sexta-feira, 10 de junho de 2011

Subídio de lição 11 da EBD (Pentecostalismo)

UMA IGREJA AUTENTICAMENTE PENTECOSTAL
Texto Áureo: Mt. 28.19 – Leitura Bíblica: Mc. 16.15; At. 2.42-47


Objetivo: Mostrar aos alunos que uma igreja autenticamente pentecostal proclama que Jesus salva, cura, batiza no Espírito Santo e voltará em breve.

INTRODUÇÃO
Ao longo da sua história, a Assembléia de Deus assumiu o quadrilátero pentecostal, isto é: Jesus salva, cura, batiza no Espírito Santo e voltará em breve. Essa mensagem cristocêntrica precisa continuar sendo o fundamento da expressão genuinamente pentecostal. Na aula de hoje, atentaremos para cada um desses quatro aspectos doutrinários, ressaltando a necessidade de considerá-los continuamente nos dias atuais.

1. JESUS SALVA
Jesus é o Salvador, essa é uma mensagem que a igreja não pode fazer concessão. Por causa do pecado, a humanidade caminha para a perdição, distanciada de Deus (Rm. 3.23), já que o salário do pecado é a morte (Rm. 6.23). Nada há que possa ser feito em termos humanos para que se obtenha a salvação, as obras não podem justificar o ser humano diante de Deus (Ef. 2.8,9), depois da morte segue-se a juízo (Hb. 9.27). A salvação é uma provisão divina, pela graça, por meio da fé, não vem das obras para que ninguém se glorie. A religião humana, ao invés de prover salvação, distancia as pessoas de Deus, haja vista sua tendência para considerar os méritos como condição para a salvação. Jesus é o Único Caminho que leva o ser humano para Deus (Jo. 14.6). Em nenhum outro nome há salvação, seja no céu ou na terra, a não ser no nome de Jesus Cristo (At. 4.12). Ele é o Único Mediador entre Deus e os homens (I Tm. 2.5). A salvação é um projeto de Deus, a fim de que todo aquele que crer em Jesus não pereça, não seja condenado, mas tenha a vida eterna (Jo. 3.16). para tanto, a condição é acreditar, ter fé, pois com a boca se confessa a respeito da salvação (Rm. 10.9,10). Uma igreja autenticamente pentecostal proclama a mensagem da salvação, é uma igreja eminentemente missionária, que, no poder do Espírito Santo, testemunha com ousadia a respeito da mensagem da cruz, loucura para os que perecem, mas para nós que somos salvos, o poder de Deus (I Co. 1.18).

2. JESUS CURA
Uma igreja autenticamente pentecostal acredita no poder de Deus para curar. Não desprezamos a atuação dos médicos, já que o próprio Jesus destacou que são os doentes que deles precisam (Mt. 9.12). Mas acreditamos que Jesus pode, soberanamente, curar os enfermos, o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele e sobre as Suas pisaduras somos sarados (Is. 53.4,5). O Jesus que curou nos tempos dos Evangelhos é o mesmo: ontem, hoje e o será eternamente (Hb. 13.9). Ele tem todo poder e autoridade, por isso, os enfermos podem se achegar até Ele, clamando por cura, os mensageiros da boa nova de Deus também podem e devem orar para que os doentes recebam a cura (Mc. 16.18). Os apóstolos foram instrumentos de Cristo para a realização de curas milagrosas, por meio da autoridade de Jesus, e sob o poder do Espírito Santo, pessoas enfermas foram restauradas, um exemplo se encontra em At. 4. A mensagem da cura divina e a disposição ministerial para orar pelos enfermos sempre foi uma marca das igrejas pentecostais. Toda igreja que se diga autenticamente pentecostal não pode desprezar essa missão. Evidentemente nem todos serão curados, mas não compete à igreja especular a respeito das razões pelas quais alguém deixa de receber o milagre. Orar pelos enfermos, clamando em submissão a Deus, no nome de Jesus, é uma observância necessária a toda igreja autenticamente pentecostal.

