Davi foi confirmada por ocasião da sua separação para reinar em Israel (I Sm. 16.11; 17.14,28). A convicção de tal chamado divino fez com que Davi vivesse sua vida pautada na fé. Mesmo diante das situações gigantescas ele aprendeu a confiar no Senhor (I Sm. 17.48). Quando Davi procedeu pecaminosamente perante o Senhor ele soube prostrar-se e voltar-se para Deus, tanto no caso de Bate-Seba (II Sm. 11,12), quando na execução do censo (I Cr. 21.7,17). O cristão não vive para pecar, mas não está isento do pecado (I Jo. 1.7-9). O que diferencia um homem (ou mulher) de Deus é que esse(a) quando peca não trata o pecado com conivência. Antes se entristece, buscar ao Senhor em arrependimento, e se volta a vontade de Deus (II Co. 7.10). O cristão quando peca sabe que aquele não é o seu lugar, a insatisfação e a culpa atuam de modo a apontar que existe um caminho melhor a ser seguido (I Jo. 3.6; 5.18). Como Davi, não devemos conviver com o pecado, antes buscar a reconciliação, primeiramente com Deus, e, se for o caso, com aqueles a quem ofendemos, afinal, esse é um princípio cristão, ensinado por Jesus aos seus discípulos (Mt. 5.23,24)

3. O CRISTÃO E A VONTADE DE DEUS
Como regra geral, a vontade de Deus é a mesma para cada pessoa na terra: ser conforme a imagem de seu filho, o Senhor Jesus Cristo. Existem alguns textos bíblicos que revelam os princípios da vontade de Deus para o cristão: 1) Rm. 8:28-29 – devemos nos assemelhar à imagem de Jesus Cristo; 2) Jo. 17:20-23 – Ele quer que vivamos em unidade, a fim de que o mundo possa identificá-lo em nós; 3) Ef. 4:13-15 – precisamos crescer no conhecimento de Jesus Cristo, de forma que não sejamos enganados por doutrinas enganosas da parte de homens fraudulentos. Especificamente, fazer a vontade de Deus deva ser o propósito de todo cristão que ama a Deus (Rm. 12.1,2). Os dias são maus, e diante dessa realidade, somos chamados pelo Senhor para entender a perfeita e agradável vontade de Deus (Ef. 5.17). Mas não apenas compreender a Sua vontade é suficiente, faz-se necessário cumpri-la (Sl. 143.30). Paulo dá instruções claras aos cristãos tessalonicesses a fim de que esses busquem a santidade, haja vista ser essa a vontade de Deus, principalmente no que tange à sexualidade (I Ts. 4.3,4). O apóstolo dos gentios também ensina que ao fazer a vontade de Deus o cristão está agrandando ao Seu senhor (Cl. 1.9,10). O intento de fazer começa pela oração, já que o próprio Jesus ensinou a pedir que a vontade de Deus seja feita na terra como é feita no céu (Mt. 6.10; Lc. 11.2; Rm. 15.30-32; Tg. 4.13-15). O cristão que conhece a vontade de Deus através da Palavra pode expressa-la por meio da oração. Essa é uma grande vantagem, pois Deus ouve todo aquele que ora segundo a vontade de Deus (I Jo. 5.14).

CONCLUSÃO
O cristão nunca encontrará a vontade de Deus ou o plano de Deus para sua vida fora da palavra de Deus. A vontade de Deus é alcançada através do processo de renovação da mente: “que sua mente esteja em você, assim como também estava em Cristo Jesus.” (Fp. 2:5). O cristão deve substituir os pensamentos carnais pelos pensamentos de Deus, imergindo-se na Palavra de Deus, conhecendo-O, levando cativo todo pensamento a Cristo. (II Co. 10.5).

BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.

fonte: subsidioebd.blogspot.com

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Instruções ao Professor para a Lição 12 da Escola Dominical (Cpad)

Caro Professor, A verdade prática proposta nesta lição é a formação de sucessores - Formar é o mesmo que fabricar, fazer ou produzir.

Para que a obra de Deus tenha continuidade é necessário construir, edificar e, também fazer vir a existir pessoas capacitadas para conduzir o povo pelos bons caminhos.

O critério de formação de obreiros é indicando pessoas. As pessoas se diferenciam, não pelo estado ou pela atmosfera dentro do contexto de interesse e dentro do perfil impulsivo[1] que ora infesta os templos, mas, como foi o exemplo de Davi, pela postura diante dos problemas cotidianos. Notando que o homem que quer fazer a obra de Deus precisa se colocar como resposta aos problemas e não como parte deles.

O que faz a diferença é haver decorrido o tempo certo, completar-se uma adequada formação.

O que fez tu até agora para dar forma aos obreiros que lhe cercam? O que fizemos nós? O que fizeram? Essas são perguntam que não querem calar, porém de nada adianta lamentar! Quem olha para trás é semelhante ao cão que volta ao vomito, diz a Bíblia[2]. A Igreja precisa de soluções para o presente: o que farei eu? O que farás tu? Façamos (nós), fazei (vós). É preciso à igreja reconciliar-se com Deus. Fazer às vezes de escola de formação, é necessário que o pastor assuma a postura de discipulador da sua igreja, não se pode entregar essa tarefa tão importante a incautos, impulsivos e desequilibrados emocionais como vemos - A profecia de Amós continua de pé “Assim diz o SENHOR: Por três transgressões de Judá, e por quatro, não retirarei o castigo, porque rejeitaram a lei do SENHOR, e não guardaram os seus estatutos, antes se deixaram enganar por suas próprias mentiras… (Amós 2:4) -

A questão mais premente é substituir, Deus exige postura dos lideres, mas eles tapam os ouvidos e cerram o entendimento. Uns fingem que não é com eles e outros fazer cenas e até dão escândalos e fazem figura ridícula para permanecer como estão. O que se julgam inatingíveis fazem cera, ou seja, fingem que trabalham; esperam e seguram o jogo para garantir um resultado, mas que resultado? Tua vida secular vai sempre de mal a pior, a tua casa se afunda na lama e a tua alma caminha em passos largos para o inferno e tu escolhes enrolar ao invés de agir? Estar cercados ignorantes parece fácil, a gente pode fazer feio, fazer horas, passar tempo, armar desordem e ainda assim receber honras. O truque é fazer gritaria? É o que se vê nos templos e na TV! Explorar a amargura dos outros e mostrar soluções fáceis, após envolver as pessoas num ambiente emocional é um bom troque, tudo bem! Isso até dá algum “status” e um bom dinheiro, mas Deus tem falado disso “Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós” (Efésios 4:31)

Faz (…) anos que somos crentes!… Ele chegou faz (…) minutos e já quer dá palpite, isso é argumento de quem quer permanecer como está!

O tema da Lição é… E seus sucessores e a questão central são: ensinar que uma das responsabilidades de um líder é formar sucessores; ensinar que o homem é indicado por homens, porém para dar certo é necessária que ele seja escolhido por Deus, sabendo-se que a escolha de Deus não é uma imaginação vazia, a escolha de Deus é uma ação antecipada na natureza (Deus sabia quem era Davi e sabia que era Salomão na sua mais profunda consciência) é por isso que a próxima proposição é destacar às qualidades pessoais que agradam a Deus: ser consciente da dependência de Deus, ser humilde, ter senso de justiça e ter capacidade, pois o maior destaque e lição da vida de Salomão é a sabedoria (entenda-se por sabedoria: Erudição, grande soma de conhecimentos, prudência, bom senso, discernimento adquirido pelas experiências de uma longa vida em contraste com a ignorância. Boa aula.

Efésios 4 - 1 ROGO-VOS, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, 2 Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, 3 Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. 4 Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; 5 Um só SENHOR, uma só fé, um só batismo; 6 Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós. 7 Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo. (…) 31 Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós, 32 Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.

17 de dezembro de 2009

Hiran R. Alencar

Leitura recomendada

(I Crônicas 22:9) - Eis que o filho que te nascer será homem de repouso; porque repouso lhe hei de dar de todos os seus inimigos ao redor; portanto, Salomão será o seu nome, e paz e descanso darei a Israel nos seus dias.

(I Reis 2:1-4) - E APROXIMARAM-SE os dias da morte de Davi; e deu ele ordem a Salomão, seu filho, dizendo, Eu vou pelo caminho de toda a terra; esforça-te, pois, e sê homem e guarda a ordenança do SENHOR teu Deus, para andares nos seus caminhos, e para guardares os seus estatutos, e os seus mandamentos, e os seus juízos, e os seus testemunhos, como está escrito na lei de Moisés; para que prosperes em tudo quanto fizeres, e para onde quer que fores. Para que o SENHOR confirme a palavra, que falou de mim, dizendo: Se teus filhos guardarem o seu caminho, para andarem perante a minha face fielmente, com todo o seu coração e com toda a sua alma, nunca, disse, te faltará sucessor ao trono de Israel.

