sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Subsídio da Lição 11 da Escola Dominical (Cpad)

DAVI E A RESTAURAÇÃO DO CULTO A JEOVÁ
Texto Áureo: I Co. 6.29 - Leitura Bíblica em Classe: I Cr. 16.7-14


Objetivo: Mostrar que a essência do verdadeiro culto a Deus é a adoração, portanto, Ele procura adoradores que O adorem em espírito e em verdade.

INTRODUÇÃO
Davi, o homem segundo o coração de Deus, não se apartava da adoração ao Senhor. Basta ler alguns dos salmos para perceber o quanto o coração de Davi esta direcionado para Deus. Como adorador Davi se preocupou em restaurar o culto, a fim de que o Deus de Israel fosse adorado. Na lição de hoje estudaremos a respeito do culto a Deus, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.

1. DAVI REESTABELECE O CULTO
Davi não recebeu a permissão do Senhor para construir o templo. Apesar disso, ele não deixou de cultuar e muito menos de dirigir o povo israelita para a adoração ao Senhor. A alegria maior do rei de Israel repousava na certeza de que seus pecados haviam sido perdoados e que sua oferta havia sido aceita por Deus (I Cr. 21.26). Depois disso, o rei recebeu a instrução do Senhor com relação ao local que o templo deveria ser erigido. E, nesse período, conforme defendem alguns estudiosos, Davi teria composto o Salmo 30. Outro Salmo composto por Davi se encontra em I Cr. 16.7-14 por meio do qual o mavioso poeta glorifica os feitos do Deus de Israel. Neste o salmista convoca o povo a render graças ao Senhor, a invocar o Seu santo nome e a proclamar a Sua grandeza entre os povos (v. 8). A tributar louvores ao Seu nome, ressaltando Suas maravilhas (v. 9). A alegrar os corações em cânticos de adoração, buscando o Senhor (v. 10). E para não esquecer dos Seus atos, recomenda lembrar tudo o que Deus proveu ao Seu povo (v. 12). Lembra também que Deus, além de fazer maravilhas (v. 13) também exerce justiça (v. 14). E que por meio da Sua palavra podemos ter certeza que Ele realizará o que prometeu (v. 15) aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó (v. 16). A partir do canto de Davi, aprendemos que o culto deve ser centrado em Deus, não no homem, como, infelizmente, testemunhamos em muitas igrejas evangélicas atuais.

2. O CULTO NO ANTIGO TESTAMENTO
A noção de “cultuar” a Deus no sentido de adoração em submissão obediente é tema recorrente no Antigo Testamento (Gn. 27.29; Ex. 3.12; 10.7; Dt. 10.12; Js. 24.15; I sm. 12.14; Jr. 30.9). O conceito de culto a Deus também está atrelado ao de serviço, essa idéia é preservada no uso da palavra “service” em inglês para culto (Dt. 6.13; Js. 22.5; Sl. 60.12). Em hebraico, o verbo é abad cujo sentido é justamente o de “servir”. A variação abodah também remete a serviço no contexto da adoração ritual associada ao tabernáculo e ao templo (Ex. 35.21/; 36.1; Nm. 3.7; 4.19; Js. 22.27; I Cr. 9.13; 23.24; Ez. 44.14; Ed. 8.20).

3. O CULTO NO NOVO TESTAMENTO
No Novo Testamento existem várias palavras para “culto”. Latreuo é um verbo grego usado para se referir à adoração a Deus (Mt. 4.10; Lc. 1.74; At. 26.7; Rm. 1.9; Fp. 3.3; II Tm. 1.3; Hb. 9.14; 12.28) que envolve também o culto no templo (At. 7.42; Rm. 1.25). Em Rm. 12.1 o termo é usado por Paulo para exortas os leitores da epístola a apresentarem-se como sacrifício a Deus como expressão do cultor racional. Em Jo. 4.24, ao ser indagado pela samaritana em relação ao lugar próprio da adoração, Jesus respondeu-lhe que Deus busca adoradores para si, mas esses não estão presos a um lugar, mas a uma disposição espiritual. Por isso, os adoradores que Deus busca para si o fazem em Espírito e Verdade. A adoração que segue esse princípio cristão está fundamentada na convicção que Deus é Espírito, portanto, aqueles que O adoram não podem associa-lo ao visível e confundi-lo com a criação humana, o que constituiria idolatria. A adoração em verdade leva em conta Jesus Cristo que é a Verdade (Jo. 14.6). O culto a Deus deve levar em consideração a revelação dAquele que se fez carne (Jo. 1.1,14). Como Ele mesmo afirmou, ninguém pode chegar ao Pai a menos que siga por Ele que é o Caminho. O culto cristão, por excelência, precisa ser cristocêntrico.

CONCLUSÃO
O culto a Deus, em conformidade com o princípio bíblico, não está restrito apenas a algumas horas semanais que o cristão passa no templo. Cultuar ao Senhor é um estilo de vida, uma disposição existencial. A adoração, em Espírito e em Verdade, envolve o ser na sua integralidade em todas as circunstâncias. Partindo de tal princípio, os momentos congregacionais no Templo têm o devido espaço na adoração, mas deve ser apenas uma extensão de uma vida totalmente consagrada ao Senhor.

BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.

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