3. JESUS BATIZA NO ESPÍRITO SANTO
Jesus é Aquele a respeito do qual João Batista profetizou, dizendo que viria um após ele que batizaria com o Espírito Santo (Mt. 3.11). O batismo no Espírito Santo é uma das doutrinas fundamentais da fé pentecostal. A orientação de Jesus é que seus seguidores fizessem discípulos (Mt. 28.19) em todas as etnias (Mc. 16.15). Para tanto, deveriam aguardar em Jerusalém, até que do alto fossem revestidos de poder (Lc. 24.49). Antes de subir ao céu, Jesus declarou aos seus discípulos que eles receberiam o poder do Espírito Santo para que fossem testemunhas, não apenas em Jerusalém, mas em toda Judéia, Samaria e até os confins da terra. O objetivo central do Batismo no Espírito Santo é a evangelização, o desenvolvimento da obra missionária. A evidência física inicial do Batismo no Espírito, conforme aconteceu em At. 2, é a glossolalia, isto é, o ato de falar em línguas. A experiência do Batismo no Espírito Santo deva ser diferenciada do novo nascimento. Essa última ocorre no momento em que a pessoa recebe a Cristo como salvador e passa a fazer parte do Corpo de Cristo. A primeira é uma operação subseqüente, resultante de uma disposição para testemunhar com ousadia a respeito da mensagem salvadora de Jesus Cristo (At. 1.8). Toda igreja autenticamente pentecostal instrui seus membros a buscarem o batismo no Espírito Santo, a serem missionários da mensagem de salvação.

4. JESUS VOLTARÁ
Essa é a esperança da igreja de Jesus Cristo, já que Ele mesmo prometeu que voltaria para levar a Sua igreja para permanecer junto dEle (Jo. 14.1). A igreja cristã não pode perder essa mensagem de vista, pois essa é sua maior expectação, a redenção do corpo, o momento em que o que é corruptível se revestirá da incorruptibilidade, que a morte será tragada na vitória (I Co. 15). O apóstolo Paulo escreveu a I Epístola aos Tessalonicenses para tratar a respeito desse assunto. Ele ensina que um dia a trombeta soará, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, os vivos serão transformados, essa é uma mensagem consoladora, pois tira o foco do desespero da morte, comum naqueles dias e também nos dias atuais (I Ts. 4.13-17). Toda igreja autenticamente pentecostal não vive sob a égide do desespero, os crentes não temem a morte, sabem que essa é apenas uma partida para estar com Cristo, o que é consideravelmente melhor (Fp.1.24). Essa esperança não deva ser motivo para a inércia, antes um estímulo para que quando Ele voltar sejamos encontrados na labuta, desenvolvendo os talentos que Ele nos confiou. Os crentes pentecostais precisam buscar mais as coisas do alto (Cl. 3.1), valorizarem menos os bens terrenos, entesourarem mais no céu, onde o ladrão não rouba e a traça não corrói (Mt. 6.20). Uma igreja autenticamente pentecostal não marca datas para a volta de Cristo, pois sabe que a qualquer momento a trombeta soará, por esse motivo, enquanto O aguarda, leva adiante a mensagem do reino de Deus (At. 1.11).

CONCLUSÃO
A mensagem quadrangular, de que Cristo salva, cura, batiza no Espírito Santo e voltará para arrebatar a Sua igreja, deva continuar sendo o mote da Assembléia de Deus. Se quisermos ser uma igreja autenticamente pentecostal, não devemos barganhar em relação a esses princípios. Somente Jesus salva o pecador, Ele continua o mesmo, por isso pode curar, de acordo com Sua soberana vontade, e, por fim, voltará para levar a Sua igreja para junto dEle, seja por meio do arrebatamento ou da ressurreição dos mortos.

BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, C. C. de. As verdades centrais da fé cristã. Rio de Janeiro. CPAD, 2006.
HORTON, S. M. Teologia sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

Subídio de lição 11 da EBD (Pentecostalismo)

UMA IGREJA AUTENTICAMENTE PENTECOSTAL
Texto Áureo: Mt. 28.19 – Leitura Bíblica: Mc. 16.15; At. 2.42-47

Pb. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

Objetivo: Mostrar aos alunos que uma igreja autenticamente pentecostal proclama que Jesus salva, cura, batiza no Espírito Santo e voltará em breve.

INTRODUÇÃO
Ao longo da sua história, a Assembléia de Deus assumiu o quadrilátero pentecostal, isto é: Jesus salva, cura, batiza no Espírito Santo e voltará em breve. Essa mensagem cristocêntrica precisa continuar sendo o fundamento da expressão genuinamente pentecostal. Na aula de hoje, atentaremos para cada um desses quatro aspectos doutrinários, ressaltando a necessidade de considerá-los continuamente nos dias atuais.