(I Reis 3:12) - Eis que fiz segundo as tuas palavras; eis que te dei um coração tão sábio e entendido, que antes de ti igual não houve, e depois de ti igual não se levantará.

Proposição que não se pode mudar ( a fórmula do sucesso)

Se for homem de bem, nem um de seus cabelos cairá em terra; se, porém, se achar nele maldade, morrerá”. (I Reis 1:52) - E disse Salomão

Resultando desta proposição

(I Reis 10:23) - Assim o rei Salomão excedeu a todos os reis da terra, tanto em riquezas como em sabedoria.

fonte: www.ebdweb.com.br/2009/12/18/davi-e-o-seu-sucessor-hiran-raimundo-alencar

Material adicional da Lição 12 da Escola Dominical (Cpad)

TEXTO ÁUREO

“Eis que o filho que te nascer será homem de repouso; porque repouso lhe hei de dar de todos os seus inimigos em redor; portanto, Salomão será o seu nome, e paz e descanso darei a Israel nos seus dias” (1 Cr 22.9).
Esse texto é citado em Hb1.5-7 referindo-se a Cristo. Salomão foi um dos sete homens na Bíblia que receberam o nome antes do seu nascimento (os outros seis foram Ismael, Isaque, Josias, Ciro, João Batista e o proprio Jesus). Em diersas ocasiões, paz e descanso da guerra são vistos como uma recompensa de Deus à fidelidade de seu povo; foi a mesma bênção proferida sobre os cativos que retornavam da Babilonia como base de esperança em seus dias turbulentos; esse texto é base para a nossa esperança de haver paz e descanso em nossos dias se tão somente formos obedientes ao Senhor e à sua Palavra.

VERDADE PRÁTICA
Formar sucessores é, sem dúvida, uma das maiores virtudes dos grandes líderes.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Saber que uma das responsabilidades do líder é formar sucessores.
- Compreender que Salomão foi indicado por Davi, mas escolhido por Deus.
- Descrever as características de Salomão, as quais agradaram a Deus.

Palavra Chave:
Sucessão: Do latim sucessionis, passagem, transmissão de direitos. Na lição significa a continuidade da monarquia davídica.

INTRODUÇÃO

Estudamos na lição 5 sobre a liderança e como ela se evidenciava na vida do segundo monarca de Israel, dentre outras coisas, o verdadeiro líder preocupa-se com o futuro dos liderados e prepara seu sucessor. Sabemos que cabe ao Senhor as escolhas, segundo inferimos do texto de At 13.1-3, é do Senhor a escolha, o preparo e o envio, mas recai sobre nós a responsabilidade de prepará-lo.
Sabemos pela Escritura (I Cr 22:9) que mesmo antes do nascimento de Salomão, Davi já havia sido avisado pelo Senhor por intermédio do profeta Natã, que o filho que lhe nasceria seria o seu sucessor (2Sm 7. 12-15).
Davi governou Israel por cerca de 40 anos no fim de seu reinado, Davi achou por bem ‘introduzir’ aquele que o Senhor havia escolhido, na corregencia (1 Cr 23.1) dando início à (i)transferência de poder de Davi para Salomão - que não ocorreu de forma tranquila ou sem oposição - Salomão assumiu o poder sucedendo a Davi como rei de Israel, apesar da turbulencia politica e das intrigas de Adonias, Joabe e Simei.

I. UM SUCESSOR INDICADO POR DAVI, MAS ESCOLHIDO POR DEUS

1. As insubmissas escolhas humanas. Adonias talvez fosse o filho mais velho de Davi e como tal ele pode ter pensado que assumiria o poder, porém, nessa época, ainda não havia nenhuma legislação que ditasse quem seria o sucessor além da própria escolha do rei. Talvez Adonias já soubesse da escolha de seu pai e tal como fez Absalão, deu sinal de suas ambições e preparou-se para ‘conquistar’ o trono numa demonstração de rebeldia e despreso pelo pai, que como estudamos na lição 10, jamais contrariou nem disciplinou seus filhos rebeldes (1Rs 1.6).
Fica evidente a sequencia de atos danosos que se iniciam com o adultério, gerando uma geração corrupta, sem amor, sem disciplina, sem temos do Senhor, isso consequentemente levou à ruinaaquela familia e seus próprios filhos: Absalão (2 Sm 15.4) e Adonias (1 Rs 1.5) tentaram arrancar-lhe a coroa. De fato, se não fosse a mão do Senhor guinado aquela nação, certamente o reino ruiria. Nenhum destes fora escolhido por Deus para ocupar o trono. Sua loucura e ávidez pelo poder e desejo do trono a qualquer custo eram apenas conjecturas humanas e não refletiam o desejo de Deus (Sl 135.4).
2. A escolha divina. Salomão seria o descendente por meio de quem Deus cumpriria a sua promessa de estabelecer o trono do reino de Davi para sempre (2Sm 7.12, 13). A profecia do texto de 1 Crônicas 17.11-15, refere-se primeiramente a Salomão, o herdeiro carnal de Davi, que levantaria posteriormente o Templo. Contudo, ela também aponta para o futuro e prediz o reino eterno do Messias, Jesus Cristo, o filho de Davi. Salomão, portanto, não chegou ao trono por uma simples indicação de Davi, mas por uma escolha divina (1 Cr 22.9). Salomão chegou ao trono por indicação divina.

II. UM SUCESSOR DE POUCA EXPERIÊNCIA, MAS QUE HERDOU UM GRANDE LEGADO
1. O legado político institucional. “E Davi se ia cada vez mais aumentando e crescendo, porque o SENHOR, Deus dos Exércitos, era com ele” (2 Sm 5.10). Da mesma maneira que os capítulos 3 e 4 de 2Sm detalham como os da casa de Saul se iam enfraquecendo, assim também os capítulos 5 a 10 mostram como Davi se ia fortalecendo. Defere-se que a principal causa desse crescimento de Davi era a presença constante e soberana do Senhor nele (1 Sm 16.18). O reino de Israel se tornou forte e respeitado tendo Davi como seu rei. O segredo de todo esse êxito foi a bênção de Deus. Quando o Senhor está no controle, tudo vai bem. Flavio Josefo afirma que vieram a Hebrom seis mil e oitocentos homens da tribo de Judá, armados de lanças e de escudos, que tinham seguido o partido de Isbosete… todos, de comum acordo, declararam a Davi rei (História dos Hebreus, pág 152, CPAD, 1990). Uma vez unificado o reino, Davi sem demora, marcha para Jerusalém e dá início a suas conquistas militares. Como acontece hoje na política internacional, quando Davi logrou êxito na investida sobre Jerusalém e consolidou o reino, de imediato, como que ‘reconhecendo a nova nação’ Hirão, rei de Tiro, cidade portuária da Fenícia, a cerca de 56 Km ao norte do monte Carmelo, envia ao rei Davi, um presente, acompanhado de embaixadores a fim de firmar uma aliança. Sem dúvida este foi um dos grandes legados que Davi deixou para seu filho Salomão, um eino consolidado e reconhecido internacionalmente, com um exército organizado a habilitado à batalha (1 Cr 18.14-17; 27.32-34). Davi foi hábil na organização até mesmo das minúcias do reino (1 Cr 27.25-31).
2. O legado religioso. É notório a estruturação do reino por Davi de maneira que seu sucessor tivesse dias de repouso, mas o maior legado deixado por Davi ao seu filho Salomão foi o espiritual. O texto sagrado destaca que Davi “ia cada vez mais aumentando e crescendo, porque o SENHOR, Deus dos Exércitos, era com ele” (2 Sm 5.10). Essa presença divina na vida e no reinado de Davi foi notória até fora de Israel, o que é demonstrado pelos presentes trazidos pelos mensageiros enviados por Hirão, rei de Tiro (2 Sm 5.11). Esse é mais um exemplo de que a nação escolhida por Deus só avançava quando o seu Rei estava no comando e Davi ais que qualquer outro na história antiga de Israel, sabia reconhecer que no seu reinado todas as bênçãos materiais e espirituais sobre o povo, a terra e o culto divino procediam de Deus.
A chave para um reinado bem-sucedido estava no cumprimento das leis imutáveis de Deus.

III. UM SUCESSOR JOVEM, MAS DE GRANDE PIEDADE

1. Na vida privada. A decisão divina não anula nossas responsabilidades diante do Senhor. Quando subiu ao trono, Salomão talvez tivesse vinte anos, jovem e inexperiente, mas humilde o basstante para recohecer isto (Jr 1.6). No início do seu reinado, Salomão respondeu bem à vocação divina e proferiu uma das mais belas orações da Bíblia; uma oração que agradou a Deus (v.10). Após ser visitado pelo Senhor durante um sonho, Salomão ora a Deus, ele não pediu os desejos comuns de um monarcaoriental: vida longa, riqueza ou a morte dos inimigos.

CONCLUSÃO
Davi cumpriu a sua missão, mas antes de morrer foi sábio e preparou um sucessor. Apesar de suas falhas, Davi deixou para a Salomão, seu filho, um grande legado espiritual. O rei de Israel costumava buscar a orientação divina diante das decisões a serem tomadas (I Sm. 23.2; 30.8; II Sm. 2.1). Salomão recebeu uma unção especial da parte do Senhor e governou com tamanha sabedoria que alcançou fama internacional: a rainha de Sabá quis testificar pessoalmente a respeito de tudo que havia ouvido a seu respeito (I Rs. 10.1-13). Enquanto observou as recomendações do seu pai e andou nos caminhos do Senhor, Salomão prosperou. Assim diz o pregador: “Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau (Ec. 12.13,14). Diferentemente de seu pai Davi, Salomão não teve o mesmo sucesso na escolha de seus sucessores. Após sua morte o reino de Israel dividiu-se e os reis seguintes alternavam-se entre servir ao Senhor e aos deuses pagãos.
Embora estejamos separados de Davi e Salomão por um longo espaço de tempo, os princípios por eles vividos ainda continuam válidos para hoje. A liderança destes dois homens de Deus foi bem-sucedida porque eles não viveram para si, mas para Deus e para o próximo. Será que somos líderes com este perfil? Será que temos buscado esse tipo de vida?

APLICAÇÃO PESSOAL
Nesta lição, estudamos a respeito da transição do reino de Davi para Salomão, seu filho com Bate-Seba. Israel era um reino teocrático, mesmo durante a monarquia Israel pertencia ao Senhor, não a Davi. Davi cônscio disto, transferiu a coroa a seu filho e aconselhou-o a guardar as ordenanças do Senhor para que houvesse prosperidade e paz para o futuro estado de Israel. Nada mais atual do que isto! Nossas lideranças também precisam estar conscientes deste princípio bíblico: a obra pertence ao Senhor. Temos constatado muitas vezes uma dinastia em alguns ministérios, talvez fruto de um sistema de governo eclesiástico inadequado para hoje. Deus é o único dono. Não somos proprietários de nada, somos mordomos e como tais, um dia ter-se-á que ser passado o cajado, e quem assumirá? Quem será o suscessor?
Um líder cristão ao mesmo tempo que leva a obra paara frente, pensa em formar outros líderes capazes de dar prosseguimento ao seu trabalho. Não podemos nos esquecer que “formar sucessores é, sem dúvida, uma das maiores virtudes dos grandes líderes”.
Siga seus planos dentro da vontade de Deus, e não em vez de ou apesar dela. Os limites que Ele colocou sobre você só fará seus planos florescerem. Nossos desejos encaixam-se melhor dentro da vontade de Deus”
Deus não salva os homens devido àquilo que vê em seus corações e porque gosta do que vê. Ele salva homens que são vis pecadores em seus corações, incapazes de se reconciliarem com Ele. Tem misericórdia deles, colocando seus pecados sobre Seu Filho, Jesus Cristo.
Somente em Cristo encontra-se a porta de entrada à presença do Pai. Somente Ele é sem pecado e, por isso, capaz de morrer pelos pecados dos outros entregando-se para ser imolado naquele que constituiu-se no maior e suficiente sacrifício.
Quem é justo? Livre de cometer falhas? Quem é o que não necessita de perdão e de reconciliação?Há apenas uma pessoa em toda a história da raça humana cujo coração foi livre de pecado, e essa pessoa é aquele judeu filho de carpinteiro, que mudou a história e dividiu-a em antes e depois d’Ele, Jesus Cristo. N’Ele, Deus salva aqueles que confiam Nele para serem perdoados de seus pecados e para terem o presente da vida eterna.
Hodiernamente vemos a busca desenfreada por lideres capazes, com qualificações sobrehumanas, e infelizmente constatamos que as qualidades e qualificações procuradas nos líderes contemporâneos não são aquelas que Deus buscou em Davi - um homem segundo o meu coração. Nós estamos escolhendo nossos líderes quase nas mesmas bases que o mundo vil e sem Deus. Olhamos para os que têm dinheiro e influência e que sejam intelectualmente bem dotados. O Eterno buscou um homem que tinha um coração voltado para Ele. Creio que esta característica seja o primeiro e principal pré-requisito para o tipo de liderança que Deus requer. Precisamos ser o tipo de homens e mulheres que DEUS busca para o Seu serviço.
Davi muito nos ensina com sua árdua caminhada desde sua unção aos treze anos de idade até assumir o reino como um todo. O humano Davi também estava sujeito às mesmas falhas, tinha os mesmos defeitos e em muito se parece comigo (em seus defeitos). Teve uma falha séria que o poderia ter condenado não fosse o Ruach HaKodesh agindo em sua vida.
No Salmo 51 achamos o pecado que quase o destruiu e nos ensina mediante o seu exemplo como nos arrependermos dos nossos próprios erros e sermos como ele - um homem segundo o coração de Deus. O Salmo se inicia com três pedidos ao Senhor:
- Misericórdia (v.1). A graça de Deus é imerecida, porém Ele cuida de nós com ternura e intensidade, mesmo quando o nosso coração está distante dEle. Nosso amor pelo Senhor pode falhar, mas não o seu amor por nós.
- Renovação (v.2). A “tinta” de nossa falha deixa uma marca indelével em nossa vida e na dos outros; porém, podemos confiar na compaixão do Senhor para apagar o nosso pecado do livro de sua memória.
- Purificação (v.2). Somente Deus pode lavar a mancha e a sujeira do pecado. Queremos nos sentir puros outra vez, de modo que desapareçam toda a impureza que adquirimos e o legado de suas lembranças” (WOOD. George O. Um Salmo em seu Coração. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.209,210)Somente pela Palavra alcançaremos a plenitude do plano de salvação, é preciso clamarmos: “SOLA FIDE, SOLA SCRIPTURA, SOLUS CHRISTUS, SOLA GRATIA, SOLI DEO GLORIA”!

N’Ele, que de graça, pela graça, busca em nós um coração aberto à sua graça,

Francisco de Assis Barbosa, [ton frère dans Le sauvateur Jésus Christ]
Vacances dans Campina Grande, PB

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- Bíblia de Estudo DAKE, CPAD-Ed Atos
- Bíblia de Estudo Genebra, Ed Cultura Cristã - SBB;

fonte: www.ebdweb.com.br/2009/12/18/davi-e-o-seu-sucessor-francisco-a-barbosa

Segundo subsídio para Lição 12 da Escola Dominical (Cpad)

LIÇÃO 12 - DIA 20/12/2009

“DAVI E O SEU SUCESSOR”

Autor: Osvarela

TEXTO ÁUREO - I Cr 22:9.

I Cr. 22.9. Eis que o filho que te nascer será homem de repouso; porque repouso lhe hei de dar de todos os seus inimigos ao redor; portanto, Salomão será o seu nome, e paz e descanso darei a Israel nos seus dias.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: I Cr 28:4-8.

Reflexão: E, de todos os meus filhos (”porque muitos filhos me deu o Senhor”), escolheu ele o meu filho Salomão para se assentar no trono do reino do Senhor sobre Israel.E me disse: Teu filho Salomão, ele edificará a minha casa e os meus átrios; porque o escolhi para filho, e eu lhe serei por pai.E estabelecerei o seu reino para sempre…

GLOSSÁRIO:

ADONIAS - hebraico: Jeová é Senhor.

Adonias - Príncipe

GIOM, hebraico: Rio corrente

Descanso - ‘sabbath’. Hb.

EKKLÉSIA -gr.: ????????

Shabat e a Teopedagogia.

Shabat é a celebração judaica semanal da criação do mundo por Deus: “Em 6 dias, Deus criou os céus e a terra e no 7º descansou”. Cremos num “shabat” como um dia de descanso, sem ser necessariamente o dia de sábado. Assim Deus ensina, e deu determinações sabáticas, inclusive para o plantio.