1. JESUS SALVA
Jesus é o Salvador, essa é uma mensagem que a igreja não pode fazer concessão. Por causa do pecado, a humanidade caminha para a perdição, distanciada de Deus (Rm. 3.23), já que o salário do pecado é a morte (Rm. 6.23). Nada há que possa ser feito em termos humanos para que se obtenha a salvação, as obras não podem justificar o ser humano diante de Deus (Ef. 2.8,9), depois da morte segue-se a juízo (Hb. 9.27). A salvação é uma provisão divina, pela graça, por meio da fé, não vem das obras para que ninguém se glorie. A religião humana, ao invés de prover salvação, distancia as pessoas de Deus, haja vista sua tendência para considerar os méritos como condição para a salvação. Jesus é o Único Caminho que leva o ser humano para Deus (Jo. 14.6). Em nenhum outro nome há salvação, seja no céu ou na terra, a não ser no nome de Jesus Cristo (At. 4.12). Ele é o Único Mediador entre Deus e os homens (I Tm. 2.5). A salvação é um projeto de Deus, a fim de que todo aquele que crer em Jesus não pereça, não seja condenado, mas tenha a vida eterna (Jo. 3.16). para tanto, a condição é acreditar, ter fé, pois com a boca se confessa a respeito da salvação (Rm. 10.9,10). Uma igreja autenticamente pentecostal proclama a mensagem da salvação, é uma igreja eminentemente missionária, que, no poder do Espírito Santo, testemunha com ousadia a respeito da mensagem da cruz, loucura para os que perecem, mas para nós que somos salvos, o poder de Deus (I Co. 1.18).

2. JESUS CURA
Uma igreja autenticamente pentecostal acredita no poder de Deus para curar. Não desprezamos a atuação dos médicos, já que o próprio Jesus destacou que são os doentes que deles precisam (Mt. 9.12). Mas acreditamos que Jesus pode, soberanamente, curar os enfermos, o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele e sobre as Suas pisaduras somos sarados (Is. 53.4,5). O Jesus que curou nos tempos dos Evangelhos é o mesmo: ontem, hoje e o será eternamente (Hb. 13.9). Ele tem todo poder e autoridade, por isso, os enfermos podem se achegar até Ele, clamando por cura, os mensageiros da boa nova de Deus também podem e devem orar para que os doentes recebam a cura (Mc. 16.18). Os apóstolos foram instrumentos de Cristo para a realização de curas milagrosas, por meio da autoridade de Jesus, e sob o poder do Espírito Santo, pessoas enfermas foram restauradas, um exemplo se encontra em At. 4. A mensagem da cura divina e a disposição ministerial para orar pelos enfermos sempre foi uma marca das igrejas pentecostais. Toda igreja que se diga autenticamente pentecostal não pode desprezar essa missão. Evidentemente nem todos serão curados, mas não compete à igreja especular a respeito das razões pelas quais alguém deixa de receber o milagre. Orar pelos enfermos, clamando em submissão a Deus, no nome de Jesus, é uma observância necessária a toda igreja autenticamente pentecostal.

3. JESUS BATIZA NO ESPÍRITO SANTO
Jesus é Aquele a respeito do qual João Batista profetizou, dizendo que viria um após ele que batizaria com o Espírito Santo (Mt. 3.11). O batismo no Espírito Santo é uma das doutrinas fundamentais da fé pentecostal. A orientação de Jesus é que seus seguidores fizessem discípulos (Mt. 28.19) em todas as etnias (Mc. 16.15). Para tanto, deveriam aguardar em Jerusalém, até que do alto fossem revestidos de poder (Lc. 24.49). Antes de subir ao céu, Jesus declarou aos seus discípulos que eles receberiam o poder do Espírito Santo para que fossem testemunhas, não apenas em Jerusalém, mas em toda Judéia, Samaria e até os confins da terra. O objetivo central do Batismo no Espírito Santo é a evangelização, o desenvolvimento da obra missionária. A evidência física inicial do Batismo no Espírito, conforme aconteceu em At. 2, é a glossolalia, isto é, o ato de falar em línguas. A experiência do Batismo no Espírito Santo deva ser diferenciada do novo nascimento. Essa última ocorre no momento em que a pessoa recebe a Cristo como salvador e passa a fazer parte do Corpo de Cristo. A primeira é uma operação subseqüente, resultante de uma disposição para testemunhar com ousadia a respeito da mensagem salvadora de Jesus Cristo (At. 1.8). Toda igreja autenticamente pentecostal instrui seus membros a buscarem o batismo no Espírito Santo, a serem missionários da mensagem de salvação.