Mas o próprio exemplo que Ele dá, no relato da Criação, corresponde às mais modernas concepções psico-filosóficas educacionais: o exemplo é fundamental! Quem é pai ou educador sabe o devastador efeito da frase: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço…”Em termos técnicos, poderíamos dizer que isto gera uma dissonância cognitiva; voltando ao planeta Terra, nós, meros mortais, entendemos esta frase como uma bruta incoerência… gerando a dúvida! Afinal, o que devo fazer: o que me é dito ou o que me é apresentado como modelo real de ação?

EXÓRDIO:

Costume da Época:

1-A Questão das Subfamílias:

As Escrituras no Antigo Testamento, abrem a possibilidade de um homem em Israel ter mais de uma esposa, desde que possa sustentar as duas da mesma maneira. Aliás um costume daquela região Oriental do Mundo.

Dt.21. 15-17. Se um homem tiver duas mulheres, uma a quem ama e outra a quem despreza, e ambas lhe tiverem dado filhos, e o filho primogênito for da desprezada, quando fizer herdar a seus filhos o que tiver, não poderá dar a primogenitura ao filho da amada, preferindo-o ao filha da desprezada, que é o primogênito; mas ao filho da aborrecida reconhecerá por primogênito, dando-lhe dobrada porção de tudo quanto tiver, porquanto ele é as primícias da sua força; o direito da primogenitura é dele.

Devido o contexto do matrimônio oriental e também em Israel, aliado ao conceito da remissão da família de algum parente falecido, este costume era providencial.

Era comum a rivalidade das “subfamílias” na poligamia.

Podemos ver isto no caso de Abraão e Sara e a concubina que lhe deu o primeiro filho, de uma não livre, Agar.

Gl.4. 22,24. …Abraão teve dois filhos, um da escrava, e outro da livre….o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas, o que era da livre, por promessa. […]essas mulheres são dois pactos; um do monte Sinai, que dá à luz filhos para a servidão, e que é Agar…é o monte Sinai na Arábia e corresponde à Jerusalém atual…

2-A Importância da Mãe:

Numa rara manifestação das mulheres este episódio retrata a importância da mulher em Israel, principalmente no conjunto social das subfamílias.

Assim, as mães tiveram papel importante neste evento, a partir de pontos de contato com o Rei Davi:

- A proximidade, maior ou menor com o pai, no sentido de amor ou leito conjugal, isto a fazia muito importante, numa situação, mesmo bíblica em que o contexto era masculinamente formado.

Por isto há uma manifestação e citação do nome das mães de cada pretendente ao trono:

Hagite e Bate-Seba, pelo visto, uma trabalhava nos bastidores, e a outra trabalhou utilizando a preferência do Rei por si, e pela legalidade matrimonial diversificada [subfamílias] daquele tempo, utilizando o dito do Rei Davi, amplamente divulgado em sua Casa Real: Salomão seria o seu sucessor!

6 E nunca seu pai o tinha contrariado, dizendo: Por que fizeste assim? E era ele também muito formoso de parecer; e Hagite o tivera depois de Absalão.

11 Então falou Natã a Bate-Seba, mãe de Salomão, dizendo: Não ouviste que Adonias, filho de Hagite, reina? E que nosso senhor Davi não o sabe?

3-Esta é mais uma parte da turbulenta relação de Davi com Bate-Seba.

Mais contrariando tudo e a todos, a soberania, e querer de Deus, além do seu amor e da sua Palavra Eterna, todo o mal é transformado em Benção para a Nação de Israel, povo eleito por Deus, tal qual no Éden “da semente da mulher nasceu um que feriu a cabeça da serpente”.

Assim Bate-Seba, se mostra uma mãe preocupada com a sua família por causa das muitas mulheres de Davi.

A mãe de Adonias, talvez, [uma inferência, não está na Bíblia], esperasse aproveitar do mimo de Davi, através de Adonias, para conseguir, o que não conseguira a mãe de Absalão. É possível.

Já Bate-Seba tratava o rei com muito respeito.

Temos liberdade de nos achegar a Cristo com nossos pedidos, mas com muita reverência.

4-Situação histórica do contexto deste momento em Israel:

É um caso típico de Aliança e escolha de Deus e sua relação com uma Nação - Israel.

“Relação entre povo e nação, a teologia da eleição e a teologia da aliança”. Antigo e Novo Testamento - CPAD - Gerhard Hasel citando Clements.

Adonias se rebela seis anos após Absalão.

Davi teria por volta de 70 anos, para mais, [II Sm.5.4,5; I Cr. 3.4] e estava adoentado e envelhecido, talvez pelas lides do reino e pela família que criara ou alguma doença não citada pela Bíblia, que lhe baixava a temperatura e trazia-lhe frio incomum.

Não sejas frio, nem morno.

Ap.3. 15,16. Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; oxalá foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca.

a-A Soberania da escolha de Deus:

Não importa o tempo de cada um, numa Igreja ou Ministério, falo isto após muitas experiências sobre o assunto, permitidas por Deus.

Quando Deus resolve escolher, ninguém pode impedir a ação de Sua Soberania.

Ele é absoluto e Único em poder e Autoridade. Pv.8. 15. Por mim reinam os reis…

Sl. 113. 7,8. Ele levanta do pó o pobre, e do monturo ergue o necessitado, para o fazer sentar com os príncipes, sim, com os príncipes do seu povo.

INTRODUÇÃO:

Sucessão é um assunto que infere diversas condições e situações.

Assim, Sucessão Infere:

Transferência de poder

Perda de poder

Modificação de ordem mental do povo. O povo pode ter temor do novo governante, por tributação, por espoliação.

Oriunda da mentalidade do que sai e a do que sucederá. O povo pode amar o que sai e ter receio quanto ao que vai governar.

Modificação de Ordem Governamental e em Israel de Ordem dos Profetas da Coorte, ainda que não necessariamente.

Troca de posições

Troca do velho pelo novo

Mudança de hábitos antigos

Novos hábitos

Personalidade e caráter; do que deixa o poder e a do sucessor

Motivação para uns e desânimo para outros

Nova condução

Escolha

Aceitação

Negação

A sucessão de Davi desponta sob uma Promessa de Deus e afirmada sobre esta promessa.

Davi como já foi dito, em outros textos, deste trimestre, mostrou-se muito ligado a fertilidade através de suas muitas esposas reais.

1-Desta Prole Distinta Por:

Serem filhos de um mesmo pai;

Serem filhos de mães de origens diferentes;

Distanciados do pai, devido a sua lide real;

Pelas questões de primogenitura;

Pelo ventre pelo qual foi gerado, trouxe uma distinção ímpar na questão da sucessão do trono davídico e davidiano, por todas estas questões.

2-Assim a sucessão passava por alguns caminhos:

O Caminho da primeira sucessão real em Israel unificado;

O caminho da trivial escolha pelo rei;

O caminho natural da primogenitura e sua seqüência lógica;

O caminho da escolha divina

Aliado a esta:

O caminho, da escolha para o cumprimento da promessa.

O caminho de descanso [shabat] do povo de Deus.

Temos aí uma bifurcação especialmente dispare, na qual o Rei Davi se encontrou, ao chegar o momento da sucessão:

Adonias e Salomão.

Bate-Seba e Hagite, mãe do insurreto rebelde.

3-A situação familiar de Davi, e a confusão, que trouxe a sua casa continuam lhe trazendo problemas:

Nesta lição somos forçados a olhar para as lições anteriores para entendermos porque aconteceu isto com a Casa Real de Davi, casa escolhida por Deus com promessa de Reino Eterno.

Esta passagem tem muito a ver com o acontecido, durante a ida do Profeta Samuel, a Casa de Jessé para ungir a Davi.

Adonias era belo e achava que por sua aparência poderia aproveitar-se em ser agradável ao povo, pelas qualidades pessoais, além do amor de seu pai, que o mimava.

O tratamento que Davi dava ao seu filho Adonias era um tratamento, que hoje muitos pais dão aos seus filhos, esquecem que além da resposta “sim”, há também ocasião para responder “não”.

Deus continua vendo o coração e não a nossa aparente beleza, se tivermos, não é qualidade para qualificar um escolhido!

O mundo diz que “beleza é fundamental”.

Deus disse o coração e fundamental! “Um coração contrito, não desprezarás, ó Deus”. Davi em Salmos 51.

Leia o Texto Bíblico:

I Rs. 1.6. Ora, nunca seu pai o tinha contrariado, dizendo: Por que fizeste assim?

Saibamos falar não aos nossos filhos, na hora precisa para que ele não se levante contra a nossa autoridade dentro do lar.

Da mesma forma, dentro do Ministério, há momento de se falar não.

4-Filhos de Davi -

Destaque:

Filhos que deram problema na casa Real de Davi:

Amnom e Absalão.

Mortos e rebeliados e as suas mães:

Seu primogênito Amnom - de Ainoã, a jizreelita; violentou sua irmã Tamar. A filha de Davi fazia parte dos seus primeiros filhos nascidos, quando ele reinava em Hebrom, com o reino ainda dividido.

O terceiro Absalão - filho de Maacá, filha de Talmai, rei de Gesur; Ladrão de corações.II Sm.15. 6. Assim fazia Absalão a todo o Israel que vinha ao rei para juízo; desse modo Absalão furtava o coração dos homens de Israel.

O quarto Adonias - filho de Hagite. Tentou usurpar o reino de seu pai.

II Sm.3.3-5. 2 Nasceram filhos a Davi em Hebrom. Seu primogênito foi Amnom, de Ainoã, a jizreelita; o segundo Quileabe, de Abigail, que fôra mulher de Nabal, o carmelita; o terceiro Absalão, filho de Maacá, filha de Talmai, rei de Gesur; o quarto Adonias, filho de Hagite, o quinto Sefatias, filho de Abital; e o sexto Itreão, de Eglá, também mulher de Davi; estes nasceram a Davi em Hebrom.

Veja outros filhos de Davi: Em nosso Estudo: “Quem Foi Davi?”

5-Quantos de nós não precisamos nos humilhar, pois às vezes, estamos tomando o lugar alheio, mas a cobiça fala mais alta e vamos nos impondo com trajes de autoridade junto ao povo, sem perguntar ao Rei se somos os escolhidos ou mesmo sabendo de antemão, ouvindo à mesa do rei que ele já escolheu o seu ungido.

II - Adonias e Salomão:

Mais uma vez Deus interfere na vida do seu Povo, diferentemente do que os adeptos da Teologia Relacional ou do Processo andam pregando.

Faltava ouvir o Rei declarar quem seria seu sucessor, eles fizeram igual aqueles, que se querem dar importância e se lançam numa aventura, na primeira “oportunidade” de alcançar um lugar ao lado de alguém, que se faz “importante”, incorrendo muitas vezes em rebelião junto ao mesmo.

Muitos buscam títulos e isto ocorre no seio da Igreja.

III - A Ação de Davi:

Intercessão:

Ela, Bate-Sua busca o Rei, seu marido, no leito. Com humildade e resignação e reverência procura uma solução pela qual a Promessa de Davi, não caísse no vazio e o Rei que já estava enfraquecido, se torna refém dentro de sua própria casa [beit], e do querer do seu filho Adonias, que buscou a oportunidade para conquistar o que seu meio-irmão Absalão não conseguira.

Através da interferência de Bate-Sua, e do seu profeta da corte, Natã, Davi voltou a realidade do seu Reino, do qual ainda não houvera ordenado sucessão, ou fora destituído, e mais não determinara sucessor, e assume sua posição e palavra.

6. E nunca seu pai o tinha contrariado, dizendo: Por que fizeste assim? E era ele também muito formoso de parecer; e Hagite o tivera depois de Absalão.

É hora de repensar o tratamento dado aos seus filhos, que estão em sujeição.

Não seja irritadiço, mas seja fiel aos seus compromissos de educá-los sob os mandamentos de obediência e da Palavra de Deus.

I CR. 28. 3,6. Mas Deus me disse: […]Todavia o Senhor Deus de Israel escolheu-me de toda a casa de meu pai, para ser rei sobre Israel para sempre; […]E, de todos os meus filhos (porque muitos filhos me deu o Senhor), escolheu ele o meu filho Salomão para se assentar no trono do reino do Senhor sobre Israel, e me disse: Teu filho Salomão […]escolhi para me ser por filho, e eu lhe serei por pai.

a-Davi mostra, quem realmente mandava em Israel e ainda velho causava comoção e respeito a todos.

Leia I Rs.1.1-55. Os versículos sem anotação do Livro, fazem parte dos textos da Lição e deste capítulo indicado.

Assim ele além de instruir como realizar a cerimônia de sua Sucessão, dá todas as coordenadas diplomáticas e cerimoniais para ser executadas pelos seus comandados.

Você pode pensar que estão usurpando seu lugar, mas Deus vai agir em teu favor e você ainda será exaltado, fique tranqüilo e espera o tempo de Deus, alguém vai ser usado por Deus para ser teu porta-voz, assim o Espírito Santo expressa o teu gemido diante de Deus em palavras inteligíveis e intercede em teu favor.

Andar na mula do Rei - mostrou ao povo que havia dignidade em Salomão, pois fora escolhido para andar na mesma cavalgadura de Davi.

Segundo a tradição judaica, da época, montar na Mula de Davi, sem permissão, significava morte do que o fizesse.

IV- A Intercessão de Mãe E do Profeta:

Bate-Seba, depois do nascimento de Salomão, não entrou novamente em cena até a revolta de Adonias, na qual ela e Natã informaram Davi do que estava acontecendo.

Tanto ela quanto Natã sabiam que Salomão, e não Adonias era o escolhido do Senhor.

Davi confortou Bate-Seba depois que seu filho morrera. E logo após ela concebeu a Jedidias, embora Davi, já avisado por Deus, o chamara de Salomão [Shalomon]

E agora que o reino estava à beira da guerra civil, mais que nunca, Bate-Seba precisava da garantia do rei para assegurar a sucessão de seu filho.

V - Um Rei Envelhecido, Mas Ainda de Presença Forte:

I Rs. 1-6. Ora, o rei Davi era já velho, de idade mui avançada;

5 E, de todos os meus filhos (porque muitos filhos me deu o Senhor), escolheu ele o meu filho Salomão para se assentar no trono do reino do Senhor sobre Israel,

Davi não perdeu a sua presença, manteve a mesma desde que era jovem, ou seja, a sua presença causava respeito e empatia a todos que o conheciam e foi aumentada pela Unção como Rei.

Mesmo em sua velhice ele se fazia respeitar, o seu poder de decidir era considerado, de tal forma, que apenas a presença de sua Mula na cidade, destarte Salomão estar sobre ela [veja no corpo do texto], fez estremecer a todos quanto se juntaram a Adonias, [Pv. 14. 28. Na multidão do povo está a glória do rei; mas na falta de povo está a ruína do príncipe.] ficaram “murchos” e de semblante abatido, pois não esperaram, ou melhor, não deram ouvidos a quem realmente, ainda reinava e tinha poder para determinar o seu sucessor.

Pv.29.26. Muitos buscam o favor do príncipe; mas é do Senhor que o homem recebe a justiça.

Isto demonstrou que um verdadeiro líder ainda que esteja envelhecido, quando toma uma posição, ele nem precisa aparecer no evento, um simples sinal de sua mão sobre os negócios de Deus ou sua palavra, faz o povo temer, pela aliança conhecida, do mesmo, com Deus, como se falasse: “Retira a tua mão, deste negócio, pois não podes lutar contra Deus”.

  • 48 Então estremeceram e se levantaram todos os convidados que estavam com Adonias; e cada um se foi ao seu caminho.
  • 49 E também disse o rei assim: Bendito o Senhor Deus de Israel, que hoje tem dado quem se assente no meu trono, e que os meus olhos o vissem.

VI - Quando a escolha é de Deus ela traz temor àquele que se levanta contra ao Escolhido do Rei:

Ao ver Salomão sobre a mula de Davi

  • 50 Porém Adonias temeu a Salomão; e levantou-se, e foi, e apegou-se às pontas do altar.
  • 51 E fez-se saber a Salomão, dizendo: Eis que Adonias teme ao rei Salomão; porque eis que apegou-se às pontas do altar, dizendo: Jure-me hoje o rei Salomão que não matará o seu servo à espada.

Tal qual as cidades de refúgio, o ato de Adonias correr ao tabernáculo, e agarrar-se as pontas do altar, significava para ele procurou segurança e abrigo, para não morrer, demonstrando que ele reconhecia que agira contra a vontade do rei e de Deus e era do seu conhecimento a vontade de seu pai.

Assim ele tem o seu animo mudado de exaltado, muito embora a exaltação do texto b´blicotenha o significado de uma tomada de decisão provocativa, com o intuito de ser auto-proclamar rei, com a ajuda de grupos que a ele se juntaram.

Também podemos dizer que ele teve que se humilhar perante Salomão.

VII- A Humilhação de Adonias:

Ele deixou-se levar pela cobiça. Não pela voz de Deus, através do Rei, ungido.

Ele incorreu em dois graves erros:

-Insurreição

-Não esperou a voz de Deus

Pv. 25.7. porque melhor é que te digam: Sobe, para aqui; do que seres humilhado perante o príncipe.