4. JESUS VOLTARÁ
Essa é a esperança da igreja de Jesus Cristo, já que Ele mesmo prometeu que voltaria para levar a Sua igreja para permanecer junto dEle (Jo. 14.1). A igreja cristã não pode perder essa mensagem de vista, pois essa é sua maior expectação, a redenção do corpo, o momento em que o que é corruptível se revestirá da incorruptibilidade, que a morte será tragada na vitória (I Co. 15). O apóstolo Paulo escreveu a I Epístola aos Tessalonicenses para tratar a respeito desse assunto. Ele ensina que um dia a trombeta soará, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, os vivos serão transformados, essa é uma mensagem consoladora, pois tira o foco do desespero da morte, comum naqueles dias e também nos dias atuais (I Ts. 4.13-17). Toda igreja autenticamente pentecostal não vive sob a égide do desespero, os crentes não temem a morte, sabem que essa é apenas uma partida para estar com Cristo, o que é consideravelmente melhor (Fp.1.24). Essa esperança não deva ser motivo para a inércia, antes um estímulo para que quando Ele voltar sejamos encontrados na labuta, desenvolvendo os talentos que Ele nos confiou. Os crentes pentecostais precisam buscar mais as coisas do alto (Cl. 3.1), valorizarem menos os bens terrenos, entesourarem mais no céu, onde o ladrão não rouba e a traça não corrói (Mt. 6.20). Uma igreja autenticamente pentecostal não marca datas para a volta de Cristo, pois sabe que a qualquer momento a trombeta soará, por esse motivo, enquanto O aguarda, leva adiante a mensagem do reino de Deus (At. 1.11).

CONCLUSÃO
A mensagem quadrangular, de que Cristo salva, cura, batiza no Espírito Santo e voltará para arrebatar a Sua igreja, deva continuar sendo o mote da Assembléia de Deus. Se quisermos ser uma igreja autenticamente pentecostal, não devemos barganhar em relação a esses princípios. Somente Jesus salva o pecador, Ele continua o mesmo, por isso pode curar, de acordo com Sua soberana vontade, e, por fim, voltará para levar a Sua igreja para junto dEle, seja por meio do arrebatamento ou da ressurreição dos mortos.

BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, C. C. de. As verdades centrais da fé cristã. Rio de Janeiro. CPAD, 2006.
HORTON, S. M. Teologia sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

sábado, 4 de junho de 2011

Subídio de lição 10 da EBD (Pentecostalismo)

ASSEMBLÉIA DE DEUS: 100 ANOS DE PENTECOSTES
Texto Áureo: Mt. 3.11 – Leitura Bíblica: At.2.1-4;4,7.



INTRODUÇÃO
100 Anos de Pentecostes, neste mês, a Assembléia de Deus no Brasil, alcança essa marca histórica. Na aula de hoje estudaremos a respeito da trajetória dessa igreja que, pelo poder do Espírito Santo, foi constituída a maior denominação evangélica do país. Inicialmente, destacaremos os seus primórdios, em seguida, o avanço significativo nas décadas seguintes, e por fim, seu desenvolvimento nos dias atuais.