Esta atitude de Adonias também nos dá uma lição:

Reconhecer erros;

Reconhecer o agir da mão de Deus;

Reconhecer a autoridade paternal.

Na realidade, no vácuo do poder, [que Davi deixou acontecer] primeiro pela velhice de seu pai [”I Rs. 1-6. Ora, o rei Davi era já velho, de idade mui avançada;”], e pelas tantas linhas sobre o assunto, que estudamos neste trimestre, Adonias sentiu-se apto para iniciar uma forma de impor-se como Rei de Israel de maneira forçada, mas ao ver que o Rei Davi saíra de sua inércia, e cumpriu a sua palavra real, que não pode voltar atrás, ele temeu e tremeu pela sua vida e humilhou-se.

I Rs. 1-6. Ora, o rei Davi era já velho, de idade mui avançada; e por mais que o cobrissem de roupas não se aquecia. Disseram-lhe, pois, os seus servos: Busque-se para o rei meu senhor uma jovem donzela, que esteja perante o rei, e tenha cuidado dele; e durma no seu seio, para que o rei meu senhor se aqueça.Assim buscaram por todos os termos de Israel uma jovem formosa; e acharam Abisague, a sunamita, e a trouxeram ao rei. Era a jovem sobremaneira formosa; e cuidava do rei, e o servia; porém o rei não a conheceu.Então Adonias, filho de Hagite, se exaltou e disse: Eu reinarei. E preparou para si carros e cavaleiros, e cinqüenta homens que corressem adiante dele. Ora, nunca seu pai o tinha contrariado, dizendo: Por que fizeste assim? Além disso, era ele muito formoso de parecer; e era mais moço do que Absalão.

VII- Adonias e a Nossa Posição Espiritual Antes de Ouvirmos a Voz do Rei:

Às vezes aqueles, como nós, que éramos distantes do Rei Jesus, e avessos a sua autoridade real, só nos restou agarrar-nos as pontas do altar e pedir misericórdia a Deus por nossa vida e mesmo na nossa vida espiritual quando muitos se levantam querendo tomar o lugar do Rei, só as pontas do altar de Cristo podem dar garantias.

Ainda, mesmo que sejamos Obreiros, temos que tomar cuidado para não sermos contaminados pela cobiça de facilidades e sermos humilhados por ela.

O altar do Tabernáculo dava garantia de vida.

Agora a nossa garantia está no fato de que somos “ekklésia” - chamados para fora, o que nos leva a meditar na Epístola aos Hebreus. Cap. 13. 8-13. Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente.[…] Temos um altar, do qual não têm direito de comer os que servem ao tabernáculo.[…] Por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta. Saiamos pois a ele fora do arraial…

Temos um altar, do qual não têm direito de comer os que servem ao tabernáculo“, significa que nós temos direitos extraordinários e especiais, por aceitarmos Jesus como nosso Rei e Salvador.

As Escrituras nos diz, que Salomão foi chamado por Deus para pedir, o que ele quisesse, mas ele não pediu ao Senhor, nem ouro nem riquezas, mas sabedoria específica: “para entrar e sair de diante do Povo de Israel“.

II Cr.1.7-10. …Deus apareceu a Salomão, e lhe disse: Pede o que queres que eu te dê. E Salomão disse a Deus:[…] a mim me fizeste rei em seu lugar. […]; porque tu me fizeste rei sobre um povo numeroso…Dá-me, pois, agora sabedoria e conhecimento, para que eu possa sair e entrar perante este povo; pois quem poderá julgar este teu povo…?

VIII - A Ação de Salomão a Respeito da Vida de Seu Meio-Irmão:

Vemos que ele se mostra corajoso.

Dotado pela Unção que lhe foi impetrada pelo Sacerdote Zadoque, faz o seu primeiro julgamento, usando um conceito da Justiça. I Rs.1. 39. Então Zadoque, o sacerdote, tomou do tabernáculo o vaso do azeite e ungiu a Salomão. Então tocaram a trombeta, e todo o povo disse: Viva o rei Salomão!

Quero dizer com isto, que ele aplica o conceito da justiça verdadeira, que é a Justiça de Deus.

II Sm.22. 27. Para com o puro te mostras puro, mas para com o perverso te mostras avesso.

I Rs. 1.52,53. E disse Salomão:Se for homem de bem, nem um de seus cabelos cairá em terra; se, porém, se achar nele maldade, morrerá. E mandou o rei Salomão, e o fizeram descer do altar; e veio, e prostrou-se perante o rei Salomão, e Salomão lhe disse: Vai para tua casa.

CONCLUSÃO:

Podemos ser afligido por causa de situações como esta, pela qual passou Salomão.

Mas, sejamos como ele, não disse uma palavra a respeito do que ocorria, como vemos no texto bíblico.

Ele tinha alguém intercedendo por ele.

Ele conhecia o coração do rei.

Ele sabia da Promessa do Rei.

Ele sabia que uma vez dada a palavra real não pode ser mudada.

Ele esperou em seu senhor. Nós esperamos no Senhor Jesus, Nosso Senhor e Salvador.

Destaco a sua atenção:

Davi após a sua decisão pôde descansar em seu leito, ele fizera o que Deus lhe mandara.

I Rs.1.47. E também os servos do rei vieram abençoar a nosso senhor, o rei Davi, dizendo: Faça teu Deus que o nome de Salomão seja melhor do que o teu nome; e faça que o seu trono seja maior do que o teu trono. E o rei se inclinou no leito. 48.E também disse o rei assim: Bendito o Senhor Deus de Israel, que hoje tem dado quem se assente no meu trono, e que os meus olhos o vissem.

Ele pode fazer como o Apóstolo Paulo, ao ensinar ao seu filho Timóteo e outros.

II Tm.4.7. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.

Fonte:

Martinho Lutero Semblano.

Jane Bichmacher de Glasman - Professora da UERJ, do ISTARJ, escritora

Bíblia Dake

Bíblia Plenitude

Bíblia digital - cortesia Tio Sam

CGADB - Pr. Walter Santos Baptista

Lição CPAD

Apontamentos do autor

Texto: Quem foi Davi - autoria própria.

Teologia Relacional - Caio Fábio

Augustus Nicodemus

Andrew Jumper - INRV

Antigo e Novo Testamento - CPAD - Gerhard Hasel

Bíblia Dake - CPAD

fonte: www.ebdweb.com.br/2009/12/18/davi-e-o-seu-sucessor-pr-osiel-varela

Subsídio da Lição 12 da Escola Dominical (Cpad)

DAVI E O SEU SUCESSOR
Texto Áureo: I Cr. 22.9 - Leitura Bíblica em Classe: I Cr. 28.4-8


Objetivo: Mostrar, através do exemplo de Davi, que formar sucessores é, sem dúvida, uma das maiores virtudes dos grandes líderes.

INTRODUÇÃO
Davi está avançado em seus dias de vida e começa a antever a necessidade de um novo rei para Israel. Como rei prudente, segundo o coração de Deus, trata de preparar o povo para a sucessão. Na aula de hoje meditaremos justamente a respeito desse processo a fim de extrair lições sobre a liderança cristã. Estudaremos, a princípio, sobre a transição do reinado. Em seguida, analisaremos a escolha de Salomão para ser o rei de Israel. Ao final, refletiremos sobre a importância da formação de líderes sucessores no ministério cristão.

1. A ESCOLHA DO SUCESSOR DE DAVI
Davi está enfermo, em seus últimos dias de vida. Reconhecendo a realidade circunstancial, o rei se dirige aos líderes do povo. Vale a pena atentar para alguns detalhes do texto bíblico básico desta lição. Davi reconhece que fora escolhido rei em Israel não por méritos pessoais, mas porque o Senhor o escolhera graciosamente (I Sm. 16.10-12), assim como Judá por príncipe (Gn. 49.10). Devi teve muitos filhos (I Cr. 3.1-9), mas Deus optou por Salomão a fim de que esse sucedesse seu pai no trono de Israel, demonstrando que Ele somente conhece a pessoa certa para o lugar adequado no tempo apropriado (v. 4,5 – ver I Cr 17.12; 22.9; II Sm 7.12-14; 12.24,25 I Rs.1.13). É válido ressaltar que essa não é uma escolha para a salvação, mas para a realização do trabalho que Ele mesmo decretou (v. 6). Aqueles que Deus escolham precisam responder ao chamado de Deus, e principalmente, perseverar em cumprir os mandamentos do Senhor (v. 7 – ver I Rs. 3.14; 9.4). A observância aos mandamentos não deveria ser perseguida apenas pelo rei, mas por todo o povo de Israel a fim de desfrutar das promessas que Deus havia previamente dado a Moisés (Dt. 30.15-20). Os cristãos também precisam estar atentos para a Palavra de Deus, ciente que essa é viva e eficaz e que sonda os corações dos homens (Hb. 4.12,13) e para que, como Israel no Milênio, possamos desfrutar do melhor de Deus (Is. 1.19). O cristão deve levar adiante a mensagem do evangelho de Cristo, começando de casa com os seus filhos (v. 8), pois a Palavra de Deus é a maior herança que um pai pode deixar aos seus filhos.

2. SALOMÃO, O SUCESSOR DE DAVI
Apesar de suas falhas, Davi deixou para a Salomão, seu filho, um grande legado espiritual. O rei de Israel costumava buscar a orientação divina diante das decisões a serem tomadas (I Sm. 23.2; 30.8; II Sm. 2.1). Tomando o exemplo do pai, Salomão, após assumir o trono de Israel, ora ao Senhor, reconhecendo a benevolência de Deus (I Rs. 3.6), agradecendo ao senhor por Sua bondade. Em seguida demonstra humildade, assumindo que diante do Grande Deus de Israel o rei não passava de uma criança (I Rs. 3.7). Por fim, demonstrou disposição para a justiça e para o altruísmo ao pedir a Deus que lhe desse um coração sábio para julgar e discernir entre o bem e o mal (I Rs. 3.9). Salomão conduziu Israel com tamanha sabedoria que sua fama se espalhou pelas nações vizinhas. A rainha de Sabá quis testificar pessoalmente a respeito de tudo que havia ouvido a seu respeito (I Rs. 10.1-13). Enquanto andou nos caminhos do Senhor, Salomão desfrutou da benção da prosperidade. Além de reger a nação com bom senso, tornou-se um pesquisador profícuo e um escritor de reconhecida sabedoria até aos dias atuais. Seguido os passos literários de seu pai, também escreveu seus livros: Cantares (na juventude), Provérbios (na meia-idade) e Eclesiastes (na velhice). Nesse último livro extraímos uma confissão que serve de exemplo para as pessoas de todas as idades a respeito do valor substancial da vida. Assim diz o pregador: “Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau (Ec. 12.13,14). Diferentemente de seu pai Davi, Salomão não teve o mesmo sucesso na escolha de seus sucessos. Após sua morte o reino de Israel dividiu-se e os reis seguintes alternavam-se entre servir ao Senhor e aos deuses pagãos.

3. LÍDERES PREPARAM SUCESSORES
A escolha de sucessores para o ministério é uma missão a ser observada por todo líder que ama a obra do Senhor. Mas essa não é uma tarefa fácil, haja vista que não se trata apenas de apontar uma pessoa, mas de prepará-la, no Senhor, para que essa venha a conduzir o rebanho de Deus com sabedoria. Na Bíblia temos vários exemplos que líderes que fizeram outros líderes, evidentemente debaixo da direção divina. No Novo Testamento Paulo é um modelo de um líder que prepara outros líderes. Paulo preparou, entre outros, o jovem pastor Timóteo para que esse desenvolvesse o ministério (I Tm. 1.18,19; 3.1; 4.12). Mas Timóteo também precisava fazer sua parte: exercitar-se na piedade, dá exemplo aos crentes na maneira de falar, na vida, no amor cristão, na fé e na pureza, evitar ser alvo de críticas, sabendo governar bem sua própria casa, evitar conversas profanas e não se deixar levar por discussões tolas, nem pela maledicência, não repreender um homem mais idoso, mas respeita-lo como pai. No Antigo Testamento Moisés também nos deixou o exemplo de sucessão na liderança. Antes de partir tratou de dar as devidas instruções para que Josué servisse ao Senhor e ao povo de Israel com responsabilidade e sabedoria.

CONCLUSÃO
O líder chamado por Deus deve estar ciente da necessidade de fazer sucessores para a obra de Deus. Para tanto, deve tomar consciência dos talentos e habilidades das pessoas, aceitar as diferenças como parte da constituição das pessoas, auxiliar as pessoas para ajustar suas diferenças, mostrar que tem interesse não apenas pelo que as pessoas fazem, mas pelo que elas são, expressar apreciação pelo trabalho desempenhado, reconhecer que o desenvolvimento das pessoas que o cercam contribuem também para seu crescimento e ajudar as pessoas a desenvolverem os alvos e a tomar decisões.

BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.

fonte:www.subsidioebd.blogspot.com

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Subsídio da Lição 11 da Escola Dominical (Cpad)

DAVI E A RESTAURAÇÃO DO CULTO A JEOVÁ
Texto Áureo: I Co. 6.29 - Leitura Bíblica em Classe: I Cr. 16.7-14


Objetivo: Mostrar que a essência do verdadeiro culto a Deus é a adoração, portanto, Ele procura adoradores que O adorem em espírito e em verdade.

INTRODUÇÃO
Davi, o homem segundo o coração de Deus, não se apartava da adoração ao Senhor. Basta ler alguns dos salmos para perceber o quanto o coração de Davi esta direcionado para Deus. Como adorador Davi se preocupou em restaurar o culto, a fim de que o Deus de Israel fosse adorado. Na lição de hoje estudaremos a respeito do culto a Deus, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.

1. DAVI REESTABELECE O CULTO
Davi não recebeu a permissão do Senhor para construir o templo. Apesar disso, ele não deixou de cultuar e muito menos de dirigir o povo israelita para a adoração ao Senhor. A alegria maior do rei de Israel repousava na certeza de que seus pecados haviam sido perdoados e que sua oferta havia sido aceita por Deus (I Cr. 21.26). Depois disso, o rei recebeu a instrução do Senhor com relação ao local que o templo deveria ser erigido. E, nesse período, conforme defendem alguns estudiosos, Davi teria composto o Salmo 30. Outro Salmo composto por Davi se encontra em I Cr. 16.7-14 por meio do qual o mavioso poeta glorifica os feitos do Deus de Israel. Neste o salmista convoca o povo a render graças ao Senhor, a invocar o Seu santo nome e a proclamar a Sua grandeza entre os povos (v. 8). A tributar louvores ao Seu nome, ressaltando Suas maravilhas (v. 9). A alegrar os corações em cânticos de adoração, buscando o Senhor (v. 10). E para não esquecer dos Seus atos, recomenda lembrar tudo o que Deus proveu ao Seu povo (v. 12). Lembra também que Deus, além de fazer maravilhas (v. 13) também exerce justiça (v. 14). E que por meio da Sua palavra podemos ter certeza que Ele realizará o que prometeu (v. 15) aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó (v. 16). A partir do canto de Davi, aprendemos que o culto deve ser centrado em Deus, não no homem, como, infelizmente, testemunhamos em muitas igrejas evangélicas atuais.

2. O CULTO NO ANTIGO TESTAMENTO
A noção de “cultuar” a Deus no sentido de adoração em submissão obediente é tema recorrente no Antigo Testamento (Gn. 27.29; Ex. 3.12; 10.7; Dt. 10.12; Js. 24.15; I sm. 12.14; Jr. 30.9). O conceito de culto a Deus também está atrelado ao de serviço, essa idéia é preservada no uso da palavra “service” em inglês para culto (Dt. 6.13; Js. 22.5; Sl. 60.12). Em hebraico, o verbo é abad cujo sentido é justamente o de “servir”. A variação abodah também remete a serviço no contexto da adoração ritual associada ao tabernáculo e ao templo (Ex. 35.21/; 36.1; Nm. 3.7; 4.19; Js. 22.27; I Cr. 9.13; 23.24; Ez. 44.14; Ed. 8.20).

3. O CULTO NO NOVO TESTAMENTO
No Novo Testamento existem várias palavras para “culto”. Latreuo é um verbo grego usado para se referir à adoração a Deus (Mt. 4.10; Lc. 1.74; At. 26.7; Rm. 1.9; Fp. 3.3; II Tm. 1.3; Hb. 9.14; 12.28) que envolve também o culto no templo (At. 7.42; Rm. 1.25). Em Rm. 12.1 o termo é usado por Paulo para exortas os leitores da epístola a apresentarem-se como sacrifício a Deus como expressão do cultor racional. Em Jo. 4.24, ao ser indagado pela samaritana em relação ao lugar próprio da adoração, Jesus respondeu-lhe que Deus busca adoradores para si, mas esses não estão presos a um lugar, mas a uma disposição espiritual. Por isso, os adoradores que Deus busca para si o fazem em Espírito e Verdade. A adoração que segue esse princípio cristão está fundamentada na convicção que Deus é Espírito, portanto, aqueles que O adoram não podem associa-lo ao visível e confundi-lo com a criação humana, o que constituiria idolatria. A adoração em verdade leva em conta Jesus Cristo que é a Verdade (Jo. 14.6). O culto a Deus deve levar em consideração a revelação dAquele que se fez carne (Jo. 1.1,14). Como Ele mesmo afirmou, ninguém pode chegar ao Pai a menos que siga por Ele que é o Caminho. O culto cristão, por excelência, precisa ser cristocêntrico.