1. OS PRIMÓRDIOS DA ASSEMBLÉIA DE DEUS
Em 1910, em plena efervescência do movimento pentecostal na cidade de Chicago, um jovem pastor batista sueco, chamado Gunnar Vingren, atraído pelo poder do Espírito Santo, se dirigiu àquela cidade a fim de atestar a veracidade dos fatos noticiados pela imprensa. Em 1909, após ter concluído o Seminário Teológico de Chicago, pastoreou a Primeira Igreja Batista de Menominee, em Michigan. Em uma das reuniões pentecostais, uma irmã profetizou para o jovem pastor que ele somente seria enviado para a obra missionária depois de ter sido batizado no Espírito Santo. Após ter recebido o poder do alto, Vingren retornou à sua Igreja e passou a ensinar a mensagem pentecostal, mas alguns irmãos da congregação não aceitaram aquela doutrina, recusando-o como pastor. Dias depois, em uma reunião de oração, o Espírito Santo falou-lhe através do irmão Adolfo Uldin que deveria ir ao Pará. Naquela ocasião Vingren encontrou Daniel Berg e juntos foram a uma biblioteca para consultar mapas e verificaram que o lugar profetizado localizava-se no Norte do Brasil. Antes de viajarem, Vingren, que dispunha de apenas 90 dólares, doou aquela quantia para um jornal pentecostal e partiu confiante em Deus. Em Nova Iorque, encontraram um irmão que se dirigia ao correio com uma carta, contendo justamente 90 dólares, e entregou o envelope ao irmão Vingren, comovidos eles agradeceram ao Senhor pela providência. Eles compreenderam que o Senhor estava com eles, e nessa fé, partiram de Nova Iorque em 5 de novembro de 1910, chegando ao Brasil no dia 19 do mesmo mês. Em Belém, foram direcionados a um pastor batista, que os recebeu e permitiu que eles fixassem residência no porão do templo. Daniel Berg começou a trabalhar para pagar as aulas de português de Gunnar Vingren, e este, ensinava a Daniel o que aprendia. Tão logo os missionários começaram a pregar a fé pentecostal, Jesus começou a batizar no Espírito Santo, a primeira irmã a recebê-lo foi Celina Albuquerque, outros crentes também passaram a defender a doutrina, incomodando a liderança da Igreja Batista de Belém. Após serem expulsos daquela igreja, fundaram, em 18 de junho de 1911, a Missão da Fé Apostólica, que viria a se chamar, em 1918, Assembléia de Deus.

2. O CRESCIMENTO DA ASSEMBLÉIA DE DEUS
A expansão da Assembléia de Deus se deu do Norte para o Nordeste e em pouco tempo alcançou o sul e o sudeste do pais. Isso porque os imigrantes nordestinos haviam deixado sua terra, devido à seca, e seguiram em direção ao Norte, em busca de melhorias de vida, impulsionados pela cultura da borracha, que posteriormente entraria em crise. Muitos desses nordestinos não conseguiram o bem-estar financeiro que almejavam, mas foram tocados pela mensagem do evangelho de Cristo e pelo poder do Espírito Santo, e retornando aos seus estados, difundiram-na nos rincões por onde passavam. Em fevereiro de 1910, Absalão Piano é consagrado pastor, se tornando, assim, o primeiro pastor brasileiro das Assembléias de Deus. Mais missionários vieram para o Brasil, em 1914 Otto e Adina Nelson, procedentes da Suécia. Em 1916, chegaram a Belém do Pará, o pastor Samuel Nyström e sua esposa Lina, vindos da Suécia, via Estados Unidos. Em 16 de outubro de 1917, Gunnar Vingren casou-se com Frida Strandberg, cumprindo-se a profecia do irmão Adolfo Uldin, de que ele se casaria com uma jovem com esse nome. Frida Vingren foi um baluarte da fé pentecostal no Brasil, em virtude das doenças do marido, essa obreira incansável empreendeu todos os esforços para a edificação da igreja. Além de compor belos hinos que fazem parte da Harpa Cristã, tinha considerável formação bíblico-teológica, escrevendo artigos para os periódicos pentecostais e lições para o ensino dominical na igreja. A Assembléia de Deus, por aquele tempo, era um movimento menos institucionalizado, isso porque o pentecostalismo sempre foi marginalizado. Na Suécia, as igrejas estatais não admitiam aquele tipo de doutrina, por isso, a tendência dos missionários era adotar no Brasil o sistema de igreja livres, semelhantes àquelas existentes no país deles. A institucionalização da igreja consolidou-se em 1930, quando, em Natal (RN), aconteceu a Primeira Convenção da Assembléia de Deus, cujo objetivo central foi o recebimento dos brasileiros, mas especificamente dos nordestinos, da liderança da igreja, até então conduzida pelos missionários suecos. Dentre os pontos discutidos nessa convenção estavam: a observância dos usos e costumes, a questão da ordenação feminina e a oposição aos seminários teológicos. Esses assuntos estavam em evidência por causa da influência que a Assembléia de Deus dos Estados Unidos, que se mostrava bastante flexível em relação a esses posicionamentos. Ao longo da sua história, a Assembléia de Deus no Brasil, tem se demonstrado mais aberta em relação a alguns desses princípios. A existência da Faculdade da Assembléia de Deus – FAECAD – é uma demonstração de ruptura e de ênfase no ensino bíblico-teológico, bem como a difusão do evangelho através de um programa de TV: Movimento Pentecostal, já que outrora era proibido que os crentes ouvissem rádio e vissem televisão.