CONCLUSÃO
O culto a Deus, em conformidade com o princípio bíblico, não está restrito apenas a algumas horas semanais que o cristão passa no templo. Cultuar ao Senhor é um estilo de vida, uma disposição existencial. A adoração, em Espírito e em Verdade, envolve o ser na sua integralidade em todas as circunstâncias. Partindo de tal princípio, os momentos congregacionais no Templo têm o devido espaço na adoração, mas deve ser apenas uma extensão de uma vida totalmente consagrada ao Senhor.

BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Subsídio da Lição 10 da Escola Dominical (Cpad)

DAVI E O PREÇO DA NEGLIGÊNCIA NA FAMÍLIA
Texto Áureo: I Tm. 3.4 - Leitura Bíblica em Classe: II Sm. 13.2,5,10-12,14,15


Objetivo: Mostrar que não adianta termos êxito em tudo se a nossa família é uma prova do nosso fracasso.

INTRODUÇÃO
Numa sociedade marcada pela competitividade, o sucesso pessoal, na maioria das vezes, é colocado como meta a ser alcançada a qualquer preço. Mas essa não é uma prerrogativa dos dias atuais. Davi, no tempo em que viveu, usufruiu de bom êxito em seus projetos, por outro lado, sua família entrou em decadência. A derrocada da sua família será o tema da lição de hoje. Destacaremos, a princípio, a situação familiar de Davi, em seguida, trataremos a respeito dos problemas familiares que enfrentou, e ao final, apontaremos algumas perspectivas cristãs para a família.

1. A FAMÍLIA DE DAVI
Davi conseguiu ter bom êxito em praticamente tudo o que fez, exceto na edificação da sua família. No capítulo 13 de I Samuel, lemos a respeito do caso de estupro de Tamar, que fora violentada por Amnom. Essa, na verdade, era meia-irmã de Amnom, e irmã total de Absalão. Aquele, a fim de coabitar com sua meia-irmã, finge estar doente, e pede que seja por ela alimentado. Após violentar sua meia-irmã, Amnon, a rejeita e o “amor” que por ela sentia se transformou em ódio (v. 15). O fato de ter sido abusada sexualmente por Amnon encheu o coração de Tamar de tristeza. Absalão, ao perceber o que havia acontecido, resolveu ordenar o assassinato do seu meio-irmão Amnom (v. 24-29). Como Davi havia perdido o controle sobre os seus filhos, haja vista esses terem deixado a capital, não houve outra saída senão prantear prostrado pelo ocorrido. No capítulo 15, Absalão se revolta contra Davi, seu pai. O contexto da Escritura nos revela algum ressentimento desse filho do rei, certamente por causa da falta de atitude em relação ao estupro da sua irmã. As pessoas ressentidas tendem a fazer oposição àquelas que julgam as ter ofendido. Absalão planejou, ao longo de quatro anos (I Sm. 15.7,8), um esquema para usurpar o trono de seu pai, assumindo o controle total da situação (v. 10,11). Errante, por causa da perseguição do filho, Davi perdeu o comando do rei e da própria vida. Mas suas angústias paternas ainda não tinham chegado ao fim. Absalão, após ficar dependurado numa árvore, fique à mercê dos soldados de Davi, foi morto. Ao receber mais essa notícia Davi entra nos seus aposentos para chorar a morte do filho (I Sm. 18.31-33). O lamento reservado do rei revelou sua consciência da falta de direcionamento familiar. O casamento com várias mulheres, os filhos que não se toleravam, resultaram em tragédia para a família de Davi.

2. OS PROBLEMAS FAMILIARES DE DAVI
O Senhor havia dito a Davi, por intermédio do profeta Nata, que por causa do seu pecado, a espada jamais se apartaria da sua casa (II Sm. 12.10-11). Essa profecia se cumpriu cabalmente na família do rei de Israel, demonstração contundente da lei da semeadura (Gl. 6.7-8). É digno de destaque que Deus perdoa os pecados, mas essa não prática não deva ser estimulada. Há inclusive quem peque antecipando a promessa do perdão de I João 1.9. Mas o fato de Deus perdoar os pecados não implica necessariamente que ele reverterá as conseqüências. Os problemas familiares começaram a se acumular na vida de Davi: seu filho Absalão coabitou com as esposas de seu pai (II Sm. 12.11; 16.21-22), ele perde o filho decorrente do relacionamento com Bate-Seba (II Sm. 12.15,18), Amnom estrupra sua irmã Tamar (II Sm. 13.1,2), presenciou o ódio intenso entre os seus filhos (II Sm.13.21,27), é obrigado a conviver com a ameaça do próprio filho (II Sm. 14.28), e dele começa a fugir, abdicando do trono (II Sm. 15.14). A atitude dos filhos de Davi refletem os valores que ele mesmo defendia. Ele se deixou levar pelas paixões carnais, por isso, como seu pai Davi, Amnom entregou-se ao desejo sexual (II Sm. 13.1). Amnom não conseguia olhar para a Tamar com respeito, antes, como fez Davi com Bate-Sabe, a transformou em objeto da sua concupiscência. A cultura daquele tempo, bem como a dos dias atuais, é pautada no sexo fácil, na satisfação imediata, em atitudes irresponsáveis. Os sentimentos do outro não são levados em conta. As pessoas não mais falam em amor, na verdade, dizem que “fazem amor”, e, para tanto, agem egoisticamente, sem medir as conseqüências. Não poucas vezes utilizam as pessoas como se fossem copos descartáveis. Davi também demonstrou ser condescendente com as atitudes erronias dos filhos. Ao invés de tomar posição, o rei não se posicionou em relação ao incesto (Lv. 20.17) de Amnom, acentuando a ira de Absalão. Alguns psicólogos modernos defendem esse tipo de omissão paterna. O resultado dessa conivência, no entanto, já começa a ser percebido na sociedade. Filhos rebeldes que não atentam para a autoridade e que se acham donos do mundo.

3. FAMÍLIA: UMA ABORDAGEM CRISTÃ
A família é a célula mãe da sociedade, assim, se tivermos famílias bem estruturadas, também teremos sociedades solidificadas. A família cristã é aquela que reconhece Deus como o mentor de toda e qualquer decisão. Ele é a cabeça, protetor, guia e instrutor da família, e esta se pauta pela Sua palavra, não pelas tendências humanas. Uma abordagem cristã em relação à família consideração as instruções de Cristo e dos apóstolos. Jesus apelou para a criação como fundamento para a organização monogâmica da família (Mt. 5.27-32; 18.19,20). Deu o devido lugar às crianças, apontando-as como exemplo de simplicidade (Mt. 19.13-15). Alguns milagres do Senhor foram realizados em contextos familiares (Mt. 8.1-15; 9.18-26; 15.21-28; Jô. 2.1-11; 4.46-54; 7.11-17; 11.1-46; 21.6-11). Vários textos dos apóstolos referendam o posicionamento de Jesus quanto ao valor da família. Paulo dedica todo o capítulo 7 da I Epístola aos Coríntios a fim de demarcar o posicionamento cristão na família. Outras passagens podem ser destacadas: II Co. 6.14; Ef. 5.22; Clk. 3.18; I tm. 5.8; I Pe. 3.1-7. Em suma, os textos do Novo Testamento sobre a família resguardam o ato sexual para o casamento, determina o homem como o cabeça da mulher, que as relações devam ser contraídas dentro do convívio cristão, e o marido deve amar a esposa como Cristo amou a igreja, mas a esposa deve ser submissa em amor a esse. Os filhos devem obedecer aos pais para que tenham muitos anos de vida sobre a terra, mas os pais, por outro lado, não deve favorecer à irritação dos filhos.

CONCLUSÃO
Davi teve tudo o que desejou na vida, mas, em certas circunstâncias, colocou seus desejos acima dos interesses da família. Como resultado, precisou conviver com uma série de desavenças familiares. Sua conivência, e talvez falta de autoridade para repreender o pecado dos filhos, levou sua família à destruição. Que Deus preserva nossas famílias, que não sejamos levados pela ganância, que a busca desenfreada pelo sucesso não nos distancie de Deus. De nada adiantar ocupar o trono de Israel e não ser capaz de governar sua própria casa.

BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.
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