3. A ASSEMBLÉIA DE DEUS NOS DIAS ATUAIS
Nesses últimos anos a Assembléia de Deus no Brasil experimentou um avanço extraordinário. Estima-se que atualmente existam mais de 20 milhões de fiéis espalhados por todo o Brasil, representado aproximadamente 40% dos evangélicos, mais de 30 mil pastores, mais de seis mil igrejas-sede, mais de dois mil missionários, milhares de obreiros e mais de 100 mil cultos nos mais de cinco mil municípios brasileiros. Essa expansão possibilitou uma série de vantagens, principalmente no contexto social. A Assembléia de Deus deixou de ser um movimento evangélico marginalizado e passou a gozar de prestígio perante a sociedade, principalmente entre os políticos que querem angariar votos entre os fiéis. A própria igreja, que outrora se posicionava contra o envolvimento dos cristãos na política, passou a investir nessa área, elegendo, a cada pleito, um número representativo de evangélicos, inclusive pastores, para o executivo e o legislativo. Os primeiros crentes eram pessoas simples que não gozavam de condição financeira favorável e tinham pouca instrução estudantil. Esse quadro atualmente é diferenciado, pois existem pessoas hoje na Assembléia de Deus com considerável saber acadêmico, além de empresários bem-sucedidos, considerando que a Associação dos Homens de Negócio do Evangelho Pleno – ADHONEP é uma idealização dessa denominação. A Convenção Geral das Assembléias de Deus (CGADB), criada inicialmente em 1930, foi registrada em 1946, pelo missionário Samuel Nyström e o Pr. Cícero Canuto. Esse órgão assembleiano surgiu com o objetivo de estabelecer um espaço de discussão e direcionar o crescimento da denominação. Em 1989 ocorreu a primeira dissidência na CGADB quando surgiu a Convenção Nacional de Ministros da Assembléia de Deus Madureira. O atual presidente da CGADB é o Pr. José Wellington Bezerra da Costa, que tem dirigido essa convenção desde 1988, após a morte do Pr. Alcebíades Pereira de Vasconcelos. Ligada à CGADB está a Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD), que tem experimentado um crescimento considerável nesses últimos anos, publicando Bíblias, periódicos e obras clássicas da teologia evangélica, sendo gerenciada por Ronaldo Rodrigues. Uma das suas principais publicações é a Bíblia de Estudo Pentecostal, com notas de Donald Stamps e cuja tradução foi supervisionada por um dos expoentes da teologia pentecostal brasileira, o Pr. Antonio Gilberto.

CONCLUSÃO
A Igreja que cresce sempre enfrenta desafios, assim aconteceu com a Igreja em Jerusalém, o mesmo tem ocorrido com a Assembléia de Deus. Há muito para celebrar, podemos dizer como o salmista: “grandes coisas fez o Senhor por nós, por isso estamos alegres” (Sl. 126.4). No entanto, não podemos desconsiderar os riscos que enfrentamos para os próximos anos, enquanto aguardamos a vinda de Jesus. Dentre eles destacamos: a confusão na relação igreja-estado, a secularização da teologia da prosperidade, o exagero na institucionalização, a formação de novos líderes, o formalismo litúrgico e a política eclesiástica, essa última tem causado fortes disputas internas por cargos eletivos. Esses desafios não tiram o brilho do Centenário, mas nos levam a refletir sobre o futuro da igreja, a ponderar a respeito de onde viemos, onde estamos e aonde iremos, sem esquecer, principalmente, que o Senhor Jesus é o Senhor da Igreja e que o Espírito Santo sopra aonde quer, por isso, precisamos estar atentos para ouvir a Sua voz.

BIBLIOGRAFIA
ALENCAR, G. Assembléias de Deus. São Paulo: Arte Editorial, 2010.
ARAÚJO, I. Dicionário do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

Autor: Pb. José Roberto A. Barbosa
Fonte:http://www.subsidioebd.blogspot.com/

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